Avenida Central

Da Formação Médica em Portugal

| Partilhar
«O Ministério da Saúde teve que oferecer dinheiro aos hospitais para que este ano todos os alunos que acabaram o curso de medicina tenham colocação no internato (o estágio que se segue à licenciatura, sem o qual não podem exercer a profissão). As unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não estavam dispostas a receber mais porque a formação é um peso financeiro acrescido, em altura de contenção de custos. E este ano há 300 (30%) a mais para colocar, que saíram, pela primeira vez, dos cursos criados nas universidades da Beira Interior e do Minho, aos quais se juntam os estudantes portugueses que estudaram no estrangeiro.» [Diário de Notícias]

9 comentários:

  1. pelos vistos já nem o curso de medicina é garantia de emprego

    ResponderEliminar
  2. Transformar os Hospitais em EPEs e toda a saúde num sistema bárbaro liberal tem consequências na formação médica. Além disso que formação vão usufruir estes jovens licenciados em serviços e instituições que de certeza vão estar mais preocupadas com a produção de números e resultados do que no ensino acompanhado.
    No futuro prevejo Médicos transformados em operadores de linhas de produção e pagadores de quotas para a Ordem dos Médicos (que por sinal foi a eleições para ver quem fica com a massa).
    Toninhoregadas@blogspot.com

    ResponderEliminar
  3. por acaso j� tinha visto isso e j� havia feito refer�ncia atrav�s da culpa do m�dico.
    curioso � que mesmo depois de abrir os cord�es � bolsa o minist�rio ainda n�o conseguiu vagas para todos os rec�m-licenciados.
    e para o ano ser� pior...
    como ser� quando forem formados os 2000 prometidos???

    com a popula�o a diminuir, a idade de reforma e o n�mero de m�dicos formados a subir, como � que se pode dizer que h� falta de m�dicos???

    ResponderEliminar
  4. Por mero exercício académico, procura fazer uma análise comparativa com a situação dos licenciados em Direito que, para poderem exercer advocacia
    1 - Terão de se submeter a um período de formção/estágio (não remunerado) de 24/30 meses,
    2 - Findo o qual prestam provas eliminatórias e, ainda por cima,
    3 - Têm de pagar essa formação.
    Reparos por antecipação!?
    De que se queixam?
    Eloquente!

    ResponderEliminar
  5. Caro Anónimo,

    Lamento mas o paralelismo não é possível. E as informações que presta são falsas. A esmagadora maioria dos advogados estagiárias é remunerada a partir do 6º mês de estágio.

    ResponderEliminar
  6. De facto o país vai de mal a pior, todos os licenciados merecem oportunidades de emprego, mais todos os portugueses têm esse direito, porém preocupados com o mediatismo Europeu, os nossos políticos parece esquecem o que se passa cá dentro.Porque terá um jovem licenciado de ser submetido a uma Ordem que lhe exige logo no ínicio de actividade tantos sacrificios, sem nada lhes dar em troca? Dois Anos sem salário? Até que idade continuam estes jovens a depender dos pais?

    ResponderEliminar
  7. Caro Pedro,

    "Lamento mas o paralelismo não é possível"
    Pois claro que não! Com manifesto desequilíbrio para Direito.

    "As informações que presta são falsas"
    Lamento desiludi-lo mas a realidade demonstra a insustentabilidade da sua declaração!

    "A esmagadora maioria dos advogados estagiários é remunerada a partir do 6º mês de estágio"
    A eloquência do que escrevi é exactamente isso!
    O meu amigo declara que a esmagadora maioria dos advogados estagiários será remunerada o que me leva a concluir da limitação do universo por si auscultado.
    A realidade assenta em dados objectivos que demonstram que a esmagadora maioria dos licenciados em Direito (sim, disse licenciados, veja a diferença que os separa de Medicina!) não consegue obter estágio.
    Este desequilíbrio entre a oferta e a procura faz com que esmagadora maioria dos estagiários não ganhe um cêntimo sequer.
    E, já agora, reforço dizendo-lhe que têm de pagar a formação!
    Duvida?
    A resposta está disponivel no site da OA.

    ResponderEliminar
  8. Caro Pedro,
    não consigo deixar de pensar que a saúde é o que temos de melhor. Será que as pessoas não enxergam e se mentalizam que deveriam ir mais vezes ao médico que ao cabeleireiro?! E ao Advogado?! Não deveremos comparar nunca qualquer tipo de estágio ao estágio do futuro médico que nos irá aturar quando estivermos com a corda na garganta...é que com saúde tudo o resto vem por acréscimo.
    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  9. Caros,
    Parece-me que estes comentários se transformaram numa guerra entre Direito VS Medicina. A guerra já é antiga (visto que são dois cursos muito antigos e com muito prestígio). De facto, não é para menos pois a importância de profissionais de saúde e de justiça é muito elevada...Se na medicina se está com a vida de pessoas "literalmente" nas mãos, no caso da magistratura ou da advocacia também se trata de decidir, por exemplo, onde a pessoa vai passar os próximos 25 anos de vida... Parece-me porém que não é comparável o panorama da medicina e do direito em Portugal: se no primeiro caso houve uma evolução responsável (a pecar, talvez, por defeito) no acesso à profissão, no segundo, os interesses económicos de algumas universidades privadas ditaram a abertura de inúmeras vagas sem a qualidade científica que se deve exigir. Resultado: licenciados em direito nos supermercados. De qualquer forma, não me parece que faça sentido a comparação (a não ser a título de brincadeira, em guerras de cursos nas academias).
    Mais do que um emprego todos estes profissionais tem um serviço público a desempenhar. Devem todos isso ao país!
    Cumprimentos

    ResponderEliminar

Antes de comentar leia sobre a nossa Política de Comentários.

"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

Pesquisar no Avenida Central




Subscreva os Nossos Conteúdos
por Correio Electrónico


Contadores