Porque Votar é Preciso
Não há muito a dizer depois da campanha eleitoral. Não há muito a dizer depois dos episódios que a marcaram. Não há, sequer, muito a dizer sobre as mudanças de estilo de Sócrates. Não há muito a dizer do "programa" de governo do PS, do seu carácter inovador, da sua aposta no investimento público e demais benesses que os "colunistas" lhe prevejam. Não há muito mais a dizer sobre a licenciatura do candidato socialista, sobre os projectos de casas aberrantes que aprovou, sobre os "Charruas", "Antónios Balbinos Caldeiras" e "Joões Migueis Tavares" deste mundo, que se viram saneados ou processados pelo mero exercício da liberdade de opinião. Não há muito a dizer sobre jornais silenciados e jornalistas afastados. Não há muito a dizer sobre as promessas não cumpridas, sobre os "jamais", os "camelos" e os Magalhães ioiô. Não há muito a dizer sobre o desprezo pelos professores, médicos, funcionários públicos e demais categorias profissionais que se queiram nomear. Não há muito a dizer sobre as ingerências em processos judiciais como o Freeport, sobre as pressões inaceitáveis exercidas sobre titulares de um pilar sagrado do Estado, como é o da justiça. Não há muito a dizer sobre a agricultura, sobre os milhões perdidos em favor de Bruxelas. Não há muito a dizer sobre a bandalheira do QREN. Não há muito a dizer sobre a taxa de desemprego recorde. Não há muito a dizer sobre o défice, nem tão pouco sobre as ajudas selectivas a determinadas empresas em desfavor da livre concorrência.
Em suma, não haverá muito a dizer sobre um país que opte por reconduzir como Primeiro-Ministro uma máquina de propaganda ao invés de um(a) líder. Mas há algo que todos podemos fazer. Todos podemos votar e dizer basta. E isso, caros (e)leitores é dizer muito.
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faço minhas as tuas palavras...
ResponderEliminarum verdadeiro apelo ao voto, na direita
ResponderEliminarEh!Eh!
ResponderEliminarVotar é preciso e depois uma foto do PSD...
Propaganda camuflada?
Não se trata de propaganda. Trata-se de escrever claro e justificar isso mesmo. Assino por baixo.
ResponderEliminarEste senhor acha que isto é propaganda camuflada.
ResponderEliminarÉ propaganda mas, de camuflada não tem nada.
O que o senhor chama de "desprezo" pelas classes sociais eu chamo de PÔR NA LINHA. Não há muito a dizer, mas há muito mais ainda a fazer. E é por isso que talvez se surpreenda se domingo à noite assistir à renovação da maioria socialista. Ou ainda acredita que a Sra. Ferreira Leite vai sequer morder os calcanhares de Sócrates ?
ResponderEliminarAcho que não está nada camuflada, mas também não teria que estar..
ResponderEliminarParece-me importante, de facto, que as pessoas se lembrem novamente daquilo que foi este último governo.. Aquele q esteve lá a fazer a, b ou c, pleno de prepotência e que grita agora q nos próximos anos é q vai ser.. Aí é que vai fazer as coisas boas para toda a gente.. (estilo benfica campeão pro ano, e pro outro a seguir.. Ou depois..)
É que a voz e postura de carneirinho mal morto do pseudo-engenheiro servirão para enganar muitos q depressa se voltarão a lembrar que é mais do mesmo.. Aquela "folha" pseudo-caduca da arrogância do suposto eng. (q eu não contaria q viesse a cair no verão) voltará em força, e agora perene, com o avançar do Outono, se o PS ganhar..
Estou farto deste gabirú de dedo em riste.. Que meta o dedo no...
Ainda está pra nascer um primeiro ministro com um passado tão consistentemente vergonhoso...
São estes posts que deixam a imparcialidade e neutralidade destes blogue pelas ruas da amargura.
ResponderEliminarContinuem.
nunca pensei ver este tipo de propaganda no avenida central!vergonhoso!
ResponderEliminarreles cronista...
os autores deviam ter mais atenção na moderação dos post's!!!
o que há a dizer do PSD?
ResponderEliminarHaverá muito mais a dizer se um país decidir votar numa líder sem propostas, do que num programa sério de governo, apresentado e discutido.
ResponderEliminar@Anónimo das 12:21 o Avenida Central, como blogue, é um espaço livre onde cada autor pode expressar livremente a sua opinião. A redundância serve para esclarecer que não temos a obrigação da imparcialidade.
ResponderEliminar@rioter os autores do Avenida Central não moderam nem nunca moderaram uma entrada de um cronista, nem nunca o farão. Da próxima tente ser menos impulsivo e construa um discurso mais construtivo, expondo a sua opinião com argumentos válidos, não partindo logo para o insulto fácil.
Como disse o Cláudio Rodrigues, o cronista não tem de ser imparcial. As pessoas que acreditam nisso na imparcialidade fora do jornalismo (e, às vezes, nem aí) demonstram uma ingenuidade confrangedora. Enfim...
ResponderEliminarQuanto à cronica em si, deva-se acrescentar que o percurso desta liderança do PSD também não se fez fora de vias travessas. Infelizmente, não há pano onde não caia nódoa. E é essa a nossa triste sina.
Não pretendo camuflar coisa nenhuma, já fiz a minha declaração de intenções várias vezes. Eu voto PSD, é o único voto que pode alterar o estado de coisas. Sejamos sérios, é impossível governar um país com qualquer das forças de esquerda. Um governo minoritário do PS cairá inexoravelmente dentro de 2 anos (máximo).
ResponderEliminarQuanto às ideias do PSD tenho pena que poucos as conheçam, elas foram repetidas à exaustão durante a campanha, pena é que a imprensa se entretenha facilmente com "fait-divers", gaffes e outros contextos, ao invés de se preocupar com os textos. O que fará e não fará foi repetido à exaustão, mas isso não dá audiências, não vende jornais, nem incrementa as pageviews...
"(...) Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade." (António Barreto)
ResponderEliminarVia Terrear
Como uma Avenida plural que se diz ser, e que tem sido, ficamos à espera de outro cronista com uma visão diferente.
ResponderEliminarComo alguém já disse, a Avenida não tem obrigação à imparcialidade mas se defende a pluralidade de opiniões era bom que alguém zelasse pelo contraditório
Subscrevo por inteiro essa reflexão do António Barreto, é que é isso mesmo.
ResponderEliminarComo o Hugo Monteiro disse, os autores desta Avenida não têm de ser imparciais. Apesar disso, se o blog é plural na opinião - que é, diga-se a verdade, a forma como sempre se apresentou aos seus leitores - deve passar a palavra também aos socialistas.
ResponderEliminarEstou certo que o blog dará o devido espaço a uma outra opinião, ao contraditório. Caso contrário a Avenida não faz juz à pluralidade que sempre defendeu.
Caro João Marques
ResponderEliminarMuito obrigado pela sua referência e solidariedade. Espero que estes tempos tenebrosos não se prolonguem. Trabalhei muito (diariamente) nos últimos 4 anos e meio, em nome da liberdade, da democracia e de Portugal, para que assim aconteça. Confio na vitória do PSD de Ferreira Leite e na derrota do PS.
Todavia, na vitória ou na derrota, temos de estar unidos. Uma vitória sem maioria de direita requer tanta unidade para recuperar o Estado do controlo socialista quanto uma derrota que continua a repressão e a desgraça económica.
Não tem de quê caro Albino. Não é um especial favor que lhe faço, é um imperativo de que não prescindo. A defesa da liberdade de expressão não tem cor partidária e é uma conquista não só de Abril, mas sempre e sobretudo da civilização ocidental.
ResponderEliminarNa política, como na vida, não vale tudo, é bom não o esquecermos.