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O que se diz lá fora...

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«During the day, clerics used their sermons at Sunday Mass in many parishes throughout this overwhelmingly Catholic country to remind parishioners of their duty to vote — and to vote no.»
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«By setting out on the path to legalise abortion, Portugal treads where most western nations did 30 or 40 years ago. In the European Union, only Poland, Malta, and Ireland have similar bans - all of them, much like Portugal, strongly Catholic nations on the periphery of an increasingly secular continent. (...) The contrast could hardly be starker with neighbouring Spain, where soaring prosperity has fostered one the most socially liberal societies anywhere in the world.»
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«When the ban is lifted, Portugal will join most European countries in allowing abortions and leave behind a small group of Malta, Ireland and Poland with strict anti-abortion laws
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«Some 90% of Portuguese describe themselves as Roman Catholics, but that did not stop many rebelling against doctrine yesterday.»
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«La Iglesia Católica portuguesa, cuya doctrina alimenta los principales movimientos cívicos a favor del no, espera también evitar lo que considera un retroceso moral en uno de los países europeos donde aún se siente con más fuerza su influencia.»
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«Les partis de gauche et cinq mouvements de citoyens divers s'étaient prononcés en faveur du "oui", tandis que l'Eglise catholique s'était fortement impliquée en faveur de la "défense de la vie de la conception à la mort" et contre le "crime abominable" de l'avortement.
Certains de ses membres avaient menacé d'excommunication les électeurs qui voteraient "oui", d'autres avaient mis en garde contre la "malédiction" qui ne manquerait pas de s'abattre sur le Portugal s'il rejoignait "l'apostasie silencieuse" du reste de l'Europe et sa "culture de la mort".»
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«Con la vittoria del 'si il Portogallo appare quindi comunque destinato ad uscire dal piccolo drappello di paesi - come Polonia, Irlanda e Malta - che mantengono una legislazione restrittiva in materia.»

9 comentários:

  1. Yay. Ainda assim há gente nova e culta que se recusa a admitir uma verdade tão óbvia - que isto foi um passo em frente (em qualquer sentido).

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  2. Gostari de destacar a BBC:

    "Portugal treads where most western nations did 30 or 40 years ago"

    Pois é. Temos 30 a 40 anos de atraso. Nem mais!!

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  3. Conseguimos, e isso é o mais importante. Vamos agora, apoiados nestes mais de dois milhõs de votos,mudar, para melhor. Sempre para melhor.

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  4. Darwin não falou melhor. Dois milhões em dez milhões - pequena vitória dos mais fortes (só porque com o poder da decisão) sobre os mais fracos.
    Dois milhões de não abortados, biologicamente falando, que não têm dúvidas, interrogações...

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  5. VITÓRIA!
    Vitória das Mulheres!
    Vitória dos Homens!
    Vitória da Justiça!
    Vitória da Liberdade!
    Vitória da Tolerância!
    Vitória da Despenalização!
    Vitória da Verdade!

    ... A VITÓRIA DE TODOS NÓS!

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  6. Gostaria de lembrar que este passo pode não ser em frente mas sim à retaguarda, devido à baixa taxa de natalidade que se verifica ano após ano. além de mais vários países europeus começam a repensar as suas políticas em relação ao aborto. Com tudo isto não quero dizer que o resultado de domingo não seja para respeitar.

    Gostaria de enfatizar o facto de na grande maioria dessas notícias portugal ser definido como um país católico (90%) quando se auto-intitula de laico.

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  7. Portugal é oficialmente laico. No entanto, um país laico digno nunca manteria uma Concordata com o Vaticano - o Vaticano não é um estado, é uma religião disfarçada de estado para poder obter benefícios particulares (como esconder bispos criminosos recusando a sua extradição).

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  8. De acordo, Osso.

    Sobre este tema (e muitos outros)eu tenho, essencialmente, interrogações e temo sempre os que nunca se enganam e raramente têm dúvidas.

    Será que Portugal é mesmo laico? Será que não está em curso a implantação de uma nova religião? Será que esta nova religião respeita a pluralidade de religiões, bem até como a dita laicidade?
    Será que os representantes das religiões milenares são cidadãos de segunda e não podem, porque são religiosos, manifestar a sua opinião e até influenciar os outros (porque não? Todos os movimentos que se formaram visavam influenciar alguém, não nos esqueçamos.)? Em que é que um Frei Bento Domingues é mais cidadão do que um Cardeal Policarpo ou um diácono desconhecido qualquer? Na tendência do seu voto? Então, poder-se-á concluir que os que estão com a nova religião têm o direito de se manifestar e os das outras religiões não têm? É como se disséssemos que os apoiantes no "Sim" têm direito a manifestarem-se e a votarem e os apoiantes do "Não" não têm esse direito. Afinal, em que Estado vivemos nós?

    Por outro lado, por que será que, à excepção da minha voz, só leio, aqui, intervenções masculinas?
    Será que esta lei interessa mais (ou só) aos homens do que às mulheres?
    Será que a "explosão de alegria e de lágrimas" femininas, que vimos na TV, tem, no recôndito de si mesma, um sabor amargo?
    Será que, retirada a máscara, as mulheres reconhecem que votaram no fortalecimento do domínio do macho?
    Será que a pequena vitória de alguns homens tem raiz altruísta?
    Será que com ela não vêem apenas fortalecer-se o ascendente que alguns já detinham sobre as mulheres e a manutenção da sua irresponsabilidade e impunidade?

    Não. Não sou feminista. Sou só humana. Cheia de dúvidas e interrogações. Tenho uma única certeza: a de que, apesar de todas as dificuldades, contrariedades, doenças e desgostos em que fui tropeçando na minha caminhada, louvo o meu pai e a minha mãe por terem aceitado o meu projecto e o terem sempre acarinhado, renunciando muitas vezes às necessidades pessoais. Porque vale sempre - digo, sempre - a pena viver e ajudar a viver.

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  9. o meu escrito anterior saiu como "anónimo", mas deverá ler-se "a dúvida científica", said.

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