«Insultos, gritaria e troca de acusações. Aconteceu de tudo, anteontem à noite, no Theatro Circo, em Braga, depois da anulação de um concerto "Ópera dos Três Vinténs". Tudo começou em Fevereiro quando foi proposto, em regime de co-produção, um espectáculo de ópera, em que estariam ainda envolvidos a Casa das Artes de Famalicão, o Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães, e o Teatro Aveirense. Nestes três locais houve espectáculos com casa cheia e pagamento de 25 mil euros em dinheiro. Em Braga, só foram vendidos 70 bilhetes, que iriam pagar o concerto. [...]
"A programação do Theatro Circo é carne picada, importada dos Estados Unidos, com que se fazem hambúrgueres culturais. O Theatro Circo é nesta altura o MacDonalds da cultura em Portugal".» [Jornal de Notícias]
Porque nada tenho a dizer sobre a querela entre uns e outros, serve esta notícia para ilustrar dois fenómenos recorrentemente denunciados no Avenida Central. Em primeiro, não é nova a ideia de que o Theatro Circo aposta pouco na produção cultural local e nacional. Em segundo, é necessário investigar a fundo as causas da anedonia cultural e desportiva da cidade de Braga. Não basta continuar a apontar o dedo aos bracarenses, repetindo graves erros de gestão.
Eu estive lá. E não me apercebi de nada disto. Foi-nos pedida desculpa por os produtores do espectáculo se terem recusado a tocar "à bilheteira", como estava contratado, alegadamente porque contavam com a casa bem composta e, de facto, estava pouca gente. Gritaria e coisas afins não apercebi. Mas que é chato, é. Eu não ia propriamente com grandes expectativas, mas... Uma coisa é certa, quem nos devolveu o dinheiro e esclareceu foram funcionários da casa. Da Administração, ninguém. Isso achei estranho.
ResponderEliminarCumprimentos.
Ao programar um espectáculo destes à terça-feira corre-se o risco de ter a casa vazia.
ResponderEliminarTanto Guimarães como Famalicão tiveram casa cheia porque apresentaram a ópera ao fim de semana.
Houve muito público bracarense que por não ter tempo livre à semana preferiu assistir ao espectáculo nas cidades vizinhas.
É também uma asneira realizar o mesmo espectaculo em três cidades vizinhas, reduzindo-se assim a diversidade na oferta cultural da região.
As salas de espectáculos de Braga, Guimarães e Famalicão sobrevivem à custa de espectáculos importados.
ResponderEliminarEsta realidade deve-se ao facto de não se produzirem espectáculos profissionais na região.
Dizer que "o Theatro Circo é nesta altura o MacDonalds da cultura em Portugal" é um insulto de mau gosto a um excelente programador cujo trabalho ainda só tem um ano.
Se tivermos ainda em conta que a própria ópera é uma encenação de uma obra importada, ela própria "um hamburguer" que já correu o mundo, então estes argumentos caiem todos por terra.
Era interessante saber quantas vezes estes criticos do Theatro e da sua programação já foram assistir a algum espectaculo nesta Sala, quer Nacional quer internacional.
ResponderEliminarSou frequentador assiduo e tenho adorado.
Em Braga só criticam o pouco que tem qualidade e é bem feito.
ResponderEliminarO problema de Braga é que em Braga existem muito poucos bracarenses, é cada vez mais uma raça em extinção.
Além de que muitos bracarenses simplesmente ignoram Braga. Não saem em Braga, não vão a restaurantes de Braga, não vão a concertos em Braga, etc. Braga é só para dormir.
Experimentem ir uma noite ao Porto e entrem na Indústria (discoteca) e vejam a quantidade de gente de Braga que está lá. Invariavelmente em restaurantes da moda no Porto encontro gente de Braga. No cinema no Porto encontro gente de Braga (há gente que vai ao Porto para ir ao cinema já que em Braga só passam os blockbusters) e em concertos no Porto encontro sempre gente de Braga. Nos jogos do FCP encontro gente de Braga e no EMB pouca gente de Braga se encontra :-)
Isto dá que pensar:
Está provado que existe gente jovem em Braga que quer sair, divertir-se e assistir a concertos. Porque não ficam em Braga?
Não tenho dúvidas que esta juventude não se identifica minimamente com a imagem actual da cidade de Braga. Gente que não é de Braga é que tem protagonismo na cidade, novos ricos que surgiram de repente são a imagem de Braga, culturalmente esta gente é nula, esta câmara é eleita por gentes fora das principais freguesias da cidade de Braga.
Braga está cada vez mais a afastar os bracarenses e a chamar gente que não se identifica com Braga e nunca a irá sentir como a sua cidade. Estes últimos estão em Braga apenas de passagem...
"O problema de Braga" é estar sempre a dizer mal de si própria.
ResponderEliminarRepare-se:
Diz-se que os bracarenses não vão ao futebol, no entanto o estádio do Braga é o quarto ou quinto com mais espectadores nos jogos da Liga.
Diz-se que os bracarenses não se interessam pela cultura, no entanto o Theatro Circo conseguiu no último ano superar todas as expectativas ao nível da venda de bilhetes.
Diz-se que os bracarenses não saem à noite, no entanto os principais bares e discotecas estão a abarrotar de gente aos fins de semana.
Diz-se que o Centro Histórico não tem vida, no entanto no Verão à noite ninguém consegue arranjar lugar para se sentar numa esplanada.
Diz-se que os bracarenses não vão aos restaurantes, no entanto nos melhores só se consegue marcar mesa reservando.
Diz-se que em Braga só se exibem "Blockbusters" nos cinemas, no entanto temos a Velha-a-Branca, o Cinemax e a Videoteca Municipal a exibir regularmente filmes de culto.
"Era interessante saber quantas vezes estes críticos" se preocuparam em conhecer a cidade onde vivem...
Enquanto aguardava, minutos antes das 21h00, nas bilheteiras do Theatro Circo, para adquirir dois bilhetes para a referida ópera, uma vez que me foi dada a indicação que seria melhor aguardar uns minutos, não assisti a qualquer «insulto, gritaria ou troca de acusações».
ResponderEliminarAquilo a que assisti, momentos após a indicação, por parte dos funcionários presentes, do cancelamento do espectáculo, foi à chegada de um grupo que, confrontado com este facto se manifestou bastante indignado devido à grande deslocação que teve de fazer.
Se, em algum momento, assisti a atitudes menos dignas foi ao sair da bilheteira quando me deparei com um aglomerado de pessoas bastante empenhado em fazer-se ouvir por aqueles que passavam na rua ou se dirigiam ao Theatro, comentando com os transeuntes que o espectáculo foi cancelado porque o Theatro Circo não tinha dinheiro para lhes pagar. Aí percebi que se tratava do grupo responsável pela dita ópera que, na tentativa de concentrar atenções, ainda arrancou os cartazes que, momentos antes, foram afixados a dar conta do cancelamento do espectáculo.
Agora, acusações trocadas de parte a parte, eu pergunto: «se tudo começou em Fevereiro» e se os responsáveis pela ópera já sabiam quais as condições em que vinham actuar ao Theatro Circo porque é que só cancelaram o espectáculo cerca de meia hora antes do seu início?
Se já sabiam que o espectáculo seria pago pelo produto da bilheteira e se não estavam satisfeitos com esse facto porque é que não agiram mais cedo?
Esta atitude só demonstrou que não agiram de boa fé, obrigando o Theatro Circo a manter, até ao limite, um espectáculo que não queriam realizar.
Com isso apenas conseguiram manifestar uma grande falta de respeito para com o público, bracarense ou não, que lá se deslocou para assistir ao seu trabalho e que, perante um aviso atempado teriam evitado, pelo menos, a deslocação.
Por mais que queiram vitimizar-se, os senhores da Ópera só estão a demonstrar uma grande falta de profissionalismo e de formação porque, a não ser por doença ou motivos de gravidade idêntica, um artista não cancela um espectáculo minutos antes do seu início. Se as questões eram de foro contratual podiam e deviam tê-lo feito muito antes, só não o fizeram por uma óbvia sede de vingança e pela tentativa de denegrir a imagem do Theatro Circo.
Quem esteve lá viu.
Á pessoas com uns comentários muito interessantes que mostram o que sabem sobre a cidade de Braga e as suas pessoas, ora reparem:
ResponderEliminar“O problema de Braga é que em Braga existem muito poucos bracarenses, é cada vez mais uma raça em extinção”
Que eu tenha conhecimento são aproximadamente 170 mil habitantes. A extinção será muito difícil. O facto de ter pessoas de outros lugares a residir na cidade mostra o seu nível de atracção (normal em todas a cidades).
“Além de que muitos bracarenses simplesmente ignoram Braga. Não saem em Braga, não vão a restaurantes de Braga, não vão a concertos em Braga, etc “
Comentário anterior reflecte a verdade sobre realidade da cidade de Braga.
“Braga é só para dormir”
Caso não saiba todas as cidades servem para dormir, mas Braga, alem de dormir, serve para trabalhar, investir, divertir, relaxar, contemplar, etc …
“Experimentem ir uma noite ao Porto e entrem na Indústria (discoteca) e vejam a quantidade de gente de Braga que está lá”
Muita gente do porto vem para Braga jantar, divertir-se, etc … É normal numa região pequena como Minho e Douro Litoral as pessoas circularem por vários locais. Provavelmente não o faz (provavelmente o seu mundo deve ser o seu umbigo).
“Não tenho dúvidas que esta juventude não se identifica minimamente com a imagem actual da cidade de Braga.”
Para sua informação o crescimento de sócios do S.C.Braga deve-se precisamente á juventude, sendo normal ver crianças a envergar com orgulho camisolas do clube. Assim com uma grande participação da juventude na vida da cidade em todos os prismas.
Não vou comentar outras afirmação para não perder o meu tempo.
Mas julgo que é claríssimo que existe muitas pessoas com uma visão bastante limitada da cidade de Braga. Mas como dizem: “a ignorância é do tamanho do nosso conhecimento”.
Antes de difamar o que quer que seja, primeiro informe-se bem.
Ps- Já agora o seu comentário, se calhar nunca saio do porto, e gostava que toda a sociedade a norte bajulasse essa cidade sem alma e com um coração já á muito “morto”).
"Ps- Já agora o seu comentário, se calhar nunca saio do porto, e gostava que toda a sociedade a norte bajulasse essa cidade sem alma e com um coração já á muito “morto”)."
ResponderEliminarAprende a escrever primeiro pois erros ortográficos é algo muito pouco tolerável.
As frases que acabaste de comentar foram escritas por mim, um bracarense nascido em Braga e que durante muitos anos morou em Braga. Sei perfeitamente o que escrevi.
Podes inventar centenas de justificações. Braga é uma cidade descaracterizada e com a qual muitos bracarenses não se identificam. Identificam-se mais com gentes de outras cidades do que com as gentes de Braga.
Qual a oferta cultural da cidade de Braga? O Theatro do Circo foi uma lufada de ar fresco, tem uma programação de excelente qualidade e até isso é criticado pelas gentes que agora tomaram conta de Braga.
Que exista gente que goste do estado em que está a cidade até acredito que exista. Embora não consiga compreender.
Agora não devem ignorar os inúmeros bracarenses que não se sentem atraídos pela sua cidade e estão a mudar-se para outras paragens.
Exmo Sr. Pedro Morgado
ResponderEliminarVenho por este meio felicitar Vª Exª pelos comentários com que o seu blog é mimado.
Afinal Braga tem uma coisa interessante - cabeças que vão discutindo. Como Bracarense fico satisfeito que a cidade seja posta em causa e as suas gentes se autocritiquem.
Peço desculpa pela frase. A falta de tempo por vezes origina alguns erros, ortográficos e construção de frases.
ResponderEliminarCorrecção:
Onde se lê:
“Ps- Já agora pelo seu comentário, se calhar nunca saiu do porto e gostava que toda a sociedade a norte bajulasse essa cidade sem alma e com um coração já á muito “morto”).”
Deve-se ler:
PS – Já agora pelo seu comentário diria que provavelmente nunca saiu do porto e gostaria que toda a sociedade a norte bajulasse uma cidade sem alma e com um coração já á muito “morto”.
Quanto ao resto do seu comentário reafirmo, “a ignorância é do tamanho do nosso conhecimento”.
Primeiro conheça a cidade e a sua actividade e depois critique. O facto de ter vivido em Braga não confere o direito de afirmar tamanhas imbecilidades.
Braga não é uma cidade perfeita podendo sempre melhorar, assim como todas as cidades do mundo não são perfeitas tentado melhorar sempre.
Os seus argumentos são genéricos e podem encaixar-se em qualquer cidade do nosso país ou do mundo.
Hambúrgueres culturais?! MacDonalds?!
ResponderEliminarQuem escreveu isso nunca deve ter olhado para a programação do Pavilhão Atlântico... Ignorância pura.
Até se tem dito precisamente o contrário, que é uma programação demasiado elitista. Enfim, absurdo.
Quem tem amigos jornalistas não morre na cadeia do silêncio. Concerteza o Sr Salgado confunde a mão que dá alguma comida (sim os pintainhos alimentam-se muitas vezes de migalhas)para insultar uma estrutura que mui dignamente tem contribuido para o abanar cultural.
ResponderEliminarQuanto ao anónimo esqueceu o verbo ..."há muito tempo".
Cá para mim andou num colégio fino...não andou na Escola da Sé
Casa cheia em Famalicão, Guimarães e Aveiro? Pois, pois...
ResponderEliminarEm Famalicão não sei porque não estava lá e, por isso, não posso afirmar. Mas, em Guimarães? No Centro Cultural Vila Flor? No feriado de 1 de Dezembro? 'Tava cheio, 'tava...à minha direita, à minha esquerda e ao meu lado!
Não chegava, de certeza, às 300 pessoas e, para quem conhece minimamente o Vila Flor, já pode por aí deduzir que nem meia casa tinha.
Em Aveiro se calhar até encheu, eles são de lá, era estreia, deve ter ido o tio, a avó, as primas...
Só é pena que um jornalista escreva inverdades como se de factos se tratassem. Sei os timmings jornalísticos são apertados, mas confirmar informações é fundamental.
Quem se queixa da falta de participação dos bracarenses não sou eu...
ResponderEliminarReferir o Theatro Circo como exemplo da pobreza cultural da cidade é claramente uma ideia infeliz cujo alcance não se compreende. Claro que há sempre aspectos a melhorar, novos públicos a agradar (os Clã é um exemplo do alargamento do público alvo)... mas é precisamente este Theatro Circo que trouxe um valor cultural acrescentado à cidade e que merece ser elogiado. O público não adere a tudo porque esteve adormecido e relegado ao sofá durante cerca de 7 anos (se bem me lembro).
ResponderEliminarM-O
Algo se estranho se passa com tudo o que aconteceu.
ResponderEliminarVejamos:
Quando uma ópera aceita ser contratada à bilheteira, significa que quer receber muito dinheiro...
Isto é, quer receber à bilheteira porque "sabe" de ciência certa que a lotação será no minimo de 80% da lotação e quererá sacar ao máximo.O que é estranho é os seus responsáveis não terem clausulado uma franquia minima certa a titulo de pagamento...Tanto optimismo...
Mas o Teatro Circo sabendo como isto funciona teve a coragem de querer um espectáculo de produção cara quase de borla por via do fracasso de bilheteira?Não devia nessas circunstâncias acordar realisticamente uma compensação justa a titulo de pagamento?
Limitou-se a gerir a crueza da realidade, sabendo que "não há almoços gratis"?No minimo revelou pouca solidariedade cultural com os promotores.
Mas isto reflecte também o que se passa hoje na cultura onde tudo é visto em função de "números"!Não é verdade que a cultura "tem de dar" prejuizo?Que programação sustentável dá lucros estabilizados?Passado o "tesão de mijo" dos primeiros tempos, estava-se mesmo a ver que a bilheira iria cair...É que a pequena burguesia intelectual frequentadora da cultura também satura e os preços até nem são meigos...
Conclusão: fiquei surpreendido com a frieza negocial do Teatro Circo e nunca esperei que o gestor cultural Brandão reduzisse a questão a um mero deve/haver.Não é falta de sensibilidade cultural querer cultura de borla, ele que até nem oferece um bilhete a ninguém...
Caro MO,
ResponderEliminarLeia com atenção o post. A única coisa que lamento é a falta de ligação do TC à cidade e não, necessariamente, a falta de qualidade da programação.
A anedonia cultural e desportiva da cidade de Braga, está mal diagnosticada. Deveria ser classificada como disestesia cultural, já que cá na urbe tudo o que seja estímulo mesmo o mais inócuo desencadeia reacções exacerbadas, referidas como dor ou sofrimento.
ResponderEliminar70 bilhetes vendidos em comparação com os 300 de Guimarães, os 270 de Famalicão e os 450 de Aveiro é o quê? Uma sala às moscas com outras comparavelmente mais cheias!
ResponderEliminarA ignorância das pessoas é de tal ordem que eu fico siderado. As afirmações do Sr. Salgado a ele pertencem e com elas terá que viver. Não sou amigo dele nem nunca o vi mais gordo. Portanto, é a opinião dele como é a opinião de muitos outros sobre a programação cultural do Theatro Circo. Legítima.
Curioso é que ninguém fala de um pormenor curioso: nos outros três locais, os preços eram de 10 e 20 euros (estava no acordo verbal de todas as partes); em Braga custavam 20 e 30 euros....
Pedro Antunes Pereira
E se tal como vem referido no JN era suposto o TC pagar 25000 pela recita?
ResponderEliminarFinalmente os números!!! Que na notícia não deviam estar resumidos a "casas cheias" porque estão muuuito longe disso...
ResponderEliminarMas é nos pormenores que se revela a qualidade e neste caso a isenção e objectividade do jornalismo praticado.
O Porto uma cidade sem alma é forte!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarBrácaros, povo cristão,p.f. salvai o Porto.
«Comparavelmente mais cheias...»
ResponderEliminarSe calhar era a expressão correcta em vez de «Nestes três locais houve espectáculos com casa cheia...»
CCVF (Guimarães) - 800 lugares (300 vendidos, e isto esticando bem o número)
Casa das Artes (Famalicão) - 500 lugares (270 vendidos)
Aveiro - 650 lugares (450 vendidos)
Afinal nem em Aveiro encheu...
70 pessoas em Braga dispostas a pagar vinte euros numa segunda-feira à noite para ver uma adaptação da "Ópera dos Três Vinténs"? Provavelmente preferem pagar esse valor para ver Cristina Branco. Não me admira nada...
Definitivamente Braga é uma grande aldeia bem mais provinciana que algumas cidades de menor dimensão como Aveiro, Famalicão, Guimarães etc
ResponderEliminarA grande maioria dos habitantes da Braga de hoje são gentes que vieram das vilas e aldeias mais próximas que se sentiram atraídos pela cidade e pela habitação barata. Bracarenses mesmo há muito poucos.
Culturalmente Braga não existe nem tem povo que se interesse por eventos culturais. Desportivamente passa-se o mesmo. Essas pessoas que vieram de fora de Braga não se identificam com a cidade nem com o SCB. O EMB tem estado vazio e assim vai ficar.
Os Bracarenses que cresceram em Braga há 30 ou 40 anos atrás não se identificam mais com essa cidade que foi sendo descaracterizada por uma câmara que nem merece comentários e por um grupo de gente que enriqueceu de repente (sabendo todos como...) e que é a referência quando se fala de Braga.
Definitivamente Braga é um lugar muito parolo. Pode haver quem goste mas não é para mim com certeza. Eu já fiz a minha parte, não moro mais em Braga e foi a melhor decisão que poderia ter tomado.
Anónimo...Deu-me vontade de rir...Antes de partir para "insultos" ou dor de qualquer coisa...
ResponderEliminarDiga-me de onde vieram as "gentes" que deram vida ao Porto, que deram vida a Lisboa... Talvez das aldeias desse Portugal fora!
Para mim grande parte dos portugueses são provincianos com aspirações a serem finos...
Por isso antes de falar com tanta raiva dos Bracarenses olhe bem à sua volta e veja a cultura do país onde vive!
Julgo que este anónimo tem um pequeno desespero por justificar a sua saída da cidade Braga. O comentário realça a falta de conhecimento do dia a dia da cidade e sua população.
ResponderEliminarEm Braga, não há desinteresse pela cultura. Ainda há bem poucas semanas, tive a oportunidade de assistir à Gala do Fado no Parque de Exposições e, apesar da acústica desta sala ser horrível, a casa estava Cheia. Porque é que este evento não teve lugar no Teatro Circo?
ResponderEliminarExiste um tipo de discurso por parte de certas pessoas que é do género: se não fazemos, somos criticados, se fazemos somos criticados.
Mas não é bem assim. O povo de Braga que veio das aldeias, atraído por habitações a baixo preço, é tão culto como o que nasceu na cidade.
Porque é que o Teatro Circo fica às moscas?
- Óperas a meio da semana, só numa metropole com centenas de milhares de habitantes
Agora outra questão:
- Não será a programação do TC demasiado elitista? Apesar dos excelentes grupos que por lá passam, talvez agradem apenas ao programador e seus amigos. Temos que reconhecer que o TC tem que abrir as portas aos chamados músicos "pimbas", pois quer queiramos quer não, existe público para tal e que certamente encherá a sala de espectáculos e dará lucro para cobrir outros espectáculos cujo saldo seja negativo.
O TC não pode continuar a funcionar apenas para as chamadas elites.
Uma coisa é certa, quem apoia este tipo de gestão a que assistimos em Braga, não procura programações elitistas, pois existem diferentes formas de cultura
Mas música dita "pimba" no Theatro Circo em honra de quem?????
ResponderEliminarNão há espaço já mais que suficiente para esse género musical no país inteiro e Braga inclusive? O Theatro Circo não abre a porta a esse género musical e faz muito bem. E não é por isso que tem necessariamente que ser elitista.Se o fosse não teria as plateias excelentemente preenchidas que tem tido todos os meses.
O anónimo que já não mora em Braga porque é um lugar parolo deve pertencer à "grande maioria dos habitantes" do Porto que "vieram das vilas e aldeias mais próximas" (parolos) e "se sentiram atraídos pela" grande "cidade".
ResponderEliminarSó que desconhece que o local onde vive, o Porto, é o maior exemplo de cidade "que foi sendo descaracterizada por uma câmara que nem merece comentários e por um grupo de gente que enriqueceu de repente".
No entanto, considera-se (ele próprio) uma referência porque resolveu perder a sua identidade, passando a vestir a camisola de um clube e de uma cidade que nem sequer são dele, esquecendo e renegando as suas raízes.
Sem comentários...
Já agora, a cidade do porto, para quem não sabe, foi descaracterizada á séculos, com os Ingleses a tomarem conta do seu destino transformando numa micro colónia do seu reino. Ainda dizem que são invictos….
ResponderEliminarJá agora, a cidade do porto, para quem não sabe, foi descaracterizada há séculos, com os Ingleses a tomarem conta do seu destino transformando numa micro colónia do seu reino. Ainda dizem que são invictos….
ResponderEliminarBraga é cada vez mais uma cidade morta. A última ressurreição de que há memória foi há 2007-33, ou seja, 1974 anos. Será que sobrou alguma?
ResponderEliminarImagino mesmo o sofrimento -- até sofro com isso --- daqueles que perdem o seu tempo a contar o tempo que passa sobre a alegada desgraça que sobre eles se abateu em 1976: ano em que um dos mais jovens autarcas de então assumiu o poder e, com defeitos, mas também com virtudes, começou a reafirmar Braga no contexto nacional e internacional (http://paraquandoanossarevolucao.blog.pt/2101015/).
ResponderEliminarJá que estão habituados, é preferível que continuem a contar-lhe os anos. Vai em 31, mas apresenta-se mais jovem e de mente mais arejada de alguns mencebos que ora lhe querem o lugar...
Mas que não gosto de os ver sofrer ao ponto de não se conseguirem expresar com a devida lucidez, como acontece com alguns comentadores anteriores, isso não...
Esse autarca "lúcido" e de "mente arejada" é o mesmo que transformou o centro histórico "num centro comercial ao ar livre" (Palavras do mesmo!)e o resto da cidade num suburbio?!..também é o mesmo que odeia e boicota tudo o que não controla?..Sim senhor, bem que pode limpar as mãos à parede com o parolo do seu (nosso, infelizmente!)autarca.
ResponderEliminarÉ verdadeiramente espantoso o provincianismo de alguns comentadores. Caríssimos, saiam, ampliem os vossos horizontes....não é preciso andar muito para terem termos de comparação.
Nunca, em momento algum, irei discutir com quem quer que seja o comportamento do presidente da câmara de braga. Quem começar por defender este presidente da camara é automaticamente ignorado por mim e passo-lhe um atestado de ignorante e/ou desonesto. Há coisas que nem dá para discutir...
ResponderEliminarO TC é uma boa sala com uma boa programação. O Problema é que em 7 anos o público ganhou outras rotinas. Há muito trabalho por fazer para criar público. E para issso o TC devia aproximar-se mais da cidade. Estou convencido que o vais fazer mais obrigado que por convicção, mas terá que o fazer.
ResponderEliminarQuanto aos comentários que em Braga não há Bracarenses? Quem são os Bracarenses? Os que possuem no mínimo # gerações na família de nascidos em Braga? Valha-nos Deus, nesta tão católica cidade. Não pode haver comentário mais reacionário. Puros contra impuros. Eu nasci muito perto do centro, o meu pai de uma freguesia do concelho, a minha mãe é apenas do Distrito, cresci, trabalho em Braga (já trabalhei fora), pergunto sou Bracarense? Ainda se falassem da qualidade dos Bracarenses...
Eu não sou de cá, e tocou-me esta cidade na rifa!
ResponderEliminarA percepção que eu tenho da população de Braga, é a de que; é gente maioritáriamente pobre e semi-analfabeta. Ou seja, não têem dinheiro para ir ao Theatro Circo, porque os bilhetes são caros, nem têem grande apetência para actividades culturais.
Em Braga quem tem dinheiro é gente sem estudos, sem educação, sem maneiras, sem formação, que não se interessa minimamente por cultura.
ResponderEliminarOs outros que poderiam se interessar por dimamizar a cidade culturalmente estão tesos. Chega o dia 20 e o salário já acabou, por isso nem falem a essa gente para ir ao futebol ou ao teatro...
Acho muito engraçado quando dizem que os bilhetes do Theatro Circo são caros. Basta pegar numa programação de Dezembro para verificar que a maior parte dos ingressos têm o valor de 10 euros. Um ou outro espectáculo tem valores superiores e outros inferiores. Concordo que parte da população não pode gastar dinheiro em cultura, mas dúvido que seja a maior parte. Penso que se trata mais de uma questão de hábitos (que parte das pessoas ainda não adquiriram) em termos de consumo cultural. Mas não sei de onde vem a ideia de que as pessoas não vão ao Theatro Circo, ainda ontem de manhã levei o meu filho para assistir a uma peça infantil e a plateia e primeiro balcão estavam repletos. Só porque um espectáculo teve fraca lotação, não significa que todos sejam assim. Pelo que sei e pelo que já assisti não é assim, muito pelo contrário.
ResponderEliminarE, já agora, apelando à memória, os espectáculos mais caros foram os que tiveram lotações esgotadas, não foi? Estou a lembrar-me de Anthony and the Johnsons, Laurie Anderson, Phillip Glass, Rodrigo Leão, as peças de António Fagundes e Reinaldo Gianechinni, David Sylvian, Companhia Nacional de Bailado...
Agora, é óbvio que os jornais só falam do que é polémico e, pelos vistos, é mais polémico, em mais de um ano de actividade, um espectáculo cancelado e com fraca lotação do que as dezenas de espectáculos de elevada ou mesmo esgotada lotação, que aconteceram até à data.