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Pelo Comboio do Minho

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Na semana em que o Primeiro Ministro foi ao Algarve dizer que vai continuar a isentar de portagens a Via do Infante, tornou-se ainda mais evidente que a reestruturação da rede ferroviária do Minho, a região que paga as portagens mais caras do país, continua refem da falta de vontade dos decisores políticos.

Construir uma ligação entre Braga e Guimarães, melhorar a linha do Minho (de Nine a Valença) e reduzir os tempos de viagem entre Braga e Porto são projectos estruturantes e absolutamente necessários para o desenvolvimento estratégico de uma região habituada a ficar à margem das benesses do poder central.

Num tempo de raros entendimentos, este são projectos altamente consensuais: António Magalhães tem sido o mais perseverante apoiante da ideia, mas Mesquita Machado e Ricardo Rio também se pronunciaram em sua defesa. O PCP, o PEV e o Bloco de Esquerda vão mais longe, apresentando mesmo propostas concretas para a sua concretização. As premissas necessárias para a rápida concretização destes projectos mantêm-se intactas, mas os avanços têm sido praticamente nulos.

Tal como Samuel Silva sugere, os actores políticos regionais deviam começar por exigir que as linhas ferroviárias do Minho passassem a «ser geridas por uma empresa própria», financiada nos mesmos moldes em que o erário público abona os metros de Lisboa e do Porto.

O anunciado reforço do «número de comboios na linha de Braga», em resposta ao protesto de um movimento de cidadãos, deixa bem claro que podemos devemos fazer melhor do que continuar a aguardar que os decisores de Lisboa tenham a clarividência necessária para interpretar a dimensão dos nossos problemas e anseios. Aos políticos regionais e locais cabe a nobre tarefa de serem porta-vozes de uma região que, sucessivamente encomendada, continua muito longe de perecer.

4 comentários:

  1. Os meus cumprimentos a todos que visitam este magnífico blogue e saudo também o autor Dr. Pedro Morgado, li este artigo e claro que há muito que o Minho não figura nas prioridades de investimento do nosso governo, agora fico espantado quando tive conhecimento de que há já foi elaborado um projecto para a linha Braga-Guimarães. Vejam mais no meu blogue.

    http://wwwbragablog.blogspot.com

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  2. Claro que tudo é possível quando exista vontade politica. Permitam-me alerte para o facto de cada vez mais se programar e~m função dos custos e beneficios, tendo como objectivo, mostrar um transporte que afinal nem sempre temos.Não julgo mais comboios seja uma necessidade, talvez melhor destribuição, horários compativeis com as necessidades dos clientes, claro compreendendo não ser possível um comboio compativel com a opinião ou necessidade de cada cliente.Evidente tb ser desejável comboios mais rápidos no troço Braga/Porto/Braga, porém dentro dos tempos que Refer E CP, entendam possiveis face aos condicionalismos( creio que muitos) existentes.O problema nunca será creio de quantidade nem qualidade, mas de horários compatíveis e alguma redução nos tempos de transporte.Não será esta a verdadeira questão? Um abraço e Boas vigens de comboio.

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  3. Gosto cada vez mais de ler tantas opiniões, mesmo ou quando ridiculas.Falar em comboios rápidos Braga /Porto e não viajar,ou criticar sem conhecer, parece constituir distração para alguns.È pena tyal atitude, devem viajar, deixar o carro na garagem, utilizar os transportes que o País tem e depois sim, falar do que conhecem.Meus amigos, aconselho a procura de informação no Blog dfa Camara de V.N. Famalicão, sobre o Museu Ferroviário de Lousado, sendo provável que lá estejam alguns "exemplares" raros que tempos atrás, estiveram na estação de Braga.Sem regionalismos, mas lamentando o facto, acho os defensores do comboio da cidade de Braga, deviam explicar tal fenómeno.Recordo o próprio Presidente da Camara de Braga ter sido em tempos, um defensor do Museu ou Secção Museológica de Braga...que se passou para hoje nada existir que lembre na estação de Braga, os comboios do passado?Falar do presente implica também lembrar o passado.Desculpem mas custa ver falar de comboios quem só surge em passeios ou inaugurações á procura de mediatismo.

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  4. Então vamos ou não ter Alfa/urbano ? Tudo calado não é bom sinal...

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