A convite do Vitor Silva, participei n'O Porto em Conversa, uma iniciativa que lançou um olhar sobre o Minho e o Norte. A conversa tem dois meses, mas penso que os temas são pertinentes neste aproximar de eleições legislativas e autárquicas.
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Excelente entrevista, os meus parabéns!
ResponderEliminarBastante frontal pena que esta opinião, da massa critica do Minho, não possa estar presente na dita comunicação social nacional, tal como foi referido, só se discute o Porto e Lisboa.
Ocorreram apenas alguns erros, como:
-numa referência às principais cidades do Minho omitir por lapso Viana como se entende a partir da restante entrevista;
-falar de apenas 500.000 pessoas no Quadrilátero, quando na realidade são 600.000;
-não referir a população que tem o Quadrilátero como referência de centralidade bem mais de 1 milhão de pessoas apesar da menor urbanidade uma dimensão que a tem que projectar a nível nacional (Braga penetra mesmo no distrito de Vila Real Montalegre e Boticas, no distrito de Viana do Castelo eixo até Monção, e Guimarães e Braga penetram ainda mas em menor escala em Mondim de Basto, e Ribeira de Pena), isto apesar do autentico assassinato que a CCDR-N tem feito à cidade e ao quadrilátero como região centralizadora e consolidada;
-não referir a centralização diária efectiva, por exemplo em Braga, existe uma pequena Área Metropolitana, com 20 a 25% dos trabalhadores de Vila Verde e Amares a trabalharem em Braga, com grande centralização também das freguesias limítrofes de Barcelos, e em menor escala de Famalicão (Ramal de Braga) e de Povoa de Lanhoso. Esta dimensão de área urbana que tende a funcionar como uma só, com mais de 250.000h, é uma dimensão que muito poucos no país conhecem e mesmo em Braga. Esta dimensão faz de Braga nitidamente a terceira maior área urbana "una", que devido a municípios maiores em área como o de Coimbra, esta realidade não se afigura tão evidente.
Achei excelente a abordagem à Marca Minho (criticando Viana e criticando a marca Porto e "Norte"), faltou dizer que o Minho até tem mais património que o Porto rematando com as cidades históricas medievais, renascentistas, e especialmente com a capital Bracara Augusta Romana, Sueva, Visigoda, que não recebe os fundos necessários à sua internacionalização, veja-se o exemplo de Mérida, e a Rede de Castros que também não consegue o apoio necessário, enquanto o Porto está muito centralizado apenas na cidade Porto sendo o distrito muito menos rico.
Excelente a critica às NUTS e ao "Portocentrismo" que na realidade existe (não é um risco, na CCDR-N, na Região de Turismo e na ARS-N pratica-se o Portocentrismo), e a necessidade de criar a Região Porto.
Faltou também deixar mais evidente a Área Metropolitana Porto rica e desenvolvida, que duplica o PIB per capita de 90% do restante Norte, e faltou explorar a divisão feita ao Cávado e ao Ave, explorando a destruição da potencialidade de consolidação do Quadrilátero e do Triângulo muito urbanizado de Braga-Famalicão-Guimarães, referindo ainda a separação de Povoa de Lanhoso e freguesias de Famalicão, altamente centralizadas em Braga.
Rematando que provavelmente quem fez as NUTS III, não entendia o Norte na visão do Minho, mas apenas na visão centralizadora no Porto.
Contudo no global foi uma excelente entrevista, mais uma vez os meus parabéns.
"Faltou também deixar mais evidente a Área Metropolitana Porto rica e desenvolvida, que duplica o PIB per capita de 90% do restante Norte, e faltou explorar a divisão feita ao Cávado e ao Ave, explorando a destruição da potencialidade de consolidação do Quadrilátero e do Triângulo muito urbanizado de Braga-Famalicão-Guimarães, referindo ainda a separação de Povoa de Lanhoso e freguesias de Famalicão, altamente centralizadas em Braga."
ResponderEliminarEste parágrafo é irreal e demonstarativo dos deliríos do senhor carlos.
Indicador per capita de Poder de Compra
Portugal 100
Região Norte 85,4
Cávado 82,5
Amares 59,1
Barcelos 67,1
Braga 105,8
Esposende 79,6
Terras de Bouro 47,4
Vila Verde 56,0
Diz o Carlos que a cidade do Porto é muito rica e o resto muito pobre. Pois muito bem,olhando para os números acima os tipos de Vila Verde devem adorar viver no distrito de Braga com metade do poder de compra dos citadinos e mui civilizados bracarenses expoentes do "quadrilatero".
Vejamos agora o Porto:
Portugal 100
Região Norte 85,4
Grande Porto 111,4
Espinho 108,0
Gondomar 87,5
Maia 114,6
Matosinhos 121,2
Porto 164,3
Póvoa de Varzim 86,2
Valongo 85,4
Vila do Conde 86,7
Vila Nova de Gaia 97,3
ou sou eu que sou vesgo ou as coisas são mais equilibradas e não muito pobres.
Já o distrito de Viana é, embora com um poder de compra,cuja moda e mediana são muito semelhantes ao de Braga, mais equilibrado que Braga, ou melhor, menos centralista. Viana ao contrário de Braga não suga tanto. :-)
Portugal 100
Região Norte 85,4
Minho-Lima 70,7
Arcos de Valdevez 52,5
Caminha 76,9
Melgaço 57,9
Monção 61,6
Paredes de Coura 55,4
Ponte da Barca 53,5
Ponte de Lima 58,4
Valença 74,1
Viana do Castelo 87,4
Vila Nova de Cerveira 70,2
Ainda mais fantástico é o facto do Ave ter um PIB pc (10507€ em 2005) muito semelhante a do Cávado (10835€ em 2005) e Guimarães ter um poder de compra de apenas 77,5% enquanto Braga ostenta 105% da média nacional.
Esse vosso quadrilátero é um delírio. Na hora de escolher toda a gente sabe para onde cairá Famalicão: para o mesmo lado que Santo Tirso e a Trofa.
O melhor que faziam era acabar com estes exercícios idiotas "à carlos santos" e remar todos para o mesmo lado. O Porto e Braga, por muito que custe a algumas luminárias, fazem parte do mesmo sistema urbano metropolitano: a conurbação Grande Porto e Noroeste litoral.
A fonte de todos estes números é o INE :-)
20090512
ResponderEliminarBraga é a Lisboa do Norte e o «Portocentrismo» é um bode expiatório
O populismo regionalista do Pedro Morgado, benéfico para as pedradas no charco que Braga necessita, mas simultaneamente pouco sério e fundamentado para com o Porto (portocentrismo), há muito que me obrigava a produzir esta reflexão. Despersonalizando, mas simultaneamente contribuindo para a entrevista de hoje de Vitor Silva, fica então aqui a minha tese e o respectivo apelo à reflexão por parte da elite bracarense que Pedro Morgado personifica: Braga é a Lisboa do Norte e o «Portocentrismo» é um bode expiatório.
continua em http://norteamos.blogspot.com/2009/05/braga-e-lisboa-do-norte-e-o.html
«Braga é a Lisboa do Norte »
ResponderEliminarAh claro, a culpada de todos os males do Norte é Braga! Isso está claro.
Não dá para internar este José Silva... Aquele blog de norte não tem nada. é uma expiação amorosa ao Porto e um rol de críticas a tudo o que pode competir com o Porto. Eles no Porto gostam é de liderar e de dar esmolas ao Douro e a Bragança porque são terras que nao lhe fazem frente e que assim dao ares de serem muito caridosos. Esta gente do porto nao se enxerga. Haja paciencia.
por falar em "esmolas": em breve apresentarei alguns números sobre a colecta do IRS. Mas posso adiantar o seguinte: cada agregado familiar de Braga paga uma taxa média de IRS de 10%; cada agregado familiar do Porto paga uma taxa média de 15%. Em dinheiro líquido cada agregado familiar do Porto paga cerca de 2,5 vezes mais IRS que um agregado familiar de Braga. No entanto Braga tem um poder de compra de 105% e o Porto de 160%; a distância no poder de compra reduz-se substancialmente em relação ao rendimento. esperem pelas próximos capítulos e falaremos de "esmolas". seguem-se mais "estatísticas" à carlos santos, ou à moda de Braga, se preferirem.
ResponderEliminarA última vez que ouvi falar em arcos metropolitanos e equiparados foi na Catalunha com o centro do círculo na Diagonal. A questão era como ultrapassar Madrid em população. Quem acabou com a contenda foi Tarragona, velha e importante cidade romana, que ficou muito grata por tanto catalanismo mas tem hoje a sua área metropolitana reconhecida.
ResponderEliminarConurbação Urbana?
Porto como símbolo do trabalho eu conheco; Grande Porto também e desejo que rapidamente deixe de ter 20% dos desempregados de Portugal. Agora conurbações conheço entre outras as de Nova Iorque, São Paulo e Tóquio.
caro salvador,
ResponderEliminaranda a ler pouco. deve informar-se melhor.
quanto a desemprego:
"O número de desempregados no distrito de Braga não para de crescer, atingindo os 49.335 indivíduos, de acordo com dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Neste momento, são quase 50 mil desempregados, número que poderá subir rapidamente para os 60 mil até ao próximo Outono, com o fecho de instâncias termais e balneares, grandes empregadoras em determinadas zonas do distrito de Braga."
Braga não está melhor. Actualmente deve estar com uma taxa de 11,5%. Infelizmente o desemprego em Braga é ainda mais estrutural que no Porto.
esmolas:
ResponderEliminarcada portuense paga per capita (colecta líquida - números de 2006) 1751 € de IRS; cada bracarense paga 737 €; isto é: cada portuense paga 2,3 vezes mais IRS que um bracarense; no entanto, tem um poder de compra apenas 1,5 vezes superior.
prováveis causas:
1-há uma quantidade significatiiva de bracarenses que trabalham no grande Porto ou noutra região;
2 - há um grande fluxo de prestações estatais ou um elevado funcionalismo público concentrado na cidade de Braga (talvez isso explique a diferença entre Braga e os concelhos adjacentes) a trabalhar nos chamado sector administrativo não mercantil (os senhores professores, os senhores doutores médicos e enfermeiros, etc);
3- em Braga foge-se descaradamente ao fisco.
quem souber que responda!
P.S. embora todos estes números sejam absolutamente verdadeiros, é indevido e grosseiro manipular assim estatísticas; é mais uma manipulação à moda do carlos santos e quejandos.
Caro Anónimo,
ResponderEliminarSobre o Porto ainda este mês:
20090811: As (pseudo) elites do Porto no seu melhor
http://norteamos.blogspot.com/2009/08/as-pseudo-elites-do-porto-no-seu-melhor.html
20090814: O Porto é (estatisticamente) uma «Reserva de Índios»
http://norteamos.blogspot.com/2009/08/o-porto-e-estatisticamente-uma-reserva.html
Com vê não faltam críticas ao Porto.
Pelos vistos além de não ter nome não sabe lêr nem ser imparcial. Se calhar é bracarense à procura de um pode expiatório...
Pois, antónio,
ResponderEliminareu penso que a resposta é a 2, como pode ler aqui:
http://norteamos.blogspot.com/2009/05/braga-e-lisboa-do-norte-e-o.html
Não ouvi a entrevista, mas parece-me algo não foi dito.Então a AV, que vai ter impacto ambiental e destruir habitações, que vai dividir populações e causar profundas alterações numa àrea onde até já se verificaram alterações com o comboio e a auto estrada, onde sevão criar enormes problemas ás populações residentes, onde os próprios terrenos estão hipotecados à Refer por dois ou três Anos até que escolham o melhor carreiro para passar o comboio, que em nada os irá beneficiar.São questões de grande importância que ninguém ousa abordar.
ResponderEliminarCaro anónimo,
ResponderEliminarJá pudemos constatar que está preocupado com a AV tamanha a profusão de comentários que coloca sobre o assunto.
É um assunto de que falo sem problemas: considero que a AV é importante para o desenvolvimento do país e, em especial, do Minho.