Neste post, José Silva propõe alternativas ao traçado já delineado pelo MOPTC para a Alta Velocidade. A alternativa apresenta, de forma clara, algumas das vantagens de criar um corredor mais litoral, por oposição à ligação interior entre Campanhã e Braga. No entanto, a ideia de colocar a linha de Alta Velocidade no extremo oeste do terceiro maior centro populacional do país não me parece avisada e merecerá sempre a forte oposição das forças vivas do Minho. A RAV tem que passar (e parar) no coração do quadrilátero formado por Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos e, por razões económicas, geopolíticas e demográficas, essa estação terá que localizar-se algures a este de Nine e a oeste de Braga.
Os aditamentos propostos por Pedro Menezes Simões (na caixa de comentários) são mais realistas e servem melhor as necessidades do Minho que os propostos por José Silva. Mas colocar a estação do Minho em Nine (o ponto em que a linha flecte) obrigaria a criar um rede viária que servisse mais cabalmente essa localidade, o que implicaria necessariamente mais investimento público. Se a solução "Braga" se mantiver, a questão das ligações viárias está resolvida. Actualmente, é mais fácil e rápido chegar a Braga a partir de Barcelos, Guimarães ou Famalicão do que a Nine. Além de servir melhor o quadrilátero Braga-Barcelos-Guimarães-Famalicão, a solução "Braga" também permite às populações de Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso, Fafe, Vieira do Minho, Esposende, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Terras de Bouro chegar à RAV com mais rapidez e conforto.
A solução proposta pelo MOPTC apresenta como grande constrangimento o facto de sobrecargar ainda mais o tráfego da linha ferroviária de Braga. Constrangimento que pode ser ultrapassado através da criação de uma rede efectiva de transportes ferroviários no Minho, capaz de ligar esta região, por vias alternativas, ao Aeroporto Sá Carneiro e ao extremo norte da Àrea Metropolitana do Porto.
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E o Teleférico? Ninguém quer saber do Teleférico?! Ao menos este era capaz de estar concluído em 2012, mesmo a tempo da Guimarães Capital Europeia da Cultura. E, sejamos realistas, o Quim de Alta Velocidade nunca estará operacional em 2013. Até lá, serão feitos 15.639.432 estudos dos quais 1.264.685 serão revistos e todos serão insuficientes...
ResponderEliminarÉ urgente uma maior mobilidade no Minho em geral. Mas todos nós sabemos que não há dinheiro público que chegue, e a vontade politica também deixa a desejar. Penso que temos de pensar seriamente numa parceria público-privada para a concretização do projecto.
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