Numa sondagem realizada pela Marktest, com critérios científicos, D. Afonso Henriques surge em primeiro lugar com 22,7% das preferências dos portugueses. Em segundo lugar aparece Camões (17,2%) e em terceiro Fernando Pessoa (11,7%).
Apetece-me destacar, entre os mais jovens, a "vitória" de Pessoa sobre Camões e a reduzida simpatia por Salazar e Cunhal. Este último, um sinal de bom augúrio para o futuro democrático do país.
Por mim ganhava o D. Afonso Henriques, sem dúvida. Só tenho pena que os maiores responsáveis pelos descobrimentos ocupem os últimos lugares desta contagem.
ResponderEliminarNão estou a perceber essa da vitória do Pessoa sobre o Camões. Ou será que preciso de comprar óculos?
ResponderEliminar"vitória" de Pessoa sobre Camões (...) entre os mais jovens"
ResponderEliminarEntendido?
Pareceu-me que era isso, embora me pareça que não tenha sido bem o que escreveu. Para mentes simplórias, como a minha, o que se lê é que Pessoa ganhou a Camões, por um lado, e que os jovens têm pouca simpatia por Salazar e Cunhal. Coisas com menos importância do que uma vírgula.
ResponderEliminarDe qualquer modo, se não me parece que sondagens deste género possam dar bons ou maus sinais para o futuro da democracia, acho que ajudam a perceber que a nossa História está muito mal sabida.
A primeira coisa que há para dizer sobre o concurso é isso mesmo: é um concurso.
ResponderEliminarDepois, podemos dizer que é um concurso estúpido porque nos coloca uma pergunta estúpida à qual eu não sei responder.
Depois, um parentesis para dizer que única virtude do concurso é ter posto as pessoas (algumas) a falar um pouco de História.
Depois, convém dizer que a esmagadora maioria das pessoas não votou, pelo que o resultado não pode ser visto como uma opção "dos portugueses".
Depois, convém dizer que uma Democracia sólida e estruturada não tem que se preocupar muito com franjas fora do sistema.
Depois, é natural que saudosos do antigo regime se tenham mobilizado.
Depois, é natural que muitos dos que votaram em AOS o façam como sinal de protesto pelo estado de coisas.
Depois, é natural que o facto de os promotores do concurso terem omitido AOS da lista inicial "picou" muita gente, principalmente porque Cunhal, a outra face da moeda, o totalitário de quem muitos gostam ou desculpabilizam, estava na lsita.
Em suma, não levemos a sério o que não deve ser levado a sério.
Mas será que já ninguém neste país entende de estatística?
ResponderEliminarSerá que em vez de debater quem é para os portugueses o maior português, ninguém fala em amostras auto seleccionadas?
É que este método usado neste caso, nada de científico tem...