A vitalidade do debate cívico de Guimarães é absolutamente incontornável. Se a genética social daquele povo explica grande parte do fenómeno, a verdade é que a abertura do município para debater (com) a cidade é um enorme catalisador do debate democrático. O Presidente da Câmara de Guimarães ouviu atentamente, durante 2 horas e meia, tudo o que um painel de 3 especialistas independentes (em História, Geografia e Arquitectura) tinham a dizer sobre o projecto que houvera apresentado. Num segundo tempo, auscultou o sentimento dos populares presentes. António Magalhães dispensou o folclore mediático das participações irrealistas que descredibilizam a política e desvanecem qualquer ensejo participativo dos cidadãos.
Braga foi uma presença igualmente incontornável neste debate. Seja pelas intervenções de bracarenses, seja pelas referências às possíveis similitudes entre o projecto apresentado para o Toural e as obras que a cidade dos Arcebispos sofreu no passado recente. Sem os traumas que durante séculos minaram as relações entres as duas cidades, é público e notório que Guimarães não quer repetir os erros que desfiguraram a bela Bracara Augusta e a tornaram uma encruzilhada de túneis em degradação permanente, com amplos espaços para «peões apeados» que mais não podem ser que visitantes de circustância, impossibilitados de usufruir plenamente dos espaços comuns, numa espécie de condenação contínua a um doloroso suplício de Tântalo.
Quanto ao Toural, desejo que o debate lhes traga uma praça capaz de se adaptar aos novos dias, mantendo intacta a mística dos velhos tempos. Como fazê-lo? Os vimaranenses têm a palavra.
[Picture Copyright: Pedro Gonçalves]
Guimar�es tem agora uma oportunidade �nica de mostrar que pode fazer melhor que Braga.
ResponderEliminar� sempre mais f�cil construir algo ap�s outros j� o terem feito.
Esperemos contudo, que n�o se repita o desastre que foi a remodela�o da Pra�a da Mumadona (Tribunal),onde foram esquecidos os espa�os verdes, sendo em tudo pior que as pra�as bracarenses.
"...tornaram uma encruzilhada de túneis em degradação permanente, com amplos espaços para «peões apeados» que mais não podem ser que visitantes de circustância, impossibilitados de usufruir plenamente dos espaços comuns, numa espécie de condenação contínua a um doloroso suplício de Tântalo...."
ResponderEliminarComo?
Esta parece o tesourinho deprimento do Manuel Machado.
Guimarães tem agora uma oportunidade única de mostrar que pode fazer melhor que Braga.
ResponderEliminarÉ sempre mais fácil construir algo após outros já o terem feito.
Esperemos contudo, que não se repita o desastre que foi a remodelação da Praça da Mumadona (Tribunal),onde foram esquecidos os espaços verdes, sendo em tudo pior que as praças bracarenses.
Guimarães tem agora uma oportunidade única de mostrar que pode fazer melhor que Braga.
ResponderEliminarÉ sempre mais fácil construir algo após outros já o terem feito.
Esperemos contudo, que não se repita o desastre que foi a remodelação da Praça da Mumadona (Tribunal),onde foram esquecidos os espaços verdes, sendo em tudo pior que as praças bracarenses.