O Têxtil ao Poder
É assim em todo o lado, já se sabe. Em quase todas as autarquias, os edis são pessoas com um passado brilhante em termos empresariais. Daí a maior parte deles estar preparado, em termos de agenda, para aceitar um exigente desafio como o de gerir uma cidade. Poucos se notabilizam pela sua caminhada na política, algo que é mais frequente na política nacional.
Aqui no Norte, logo depois de terminar o Minho, a Trofa (palavra que, em árabe, significa fronteira) é um exemplo cabal da ascensão deste tipo de figuras. Numa cidade que muito alicerçou a sua elevação a cidade nas indústrias têxteis presentes nas suas imediações, é natural que comecem a surgir agora na ribalta os responsáveis pelo sucesso empresarial da região.
No futebol, destacou-se Rui Silva, líder do Grupo Ricon, um dos mais importantes do país, que produz e detém participações em marcas como Gant ou Decenio. Dados de 2007 explicam o sucesso da empresa, presente em vários mercados mundiais. Desde que se tornou presidente do Trofense, Silva canalizou verbas da Ricon para patrocinar as camisolas da sua equipa. Sem problemas quanto ao financiamento, a equipa reforçou-se e logrou atingir a 1ª Liga na época transacta.
Surge agora Paulo Serra, cuja empresa Paulo Serra e Irmãos detém uma outra importante marca de vestuário, a Cheyenne. Com um passado, porém, ligado à política, não se pode dizer que Serra seja virgem nestas andanças. Mas reforça a ideia de que os empresários têxteis da Trofa, em algum ponto da sua vida, se irão ligar a outra forma de poder. E lança a dúvida sobre se a apetência para a gestão empresarial se conjugará com a política. A ver vamos se o candidato do CDS tem oportunidade de desfazer a incógnita.
Quem diz da Trofa, diz de Famalicão, que tem o presidente de Câmara mais rico do país, graças à sua fábrica de calçado. Os exemplos florescem por todo o lado. O orçamento para campanhas parece, assim, ser inesgotável.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Quer isto dizer que o governo das cidades deve ser feito por "profissionais"?
ResponderEliminarA mim já basta o exemplo de Braga para discordar.
Quer isto dizer que o governo das cidades deve ser feito por "profissionais"?
ResponderEliminarA mim já basta o exemplo de Braga para discordar.
Quer isto dizer que o governo das cidades deve ser feito por "profissionais"?
ResponderEliminarA mim já basta o exemplo de Braga para discordar.
Discordo.Verifico na maior parte dos casos, trata-se de puro oportunismo.Vejamos, onde estiveram, ou quando participaram esses senhores em Assembleias Municipais ou de Freguesia ao longo dos últimos quatro Anos? Depois só aparecem em reuniões dois mêses antes das eleições para desaparecerem de novo caso não obtenham um lugar ao Sol.Isto não são politicos.
ResponderEliminar".Isto não são politicos."
ResponderEliminarEu não estava a dizer que a cidade/região tem que ser governada por "políticos".
No fundo, somos todos "políticos", o Homem é um animal eminentemente político ainda que possa ser também, e em simultâneo, um incompetente rodeado de incompetentes.
A cidade tem é que ser governada por PESSOAS, pelas PESSOAS, para as PESSOAS e para os transportes públicos.
Dario, não se pretende dizer que políticos 'profissionais' governam melhor. Apenas ressalvar que tais candidatos, com magnas fortunas, aproveitam os seus fundos para se auto-promoverem sem limites.
ResponderEliminarAnónimo, por certo que para vários a política é oportuna.
Sugiro, apenas isso, que passem os olhos e vejam como funciona o primeiro mercado de previsões políticas em Portugal.
ResponderEliminarQuanto ao mais que a Avenida Central continue ponto de confluências!
www.trocasdeopiniao.eu
Paulo Gonçalves Marcos
----------------
Artigo do jornal i abaixo.
http://www.ionline.pt/interior/index.php?p=news-print&idNota=23637
É normal...todos querem meter a mão no prato.Deixemo-nos de histórias mas os negócios e as parcerias certamente irão triplicar e claro as contas Bancárias.Sempre o lucro a dirigir a ambição.Ideias essas não passam do papel.Acham mesmo que um Empresário mesmo quando honesto, felizmente`há ainda muitos,pensam em benefícios públicos ou puro altruismo?
ResponderEliminarNão creio a solução seja esta.O cidadão candidato deve possuir qualidades mas também ter ideias bem definidas sobre a forma de liderar um poder local ao serviço do Povo.
ResponderEliminarO problema destes candidatos e destes nomes que aqui foram referidos só têm um interessente: poder! E para quê? para continuarem com as suas negociatas de forma impune, tais como: despedir só porque o dinheiro começa a ser pouco para pagar os altos luxos que teimam em permanecer; encher o ego bem e à francesa porque antes, na vida, nada tiveram - daí eu chamar-lhes de pequena burguesia trofense; manterem as suas negociatas à "trofica" - tofenses de "pequena"; e mais e mais e mais, muito mais poderia dizer. Os anos em quelá vivi foram suficientes para saber de que "massa" é feita esta gente! Conheço-os bem! Corram com eles quanto antes... só olham para o umbigo e nada mais!!!!
ResponderEliminarTodos temos culpa, porque contribuimos para as politicas que promovemos.Nas verdade também entendo se trata de oportunismo, porque só querem pelouros e nunca pensam , ou raramente pensam, na população depois do voto.
ResponderEliminarNa actualidade são os mediocres que correm para o poder.Surgem de repente, desconhecidos que ousam dizer que o povo os merece.
ResponderEliminarO cenário traçado reflecte a realidade Portuguesa, onde os pobres são cada vez mais e os ricos sendo os mesmos têm mais poder económico.Aqui reside a meu ver a vitória provável de Sócrates, que sempre semeou e granjeou a simpatia dos Empresários.
ResponderEliminarEm oito anos o que fez o Bernardino?Só mesmo a tercera idade para estar feliz com o trabalho dele e os analfabetos.
ResponderEliminarTrofa é do pior que há neste país.Onde está a nossa camara?? E o tribunal??Somos concelho à quantos anos ??Pensem e vejam se não está na hora de ir para lá outro seja ele quem for.