Política da Falsa Modéstia
A dama de mofo do PSD já anunciou que não vai haver comícios com ela, só sessões de esclarecimento, talvez com chá e torradas. Uma "volta da verdade". Tudo em família. Serões ao gosto de Pacheco Pereira, improvisados como os de Vitorino Nemésio ou do professor Caetano. Barato e austero, de modos modestos com a crise e a conjuntura. Nada contra, que tanto berreiro e cartaz enjoa, mesmo quando a democracia é uma festa. Mas na realidade crua, e com um programa que é uma nulidade como alternativa, ao PSD interessa sobretudo que Ferreira Leite passe despercebida, não se vá baixar o índice de confiança da malta da jota, com a gaffe e o siso, e se perca a oportunidade de poder. Quanto menos a Manuela aparecer, menos votos se perdem. A "Política da Verdade" é o marketing do rabo fugido à seringa, dissimulado numa óbvia falsa modéstia.
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É uma pena que, num momento decisivo e premente como o que atravessamos, as alternativas se afigurem demasiado fracas. Face ao panorama deprimente das oposição, que valerá a pena mudar?
ResponderEliminarVitor ás vezes demonstras ser um bom pensador que se demarca dos interesses partidários, outras vezes evidencias algum aparelhismo, e não sei se de forma ingenua ou propositada, acabas por manifestar e dar azo a um podre que afecta a nossa sociedade de aparencias, em que a boa imagem é mais valiosa que a competencia. gostando ou não da Ferreira Leite, evocar uma linguagem supostamente machista, e algo intolerante em vez de argumentos validos prejudica a boa politica pela qual sei que te bates.argumentos como aqueles que evocas foram repetidamente proferidas pelos apoiantes de Schroder, contra A. Merkel, e agora o resultado está á vista.
ResponderEliminarDizer que a presumivel velhice de Ferreira Leite é um argumento valido, devia-se pensar na validade de Manuel Alegre,ou Mario Soares, o primeiro 6 anos mais velho e o segundo dezoito.Vitor sei que tens argumentos, mas utilizares esses é muito redutor para uma pessoa como tu.
É capaz de se melhor fazer grandes comícios, preparados ao milímetro por gabinetes de comunicação, marketing e imagem e mentir, mentir, mentir... O povo gosta mais...
ResponderEliminarNão me agrada o estilo Ferreira Leite, penso saber a razão da opção dela relativamente aos comícios, mas não gostei do tom deste post, por isso tive de o comentar... também já não há paciência para um engenheiro que fala bem, dá-se bem com multidões, mas... é só aparência.
Bom mesmo era que todos eles desaparecessem. A começar pelo sr. JS.
ResponderEliminarSimples e eficaz, o resumo num parágrafo daquilo que MFL e "o seu" PSD simbolizam. A "dama de mofo" devia ser uma expressão mais popular.
ResponderEliminarAnónimo, o tom não é assim tão despropositado. De facto é ela que se apresenta como dona da verdade absoluta.
ResponderEliminarFiquei sem saber o que pensa V´tor Pimenta acerca dos comícios populistas.
ResponderEliminarfoi uma no cravo e outra na ferradura.
Sou «frequentador» deste blog, mas com a baixa linguagem que ultimamente aqui se tem apresentado, normalmente por este sr Vítor Pimenta, considero ser este um espaço a não frequentar muito...
ResponderEliminarExpor a nossa opinião ou pensamento não tem necessariamente que o ser de uma forma arrogante, agressiva, mal educada muito, menos ofensiva. Quando são estes os «argumentos» que se procuram usar, para mim fica tudo dito sobre o autor dos mesmos.
Eu não sei se A MFL é a dona da verdade, mas o dono da mentira sabemos quem é.
ResponderEliminarDesta vez todo o voto é útil se não for PS.
"um programa que é uma nulidade como alternativa"
ResponderEliminarPercebo perfeitamente que não se concorde com as medidas anunciadas. É normal e saudável.
Mas gosto (é uma mania pessoal) de ver um comentário com alguma substância, algo para lá da simples adjectivação. Seria possível?
Votem no PCP se querem seriedade.
ResponderEliminarSe querem mais do mesmo votem PS ou PSD.
Carlos Leite:
ResponderEliminarMFL é uma líder(?) anacrónica e acidental dentro do PSD, e com uma péssima carreira como governante. Está demonstrado.
Wonderbrag, não gosto da generalidade dos comícios. Peguei apenas na deixa de MFL para denunciar o que é, para mim, a realidade por detrás da estratégia eleitoral do PSD.
Caro Miguel Braga:
Já se o vernáculo o ofende, sempre que vir o meu nome, passe à frente. O design do blog ajuda a não ser tomado de surpresa.
Caro Jorge Coelho:
Não sei se estava à espera que fizesse um programa eleitoral. Pelas contas, já ia tarde para entregar listas e assinaturas.
Vítor Pimenta,
ResponderEliminar"Não sei se estava à espera que fizesse um programa eleitoral. Pelas contas, já ia tarde para entregar listas e assinaturas."
Finalmente, ao fim de uns quantos post de pura crispação, conseguiu arrancar-me um sorriso. Bom trabalho.
:)
Claro que eu não iria pedir uma coisa tão complicada. Nem toda a gente tem o tempo e a vontade para fazer um exercício tão complexo como "desenhar" um programa eleitoral desde a raiz.
Mas já que se deu ao trabalho de qualificar o programa eleitoral ("um programa que é uma nulidade") gostaria de saber, por exemplo, se se deu ao trabalho de o ler.
Eu próprio confesso que quando me dou ao trabalho de ler estes programas o faço na diagonal. Normalmente, espero mesmo pelo resumo nos jornais.
No entanto, se o leu (mesmo que só o resumo), quais foram as áreas em que concordou/discordou muito/pouco das propostas apresentadas?
Tem propostas a mais, o que implica que parte delas são verbo de encher? Propostas a menos, o que implica falta de conhecimento sobre os problemas do país e/ou de imaginação para os resolver? As propostas que existem fazem sentido ou são idiotas? Quais?
Para quem lê o programa, ou mesmo só o resumo, estas considerações vão brotando naturalmente. Daí que eu ache que não estou a pedir de mais.
É que dizer "o programa é uma nulidade" assim, sem mais, equivale em termos de qualidade a "benfica é merda". São palavras mais pronunciáveis, mas o pensamento de fundo que revelam é igual.
Jorge Coelho,
ResponderEliminar«Mas gosto (é uma mania pessoal) de ver um comentário com alguma substância, algo para lá da simples adjectivação.»
O comentário creio que era dirigido ao Vítor, mas aproveito para comentar.
O problema do programa do PSD reside curiosamente na falta de substância. Quis fazer um programa curto, que apesar de tudo não é assim tão curto. O resultado é um programa oco. Demasiadas vezes ficam perguntas no ar: como o vai fazer?
Por exemplo, como vai ser o modelo de avaliação dos professores? Nesse ponto até não se limitam o mero tópico. Discorrem ao longo de 7 esmagadoras linhas e a verdade é que nada dizem de concreto. Avaliação por mérito, tendo em conta as capacidades científicas e pedagógicas e com um mínimo de formalidades? Boa! É que, por exemplo, o problema para a FENPROF nem sequer é bem esse. Eles defendem um modelo absolutamente distinto (daí a impossibilidade de negociação).
Mas confesso que a minha preferida é esta: «Daremos real combate à corrupção a todos os níveis», acrescentando a esta magnífica frase apenas e só uma referência ao "enriquecimento injustificado no exercício de funções públicas".
Demasiadas vezes desprovido de substância, portanto.
"Dama de mofo", em cheio. Não sei se a autoria da expressão é do autor do post mas está muito bem visto.
ResponderEliminarÉ uma dama que a única ideia que deixa transparecer, é que pretender tornar este país cinzento e mofento. Sem ideias inovadoras, sem esperança, sem arrojo.
O PSD não é isto. Não é retrogrado, ultra conservador e defensor da inércia e do imobilismo.
Aliás acho que nenhum partido com aspirações de governo de um país ocidental, moderno e membro da UE pode ser assim.
Outro ponto importante é a experiência governativa da Sra. Tanto na educação como nas finanças, uma nulidade.