Prédio Coutinho como património?
A ideia é um autêntico disparate. O Prédio Coutinho é um atentado urbanístico e ambiental que merece ser demolido. Aliás, o titubear do Governo de Durão Barroso no plano de reordenamento da Costa Verde foi um erro colossal que não se compreende.
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O que hoje é um atentado, pode amanhã ser considerado um exemplar único da arquitectura civil do Século XX...
ResponderEliminarA História tem-nos dado vários exemplos desses.
Não entendo tanta fobia com o prédio do Coutinho. O Hospital de Viana para quem chega pela ponte metálica fere muito mais na volumetria que o Coutinho. Se a questão é o n.º de pisos, bom então o edifício da SSocial de Viseu, a torre do Arnado em Coimbra, o Hotel de Vila Real, o Sheraton de Lisboa, as torres Olímpicas de Barcelona e a Castellana de Madrid devem ser demolidos. As igrejas de New York devem ser demolidas (insuficente volumetria) e já agora, porque não, a parte nova de Braga deve ser demolida (TODA E COM A MÁXIMA URGÊNCIA). O Coutinho tem 30 anos, como crime já prescreveu há muito; cuidem é da encosta de Santa Luzia que, com a força que a rapaziada da escavadora se está a fazer a ela um dia destes parece o Bom Jesus de Braga.
ResponderEliminarTb discordo da histeria destruidora em torno desse edifício. Que culpa é que tem quem lá vive? Qd o construiram era legal e agora não é? Será que o politicamente correcto permite que não se odeie tal arquitectura? Que cabecinha pensadora instituiu que construir em altura tem necessariamente que ser inestético? Ou ilegal? Sim, no centro de Viana é o único. E depois?
ResponderEliminarPAra mim, o episódio Coutinho é apenas uma birra do senhor presidente da Câmara de Viana e de uma meia-dúzia de iluminados que querem impôr a sua visão "urbanística e ambiental". Morassem lá eles há 15, 20 ou mais anos e gostava de ouvir a sua opinião tão veemente.
É tb um certo reflexo desse Portugal que não planeia. Se era assim tão feio, tão mau e tão atentado urbanístico, não o deixassem ter construído!
GS
Os arguentes da absurda tese sobre a classificação do "Prédio Coutinho" a Património Cultural, se forem pessoas de bem não aprovarão o candidato a mestre: pelo absurdo que é o prédio, pelo nulo valor arquitectónico, pelo pararalelismo extemporãneo sugerido com as "Casas dos Brasileiros", pelo desconhecimento do que é o rasurar a História e neste caso a de Viana.
ResponderEliminarQuem devia poventura ser requalificado é o orientador de tão profundo disparate.
Portugal tem mais alguns "Prédios Coutinhos". Basta lembrar as torres de Ofir em zona de paizagem protegida que se os homens não as demolirem a tempo a natureza encarregar-se -à de o fazer.
O mal do predio do coutinho não é a sua altura, há em Viana do Castelo edificios com a mesma altura, mas o predio do coutinho está em pleno casco historico.
ResponderEliminarmeia duzia de iluminados é que fazem questão de ficar num edificio já com poucas condições, em vez de aceitarem apartamentos novos mesmo ao lado.
Patrimonio??Só se for para levar os estudantes de arquitetura e de planeamento em visitas de estudo para mostrar o que não se deve fazer..
A camara aprovou o predio, mas foi nos ANOS 70, anos negros do planeamento em Portugal, porque não corrigir?
Caro Pedro, não conheço os anónimos dos comentários de cima, mas não posso estar mais em desacordo.
ResponderEliminarPrimeiro: Sou vianense de gema. Nado e criado até ao 12º ano. Vim para Braga para a Universidade mas continuo intimamente ligado à cidade.
Segundo: Sou um crítico feroz do presidente da câmara de Viana.
Terceiro: Sou um acérrimo defensor da demolicação do prédio do Coutinho.
Quarto: Goste-se ou não, e eu em 90% dos casos acho que foi muito posiivo em Viana, o programa Polis veio trazer uma autêntica revolução ao coração da cidade.
Quinto: No actual panorama, o dito prédio, onde moram, nesta altura, meia dúzia de famílias é uma aberrração.
Sexto: A contra proposta são 150 mil euros em dinheiro e um apartamento da mesma tipologia, já construídos e perto do prédio. Apartamentos esses avaliados, a preços de mercado, entre os 100 e 250 mil euros.
Sétimo: Durão Barroso pode ter tido todos os defeitos do Mundo, que os teve. No caso de Viana do Castelo eu tiro-lhe o chapéu. Conseguiu uma cidade mais bonita, mais interessante de se estar, mais desenvolvida, mais moderna. Não creio que tenha sido um erro.
Oitavo: As Torres de Ofir vão sofrer o mesmo destino. O plano definitivo está nas mãos do presidente da câmara de Esposende há mais de 8 meses, à espera da melhor altura para ser apresentado.
Nono: Este é daqueles assuntos: cada cabeça, cada sentença
Cumprimentos,
Pedro Antunes Pereira
2º e 3º anónimo: não é a altura do prédio, é a altura versus a envolvente. O prédio tem mais 10 andares que qualquer outro edifício do lado de cá da linha de ferro.
ResponderEliminarSuponho que exista alguma razão para que nos postais de viana apareça sempre uma vienense a tapar o prédio...
Quanto à questão da ilegalidade, essa é uma questão antiga. O prédio foi construído graças a umas "luvas" no tempo da outra senhora...mas hoje não tem nada de ilegal.
Caro PAP:
ResponderEliminarEu até posso achar a coisa que, de facto, não faça mt sentido um prédio com aquela altura naquele local, mas a questão vai muito para além das razões do gosto arquitectónico que, como qualquer outro, encerra em si muito de subjectivo, como concordará.
O que, para mim, está em causa é o absoluto desrespeito por quem lá vive e que é o último culpado destas questões do gosto arquitectónico e - mais - da incompetência de quem nos governa, hoje ou nos anos '70.
Diz que só lá vive meia-dúzia de famílias, como que se a quantidade devesse ser determinante. Bastaria uma família não querer dali sair, por uma razão nada despicienda de lá viver há 30 anos, para eu ser contra a demolição daquele prédio.
A questão é de princípios. Nas Guerras tb não interessa qts são os mortos, basta um, não é? Então se forem "inocentes" civis, pior, certo? Aqueles que nada têm a ver com ela nem a promoveram. O mesmo se passa neste caso sendo que, aqui, o invasor é o senhor presidente da Câmara. Não terá ele outros problemas, outros projectos para Viana - que bem precisa - que não a bandeira da "demolição do Prédio Coutinho", como se desta dependesse a felicidade, o progresso e o crescimento económico de Viana do Castelo?
Ou acha que esta novela mais não é do que uma absoluta teimosia de Defensor Moura? Infelizmente, o autarca vianense colocou-se numa posição de não retorno. Por mt que os tribunais vão dando razão aos moradores ele vai insistir, enqt for presidente da câmara, ele que, ao que julgo saber, também já lá morou...
As Torres de Ofir são um caso completamente distinto. Elas terão que ir abaixo por razões de segurança, dos moradores e da população em geral. Terão que ser demolidas porque estão a poucos metros do mar, que não pára de galgar terreno. Convenhamos que não é bem a mm coisa do que o Prédio Coutinho.
GS
Estes dois ultimos comentários responderam bem à questão. Mas eu ainda tenho a acrescentar:
ResponderEliminarExiste uma História da arquitectura e existe uma História do Urbanismo. E com ela aprendemos "leis" e teorias.
A torre, como modo de fazer cidade, surgiu no Modernismo (2º quartel do séc.XX) como uma forma de libertar o espaço envolvente. Ou seja, à volumetria em altura proposta, equivalia um espaço livre no chão envolvente.
Isso não acontece no prédio Coutinho! E este entra em conflito com as ruas adjacentes do casco histórico.
Além do mais, nós tb não temos a prática das implosões, como noutros países. Mas seria uma mais valia.
Mas eu entendo que a questão é muito mais complicada do que um erro urbanístico. Entendo que erros com 30 anos e famílias à mistura são complicados de gerir.
Disparate completo. A torre como forma de fazer a cidade surgiu nos finais do sec. XIX com a invenção dos elevadores e por razões meramente económicas(leia-se lucro) nos EUA.
ResponderEliminarAté aí era impossível.
Practica de implosões há e à muitos anos (torres de Troia).
Os erros de à trinta anos para cá são como os de agora. Corrupção e só corrupção. O lincenciamento do prédio Coutinho ainda é uma história mal contada. À 30 anos não eram premitidas em centros históricos a construção de tais edificios.
Chateia-me ver Viana como um pénis onde faltam os testículos.
Deixem-se de tretas.O préio do Coutinho dava ,com umas ameias,um rico castelo para o Defensor dos mouros e seus aios.Parece que não mais onde gastar a massa...e Viana merece que fosse melhor aplicada.
ResponderEliminarAlmerindo Margoto:
ResponderEliminarTem razão. Nos finais do séc. XIX, nos EUA, introduziram-se as torres.
Mais mão-de-obra, mais fluxo de moradores na cidade. Fluxo > Torres = lucro.
O que eu deveria ter dito é que o Modernismo reestruturou o modo como se deveriam introduzir as torres nas cidades (Carta de Atenas).
A grande diferença da arquitectura das torres entre os EUA nos finais do séc. XIX e a Europa dos principios do séc. XX, foi a velocidade/volume de construção vs. lucro!
As implosões existem, pois existem. Eu tb vi na TV as torres de Troia a serem feitas em pó. MAs tem a certeza que é uma prática corrente? Eu não tenho.
Por exemplo, o edifício do Shopping do Bom Sucesso, no Porto, já deveria ter vindo abaixo (decretado pelo tribunal) há muitos anos. Pois ainda não veio...
Pq? Não há a prática corrente como solução de emendar/apagar o que está mal! Custa aos bolsos...
Os erros de há 30 anos serem como os de agora... não deixa de ter razão. Mas continua na mesma ser complicado de gerir. Por nós e pelos que estão fora desse sistema, e se interessam.
A construção do prédio Coutinho nos anos 70 já estava enferma de ilegalidade.
ResponderEliminarAo longo destes últimos 30 anos, os executivos camarários tentaram variadas soluções para corrigir o erro urbanístico que o Prédio Coutinho representa, soluções estas que passaram desde a demolição completa do edifício, até à demolição dos últimos 6 andares, etc.
Quer se queira, quer não o edifício destoa no meio da cidade, é inestético e inapropriado.
As pessoas reclamam que vivem há décadas no aborto urbanístico cuja construção foi ilegal. Os oportunistas do costume aparecem para defender os moradores apelando aos laços que ligam aquelas pessoas aos seus lares.
No entanto, nunca vi ninguém defender os moradores das casas ilegais que são demolidas nas grandes cidades (bairros de lata). Também são edifícios ilegais, as diferenças estão na situação sócio-económica. O Coutinho é mais requintado, quem lá vive é da classe média, os bairros de lata de requintados não têm nada e quem lá vive é pobre, ou da classe baixa, como preferirem. Contudo, ambas as siutações são ilegais mas parece que merecem tratamento diferente.
E por fim fica uma pergunta. Porque raio é que será que neste país há uma dificuldade enorme em corrigir o que está errado? Não se respeitam leis só porque se decidiu arrastar o problema durante décadas, mandar a batata quente para a mão de quem vem a seguir, invocando agora um "direito" que nasceu simplesmente do decorrer do tempo, impossibilitando agora a correcção do que já nasceu torto...
Caro(a) de la Serna:
ResponderEliminarA diferença muito grande, enooorme, entre os casas dos bairros de lata e o Prédio Coutinho, é que no caso dos que defendem a demolição do último, o mais recorrente e principal argumento que utilizam é que ele é "inestético"...
Ora, o problema das casas dos bairros de lata não será exactamente esse, será? Ou melhor, não é por essa razão que não devem existir bairros de lata, antes porque neles não existem as mínimas condições de higiene, salubridade, enfim, de habitabilidade com um mínimo de dignidade que as PESSOAS merecem. Certo?
Acresce a este pequenino motivo o facto das (alegadas) ilegalidades do Prédio Coutinho estarem por provar. Pelo menos até agora os Tribunais não são da sua opinião.
GS
Por acaso sou pela demolição do Prédio Coutinho daqui por 50 anos.Somos um país miserável para andar a desperdiçar recursos em nome da defesa de um polis que deve ser construtor e não destruidor...
ResponderEliminarSou mais mais favorável à demolição das Torres de Ofir e nisso ninguém fala...
Caro anónimo (22.41)
ResponderEliminarFoi precisamente relativamente às Torres de Ofir que o Governo de Durão Barroso vacilou... Infelizmente.
De repente neste país, toda a gente dá a sua opinião sem estar habilitado para tal e sem ter conhecimento profundo do caso. Um prédio que estava construido desde a decada de setenta, passou a ser polémico unicamente porque politicamente interessava "dar a mão" a uma empresa que " pariu" milhões de contos de prejuizo ao país com esse evento de sucesso que foi a EXPO98.
ResponderEliminarOra, a requalificação urbana era justamente o negócio criado prepositadamente para a recuperação finaceira da PARQUE EXPO. Prog. Polis, Porto 2001, Polis do Litoral, Polis do Universo etc..etc...
Viana do Castelo, pela mão do seu autarca disponibilizou-se para dar uma maozinha não fosse ele um grande democrata, republicano, laíco e socialista.
A polémica gerada em volta do assunto, precisava dos ingénuos e idiotas uteis por forma a constituirem a "massa" que convinha para unir em volta deste grande designio nacional a "DEMOLIÇÃO DO PRÉDIO COUTINHO"
Para terminar, gostaria de informar que o Lobby das Obras Publicas, depois de anos de euforia em estradas e betão, precisava no final dos anos 90 de justificar os seus recentes investimentos já que o negócio estava mesmo parado. Ora, o POLIS, PORTO2001,ESTADIOS,OTA,TGV,BARRAGENS, vinham mesmo a calhar.
Éra preciso ter o homem certo no lugar certo...Era necessário um homem com capacidade decisão politica, cheio de projectos na algibeira e capaz de congregar os empreiteiros junto de si !!!
O que esta gente gosta é de dinheiro.
ResponderEliminarAdoçante na boca , de um momento para o outro mudam de opinião .
Tudo é uma questão de valores , vendem-se por pouco, é assim que a raça humana funciona.
Fala-se muito, critica-se e não passam de uns pé rapados.
Todos os dias vemos barbaridades em todo o lado , o dinheiro supera tudo