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[ComUM] A Qualidade como Referência

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O exemplo do [curso de Medicina do] Minho não pode ser ignorado num momento em que a aposta na qualidade da formação médica está a ser secundada pelos sucessivos Governos. O elogio do ensino centrado no estudante e do contacto precoce com a clínica não pode conviver com a obsessão ministerial do aumento da oferta formativa em Medicina. É tempo dos governantes começarem a pensar estrategicamente o país, em vez de se deterem na política dos números mal explanados e das propostas eleitoralmente mais convenientes.

Está claro que não é fácil explicar às populações, amputadas de tantos serviços básicos de saúde, que não existe falta de médicos e que entupir o sistema com licenciados em faculdades sobrelotadas não resolve os seus problemas. Aliás, tal como não foi a falta de médicos que levou ao encerramento das Maternidades e dos SAP’s, torna-se óbvio que também não será a existência de licenciados em Medicina no desemprego que os há-de repor.

Excerto da minha primeira crónica na edição 2007/2008 do jornal ComUM, uma publicação online propriedade do Grupo dos Alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho (GACSUM). Tal como sucede desde Abril passado, vou continuar a contribuir, às segundas-feiras, com uma coluna quinzenal homónima deste blog. A primeira opinião, da qual transcrevo parte, já está online e poderá ser lida aqui.

O ComUM, actualizado ao segundo, está disponível em http://www.comumonline.com/.

5 comentários:

  1. "Não se trata de partidos nem política. Nunca fui do PSD nem me identifico com esse partido mas, como bracarense, tenho vergonha do que se passa em Braga.

    Se julgam que quem está contra situações pouco claras e contra o MM são apenas pessoas do PSD isso é falta de consideração por todas as outras pessoas de outros partidos ou apartidárias.

    Mesmo no PS há muita mas mesmo muita gente que nunca votou nem votaria no MM. Onde eu me incluo."

    O melhor comentário que alguma vez li neste blog. Está tudo dito...

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  2. O teu protagonismo é avassalador, até na SIC.

    Tens um lugar assegurado na vereação do PSD.

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  3. Pedro,

    Obviamente não irei aqui discutir a questão da restruturação do sistema nacional de saúde, mas num ponto tens absoluta razão: há que repensar a formação em medicina por uma perspectiva da disponibilidade dos recursos humanos e a equidade dos mesmos, em vez de se investir no número de formados em medicina. Quantidade sem qualidade não nós serve de nada. Chamo a atenção para das declarações do ministro da tutela (quem podem ser lidas no DN de hoje (http://jn.sapo.pt/2007/10/08/ultimas/Governo_quer_alargar_vagas_em_Me.html), que, no meu entender, são reprováveis a dois níveis, como já tive oportunidade de comentar (http://pensamento-global.blogspot.com/2007/10/eixos-de-simetria-governo-quer-alargar.html).

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  4. António, isto aplica-se a medicina como a qualquer outra área profissional sensível. O nº de vagas não determina a falta de qualidade. A fiscalização da qualidade dos cursos deve ser feita. Se o curso tem qualidade com mais vagas, como acredito que o de Braga terá, qual é o problema? Se teme que um dia venham a estar 500 alunos numa sala, apenas lhe digo que podem - podem - ser criadas diferentes turmas.

    Se o seu medo não é a falta de qualidade dos cursos e sim o desemprego, estou certo que o sector privado terá todo o prazer em expandir-se e albergar mais médicos.

    Mas não tenha medo, a ordem dos médicos é ainda mais proteccionista e retrogoda do que a dos advogados, enquanto não for reformada estou certo que não terá nada a recear.

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