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Coisas óbvias

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A mulher A (heterossexual) pratica regularmente coito anal com o homem B (bissexual) que, por sua vez, tem umas "escapadelas" com coito anal com o homem C (homossexual).

O homem D (homossexual) tem como único parceiro o homem E (homossexual) que também só tem relações sexuais com D. Praticam o coito anal entre si.

Para o João Miranda, é óbvio que os homens D e E têm maior risco de serem portadores de HIV do que a mulher A pelo simples facto de os primeiros serem homossexuais e a última ser heterossexual.

Fica assim ilustrado porque é que o mundo civilizado deixou de considerar grupos de risco para ter em conta comportamentos de risco, o que infelizmente ainda não é óbvio para todos.

8 comentários:

  1. Pedro Morgado

    Estatisticamente o exemplo que dá não tem qualquer relevância.

    Só explica que se um Homo e um Hetero tiverem os mesmos comportamentos com os mesmos parceiros (o que é, estatisticamente,uma improbabilidade)terão as mesmas consequências!

    Ora, o que está em jogo é só isto,para quem tem que decidir.

    50% do risco é afastado com o "controlo" de 500 000 Homos!

    Sobram 4 000 000 de Heteros para os outros 50%!

    Não há aqui ponta de discriminação!Há bom senso e técnica estatistica!

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  2. Caro Pedro Morgado,

    Como é que os serviços de recolha de sangue sabem que a mulher A (heterossexual) pratica regularmente coito anal com o homem B (bissexual) que, por sua vez, tem umas "escapadelas" com coito anal com o homem C (homossexual)?

    Se eles soubessem não precisariam de regras de triagem. As regras de triagem existem porque os serviços de recolha não têm forma de saber que faz sexo com quem e como. Existe análise de risco porque existe incerteza.

    Quer discutir análise de risco ou situações particulares?

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  3. Luís:
    «Só explica que se um Homo e um Hetero tiverem os mesmos comportamentos com os mesmos parceiros (o que é, estatisticamente,uma improbabilidade)terão as mesmas consequências!»

    Improbabilidade? Aos comportamentos humanos irracionais - emoções (entre outros) - não está inerente uma certa aleatoriedade... imprevisibilidade?

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  4. Caro João Miranda,

    Como refiro no post este caso é apenas uma ilustração dos motivos porque não faz sentido falar em grupos mas sim em comportamentos de risco.

    Epidemiologicamente é facil demonstrar que um homossexual sem comportamentos de risco tem menos probabilidade de contrair HIV do que um heterossexual com comportamentos de risco.

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  5. Pedro, o ponto é esse: a informação em que o Pedro se está a basear (a informação acerca dos comportamentos de risco) não está acessível.

    A análise de risco é feita porque a totalidade dos dados relevantes para o assunto em discussão não são conhecidos.

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  6. Seguras, seguras só mesmo as práticas onanísticas...

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  7. De facto, também estou de acordo que é mais correcto falar-se em comportamentos de risco do que grupos de risco.
    Todos sabemos (ou deveriamos saber) que o VIH se transmite pelo contacto directo com o sangue de uma pessoa infectada; por relações sexuais sem protecção (sem preservativo); da mãe infectada para o filho; e pela partilha de seringas.
    Todos estes comportamentos de risco podem ser cometidos por um indivíduo homossexual, bissexual ou mesmo heterossexual. Por isso não há grupos de maior risco.
    Os próprios toxicodependentes se não partilharem seringas, se usarem sempre seringas novas,dificilmente contrairão o VIH. O que está em causa é o seu comportamento de consumo, consumo este que pode ou não assumir um comportamento de risco.
    O que está sempre em causa não é o grupo mas o comportamento de determinado indivíduo.
    E, se continuarmos a falar e julgar um conjunto específico de indivíduos como um grupo de risco, sabem o que acontece? Esses indivíduos serão votados à discriminação, o que poderá ainda acarretar exclusão a diversos níveis, impossibilitando-os de criarem os seus laços socias e viverem devidamente em sociedade.

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  8. Que palermice, vê-se logo que o pessoal aqui nunca deu sangue. Quando se dá sangue há uma entrevista precisamente para determinar as particularidades de cada dador, nomeadamente a sua vida sexual (muito além da orientação). Como é que o João Miranda acha que os serviços de recolha sabem a orientação sexual dos dadores? Vem no BI? Tse..

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