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Crónica de uma Cidade Perdida

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«Já com equipamentos instalados junto ao Parque da Cidade, a Bracalândia, o parque temático de diversões que se mudou de Braga para Penafiel, será inaugurada a 13 de Março de 2010. Esperam-se 250 mil visitas por ano.» [JN]

Como é possível ter-se desperdiçado um potencial de 250.000 visitas anuais e dezenas de empregos? Esta é a pergunta que a esmagadora maioria dos bracarenses gostava de ver respondida desde o momento em que se anunciou a saída da Bracalândia do concelho de Braga. Na verdade, ainda ninguém compreendeu como é que a Câmara deixou fugir o parque de diversões mais emblemático do Norte de Portugal e Galiza. O erro estratégico da equipa liderada por Mesquita Machado representa uma enorme perda de potencial turístico e económico para o concelho de Braga. Potencial que dificilmente será recuperado nos próximos anos.

18 comentários:

  1. Esta foi e é a lógica do poder movido por outros interesses que por acaso são incompatíveis, com os do povo.Terrenos bem localizados são um bolo apetecível, mesmo para empreendimentos que valorizem interesses económicos instalados em seu redor.Depois de terem destruído os solos agricolas com urbanizações mal localizadas, viram-se para espaços rentáveis onde podem por em prática todo o tipo de interesses.Asim vai esta cidade.

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  2. Quem olhar em redor, fácilmente conclui, que tudo que era espaço óptimo para habitação, foi aproveitado até à exaustão, rentabilizando o metro quadrado de construção.Braga perdeu qualidade de vida na cidade, isolou e abandonou o centro e aos poucos mata todo o comércio local, substituindo-o, mal, por grandes espaços espalhados em redor da cidade.Sufoca ver este triste desenvolvimento pelo negativismo e pelos interesses instalados.Por certo haverá quem lucre e muito com isto.Para quando um inquérito sério a todo este cenário?

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  3. "O erro estratégico da equipa liderada por Mesquita Machado"

    Um erro estratégico pressupõe que haja um plano estratégico. Daí não ter havido erro: em Braga as coisas "acontecem" e quando acontecem reage-se (ou talvez não).

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  4. Pra atrair mais mais visitantes à cidade porque não construir com pouco investimento uma área de serviço para autocaravanas.
    Sítios de localização:
    1 Junto ao Pórtico do Bom Jesus.
    2 Junto à rotunda das piscinas.
    Ambos os locais dispõe de água. É só fazer uma caixa para despejar as águas sujas e outra para a cassete das sanitas (se forem simpáticos paliteiros com bornos de electricidade). Os turistas itenerantes agradeciam e nesse mesmo dia colocavam Braga no mapa Europeu das rotas autocaravanistas.
    Almerindo Margoto

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  5. A propósito da "cidade perdida": não custa nada assinar contra mais um grande passo na rápida, inexorável e criminosa destruição da nossa terra.
    http://www.petitiononline.com/Confia09/petition.html

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  6. "uma área de serviço para autocaravanas."


    Isso é banal em França, logo é muito moderno para Braga, cidade bimilenar... não temos direito a essas folgas.
    É um bocado como o parque de campismo, dizem que existe.

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  7. Sim, tem razão, é comum em França e já começa a ser na visinha Espanha. Cá são perseguidos pela GNR e PSP que tem uma interpretação autárquica do código da estrada, para não falar da colocação de sinais de trânsito inventados sabe-se lá por quem. Assim lá se vão os turistas. O comércio local e os restaurantes deixam de facturar...
    Almerindo Margoto

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  8. Pois é Dario Silva, tem toda a razão. Em Braga não há estratégia. As coisas acontecem e quando acontecem não se reage, reelege-se. Braga está a caminho do beco há muito tempo. Só mesmo aqueles inquéritos sobre o que se considera bom na cidade onde se vive e em que 110% dos bracarenses respondem "tá tudo" são a peneira que já não consegue tapar o óbvio.

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  9. ok, foi uma perda para a cidade, mas quero ver quando é que o parque terá 250 mil visitas

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  10. Ainda muitos estudantes espanhóis hoje em dia perguntam pela Bracalândia. Agora que escreves isto aqui dou-me conta de que realmente era um espaço convidativo, conhecido e apreciado por nortenhos e galegos. E Braga está gradualmente a esquecer-se de que não interessa apenas o que se constrói com vista ao desenvolvimento económico. Há também que proporcionar diversão (em todas as ascensões da palavra) para os seus habitantes, atrair outros de fora e assim lucrar com isso. Nada de muito complicado, mas que os que estão na chefia da cidade ainda não perceberam totalmente.

    E que saudades da Bracalândia.

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  11. Erro Político ou estratégico, conduz a efeitos semelhantes.No caso todo o cenário traçado demonstra quão fútil foi a política seguida ao longo dos sucessivos mandatos.Veja-se a entrada de Maximinos onde trinta Anos atrás estava planeada uma rotunda e espaço verde para lazer e logo surgiram torres e edificios em altura.

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  12. Ainda existem espaços disponíveis para um Parque na cidade...falta vontade Politica e coragem para o fazer sem grandes Empresas envolvidas em negociatas.

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  13. "ok, foi uma perda para a cidade, mas quero ver quando é que o parque terá 250 mil visitas"

    Para um parque que (dizem) recebia 3 milhões de pessoas por ano, 250 mil até acho pouco para a fama que a Bracalândia tinha.

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  14. Três milhões de visitas na antiga Bracalância/ano?

    Vou ali e já venho (buscar uma boa máquina de calcular).

    Assim de repente, são 160 autocarros/dia.
    Onde é que eles estacionavam? - dava uma fila contínua de 2,4 km, da Bracalândia à estação do comboio....

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  15. Desculpem ser voz dissonante neste assunto, mas se há algo que é uma enorme janela de oportunidade para a cidade e até para a região é o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia (INL).

    Não sei se era impossível a coabitação da Bracalândia com o INL. Sei que faz sentido o INL ser fisicamente próximo da Universidade do Minho.

    Se havia uma escolha a fazer e se não era possível manter a Bracalândia na cidade sem colocar entraves ao projecto INL, eu francamente concordo com a opção...

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  16. Erro meu, afinal foi um total de 3 milhões de visitantes que o parque teve em Braga.

    E pegando no comentário do Pedro, mas alguém alguma vez foi contra o LIN?!?! (sim, LIN, a sigla é feita a partir da língua original seja mandarim, russo ou português!)
    Por mais voltas que dê à cabeça não consigo encontrar justificação para a estupidez (não tem outro nome) de correr com um equipamento destes da cidade.
    Vejamos, existe um enorme terreno à frente da UM que ninguém fala, o LIN poderia muito bem ir para lá. Variante do Fojo também presumo que tenha espaço. Não sendo possível, concordo em aranjar uma alternativa perto. Bracalândia até que foi uma boa opção. A partir daqui é que o filme não faz sentido nenhum!
    Correm com a Bracalândia prometendo que vem muito e melhor inclusive para (a miragem que é) o Parque Norte... E as promessas saíram furadas.
    Busílis da questão: não poderia a Bracalândia permanecer e instalar-se nos terrenos que seriam para os outros "mais e melhores" parques? Não se falou que ia um parque para o Parque Norte? A Bracalândia não poderia ir para lá? Porque razão é que a Bracalândia, aposta segura, foi preterida em relação a uns franceses que só o Eng.MM é que ouviu falar?
    Em vez de manterem um equipamento e ao mesmo tempo criarem outro, preferem substituir um pelo outro. É este tipo de iluminados que temos...

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  17. Continuo a pensar que tudo se resolve se existir vontade Política.Terrenos não faltam, a cidade continuo a crescer e impõe-se alternativas à mediocridade em funções.

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