A aplicação prática da totalidade do que o conceito de democracia abarca dificilmente será atingida. Ainda assim, o caminho nesse sentido só poderá dar-se através da intromissão dos cidadãos nas decisões públicas. Essa intromissão só pode ter consequências positivas para a comunidade mas tem necessariamente de ser antecedida de uma completa abertura política a ela. Em Braga assistimos a um abrir de portas à participação dos cidadãos, pelo que a vivência comum só pode sair engrandecida. Resta saber até que ponto a receptividade autárquica é factual (ou se se trata de um mero joguete político).
Ao mesmo tempo em que aumentam o poder decisório dos cidadãos, os executivos (centrais, regionais ou locais) abdicam da possibilidade de centralizar as medidas políticas em si mesmos. É então que cresce a participatividade. Numa sociedade ideal as formas de contribuição política do cidadão comum e o seu nível intelectual aumentam cada vez mais, ao passo que paralelamente os líderes políticos e respectivas equipas vão perdendo o poder de decidir com base nas suas próprias concepções sobre o que é melhor e pior para aqueles que governam.
(*) Director do Jornal ComUM
Parabéns pela sua brilhante iniciativa: a defesa da democracia participativa e dos direitos de cidadania. Ernst Bloch sempre defendeu isso, aliás na peugada de Rosa Luxemburgo: «Nem socialismo sem democracia, nem democracia sem socialismo».
ResponderEliminarAbraço
Talvez os pobres lessem mais se ganhassem mais.É que isto de ler de barriga vazia, não dá.
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