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Ensino Médico: A Qualidade como Referência

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«Em virtude de não ter sido possível consolidar ainda o mapa de vagas relativo ao concurso IM 2008 – A, com vista a garantir uma vaga para cada um dos candidatos admitidos a este concurso, informa-se que serão efectuados todos os esforços no sentido de o divulgar até final do mês de Novembro.»

É isto que se pode ler no site da ACSS. O próprio Ministério da Saúde admite que está a ser difícil garantir locais de formação para todos os licenciados em Medicina que saíram das faculdades, um problema que se vai agravar ao longo dos próximos anos (em 2001 havia 1080 vagas e em 2007 já eram mais de 1400 vagas). Importa ressaltar que, sem aceder a esta formação, os licenciados em Medicina não podem exercer Medicina.

Estas limitações do processo de formação de médicos costumam ser ignoradas pelos que defendem a abertura de mais vagas. A qualidade tem que ser a referência.

12 comentários:

  1. esse discurso é de "proteccionismo"!

    e a dificuldade dos advogados aranjarem lugar para estagio??

    o que o povo quer é cursos de medecina nos privados, tal como qualquer outra profissão em Portugal!!

    Tem-se de acabar com esta "última elite" da sociedade portuguesa!

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  2. na realidade pelas palavras do ministro já existe excesso de médicos....

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  3. Respondendo ao anónimo e estou a vontade para o fazer pois não pertenço a classe. Sou enfermeiro e como tal, actor interveniente no processo de saúde da população.

    A formação terá de ser sempre um dos pilares numa ciência que está em constante mudança. Essas bases formativas devem assentar em duas vertentes: uma teórica, que é ministrada durante o curso e uma vertente prática que permitirá aos futuros profissionais de saúde aliar os conhecimentos teóricos com experiência prática.

    Podemos levantar então a questão se qualquer serviço de um qualquer hospital estará apto a formar com excelência os futuros médicos. Até porque, corrija-me o Pedro se estiver errado, só serão médicos aqueles que forem aprovados no internato. Ou seja, o internato serve como aspecto formativo e avaliador. Mostra se aquela pessoa que esteve durante 6 anos numa escola, está apta para aplicar os conhecimentos adquiridos e será capaz de o fazer de uma forma tutelada, tendo em vista a aquisição de autonomia de trabalho.

    Posto isto, e como utente do SNS exijo que essa formação seja de qualidade. Que forneça ao futuro médico, experiências, actividades, formação necessárias ao exercício autónomo da profissão.

    Sem esses garantes, e podendo o futuro médico estar num local onde não lhe sejam fornecidas as tais experiências necessárias para a sua formação, corremos o risco de a sua formação ser deficitária, ou ainda, corremos o risco de que perante uma situação inesperada o médico (pois já ultrapassou o período formativo durante o internato em que esteve num local sem capacidade de formação de qualidade) não saiba como agir ou mesmo que este possa errar. O erro em saúde paga-se muito caro.

    Visões políticas a parte, com a saúde é preciso ter sempre duas visões e não se pode só falar em defesas de classes, mas sem em defesa dos cuidados de saúde com qualidade.

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  4. Tudo dito:

    "o que o povo quer é cursos de medicina nos privados, tal como qualquer outra profissão em Portugal!!"

    O povo neste país sempre soube o que quer. Aliás, é do conhecimento do povo que o ensino superior público em Portugal prima pela sua qualidade elevada.
    E se o Povo quer há que lho dar.

    E lembro aqui algumas coisas que o povo quer:
    - O povo quer um hospital a no máximo a 5 minutos de casa (indo a pé que é para chegar lá de carro em 4 minutos)

    - O povo quer que a :2 deixe de existir e se aposte num novo canal com mais telenovelas

    - O povo quer diminuir o imposto no tabaco

    - O povo quer que o ordenado mínimo passe a ser já amnhã igual ao da Espanha e porque não igual ao da Suécia!

    - O povo quer que as reformas iguais ao ordenado moinimo mesmo para quem só descontou nos dois últimos anos de actividade profissional!

    - O povo quer ter um médico, um enfermeiro e dois polícias por cada 5 habitantes deste país

    - O povo quer que haja mais feriados que os que ha são poucos. O dia da mãe e/ou dos namorados parece uma boa sugestão

    - O povo quer que o período de férias passe a ser de 3 meses(50 dias uteis)

    - O povo quer cirurgias plásticas comparticipadas

    - O povo quer a União Europeia continue com os fundos estruturais para Portugal até 2090

    - O povo quer que que cada um escolha o emprego que quiser desde que que ache que se tem vocação para isso

    - O povo quer se descubra petróleo em Portugal

    - O povo quer que o Euromilhões só possa sair aos Portugueses

    - O povo quer que a revista Maria tenha mais páginas


    O POVO QUER, O POVO TEM. Aliás tão aí eleições á porta...

    Meus amigos, haja paciência para ler cada coisa...

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  5. Extra de última hora:

    _ O POVO NÂO QUER TRABALHAR

    faça-se um referendo JÀ

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  6. A propósito da notícia do Expresso deste Sábado que dá conta da rescisão de contrato entre o Estado e o Grupo Mello, actual gestor do Hospital Amadora-Sintra...

    Será acaso ou apenas mais um sinal de que a construção do tão prometido e necessário Hospital de Braga ficará mais uma vez à espera?

    Sendo o hospital de Braga área de referência em algumas especialidades para quase 1.100.000 habitantes, é incompreensível a passividade da população dos distritos de Braga e Viana do Castelo face aos sucessivos adiamentos na construção do novo hospital.

    Vamo-nos contentar com sucessivos e dispendiosos actos de cosmética num São Marcos que não está minimamente adequado à actual realidade regional e que não apresenta condições aceitáveis para quem é doente ou para o acto médico?

    E mais grave é esse atraso quando se trata de um hospital com vertente de ensino, esperando-se capaz de receber 100 novos alunos todos os anos... Não tarda nada e teremos futuros médicos a ter formação por videoconferência, ao estilo dos novos cursos insulares.


    Será que isso nos satisfaz?

    M-O

    P.S. Anónimo 13:00: diz-se medicina.

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  7. Claro que o País terá dificuldade em formar os futuros licenciados em Medicina!!! Como em qualquer decisão que por terras lusas se tome, o carro vai seeeempre à frente dos bois, isto porque nunca pensamos a longo prazo. Ao contrário de ti nunca duvidei que o país necessitasse de mais profissionais desta área, mas sempre acreditei que primeiro fossem necessárias as infraestructuras para suportar tal crescimento. Aí sim, teríamos uma resposta eficaz à evidente e urgente falta de médicos.

    "Importa ressaltar que, sem aceder a esta formação, os licenciados em Medicina não podem exercer Medicina." - tem calma que para ti haverá lugar de certeza... nem imaginas a sorte que tenho de não viver nesta realidadezinha abominável e elitista da medicina portuguesa. nem penso voltar...

    PS: não te preocupes pelo plagiozinho de (alguns) botões que fizeste ao meu blog ;)

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  8. penso que Portugal precisa de médicos.

    O problema não esta em abrir mais vagas para novos médicos pois bem é preciso.
    O problema esta é em não haver esses locais para formação de médicos.

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  9. coitado!! tão novinho e já tão afectado pelo vírus do elitismo corporativista.

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  10. Se calhar em vez de se discutir se mais médicos (e já agora, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas,administrativos, auxiliares de acção médica, etc. - partes integrantes e fundamentais do Sistema) são necessários, deveríamos identificar os problemas de que o Sistema Nacional de Saúde padece.
    Porque se mais médicos forem orientados para pintar as paredes dos hospitais, então serão uma mão-de-obra algo dispendiosa...

    O que se discute é o quê, precisamente:
    - dificuldade no atendimento?
    - distância ao domicílio?
    - dispêndio financeiro?
    - humanização dos serviços?
    - celeridade dos processos?
    E outras questões, certamente, importantes.

    Só depois de identificados os problemas se pode passar ao passo seguinte:

    - Perceber porque é que os problemas surgem.

    Aparentemente temos um sistema que deveria funcionar. Infelizmente, não funciona. E ninguém pode negar que há várias responsabilidades envolvidas, não só a dos médicos... Muitos utentes, são eles próprios, os dados viciados de um sistema pouco operante, mas em mudança visível.

    Finalmente, depois de um longo e penoso caminho poderemos desenhar uma estratégia que vise modificar o sistema. Sabendo de antemão que o sistema (do latim praxis ou praxe) irá sempre contrariar qualquer intervenção, podeemos pôr em prática o plano definido.

    Pedro,
    em vésperas de dias importantes lanço-te este repto à Democracia "Participativa".
    Inicia uma discussão sobre o problema da Saúde em Portugal. Só depoi, a discussão das soluções.

    Bem hajas


    JMP

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  11. Magoonífico, achas e sempre achaste que eram precisos mais médicos tal como os pais de todos os jovens que podem e estão dispostos a suportar as despesas dos estudos de Medicina dos seus filhos em Espanha, Cuba, República Checa ou Burkina Faso...

    Há muito quem "ache" por conveniência...

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  12. anónimo, porque por acaso não passas além do medo de te esconder atrás do fácil anónimo... estou a estudar em espanha, mas ao contrário de ser menino bonito cheio de guitotenho o prazer de ter direito a uma beca do estado espanhol. é o que eles chamam à bolsa de estudo. não acredites em todos os tótós que vês na tv. tenho de trabalhar muito para estudar aqui porque não me deram esse direito em Portugal... mas claro, agora é quando tu respondes "estudasses mais". desculpa, o meu QI não dava...

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