«A grande maioria (69%) dos diplomados em 2006-2007 pela Universidade do Porto (UP) exercia uma actividade profissional entre os 14 e 20 meses após a conclusão do curso. A faculdade com maior empregabilidade é a de Medicina Dentária, com uma percentagem de 96% dos seus diplomados a trabalhar, seguindo-se Desporto (87%) e Medicina (83%). Ainda na casa dos 80 % estão as faculdades de Economia e Engenharia, com as de Farmácia, de Nutricionismo e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (a segunda faculdade de Medicina da UP) na casa dos 70%. Letras, Psicologia e Ciências da Educação estão nos 60%, enquanto Arquitectura tem 57%. Seguem-se as faculdades de Belas Artes e de Ciências, ambas com quase 48% dos licenciados a exercer. Já Direito surge em último lugar, com 9,6% dos licenciados a exercer a sua profissão.» [DN]
Da Empregabilidade
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Desporto com 87% de empregabilidade? Se há algo que me surpreende é isto. Presumo que se refiram apenas aos alunos da FADEUP, mas mesmo assim são números que me impressionam.
ResponderEliminarIsso e dentária ter mais empregabilidade do que medicina, estranho.
Como pré-caloiro da FEUP, espero eu, esses 80% não são maus de todo :)
Pode fazer-se um exercício "engraçado" para se perceber melhor a realidade em algumas cidades:
ResponderEliminarIr a um call-center e perguntar qual a formação académica dos que lá trabalham. É de abrir a boca...
Os de Direito são deputados, presidentes de câmara, ministros, assessores, secretários de Estado, etc.
ResponderEliminarHmmm... Números estranhos...
ResponderEliminarAcho que seria interessante perceber (em vez de qual a percentagem que "exercia UMA actividade profissional") qual a percentagem de indivíduos que desenvolve A actividade laboral NA SUA área de formação e a que condições é que se sujeitam.
Como é que Medicina só tem 83%, não querem trabalhar?
ResponderEliminarMedicina tem uma taxa de empregabilidade de 200%, ao contrario de Medicina Dentaria onde muitos dos recem formados têm que emigrar (mais de 500), num universo de ~7.000.
Medicina Dentária é a próxima vitima dos políticos sem cabeça que temos.
Estão a sair 600 novos profissionais por ano, no fim de um ciclo com 600 novos por ano teremos, 21.000 profissionais formados durante 35 anos, o que representa cerca de 19.000 profissionais activos quando se completar este ciclo, contra os actuais 7.000 (dos quais 500 emigraram), e contra os 2.000 que tínhamos há 10 anos.
Vamos ter um MDentistas para cada 550 portugueses por volta de 2030.
Em 2007 anunciavam:
"As estimativas da Ordem indicam que dentro de três anos, em 2010, haverá um dentista por cada 1.180 habitantes em Portugal.
Em comparação, Espanha terá um profissional por cada 2.667 habitantes, a Holanda um para cada 2.118 habitantes e o Reino Unido um por cada 2.105 cidadãos."
Sabendo que nestes paises da UE, a Medicina Dentária é considerada prioritária e as populações recorrem muito mais às consultas, só há 1 caminho para os Medicos Dentistas, emigrarem mais , aumentarem os números do desemprego, ficarem mais competitivos, mas com o excesso de oferta acabam por diminuir a qualidade de trabalho reduzindo os custos para tentarem "sobreviver".
Os números estão por faculdades e não por cursos. O Instituto Abel Salazar tem mais do que um curso. De qualquer forma há dois factos que podem justificar isso:
ResponderEliminar1. Há formados em Medicina que, não tendo classificação para a especialidade que desejam, optam por ficar sem trabalhar enquanto estudam para novo exame;
2. Os formados em Direito entram em estágios que, embora sendo muitas vezes remunerados, não consideram trabalho.
Estes números são o resultado de abertura de novos cursos e do número de vagas não estar ligado às necessidades do país.
ResponderEliminarPor exemplo em Portugal só existe um indice de necessidades de profissionais à um ano, que podem ver neste link:
http://aeiou.expresso.pt/indice-de-perspectivas-profissionais-de-portugal=f524427
Infelizmente ainda muitas Universidades e o Ministério da Educação não utilizam este indicador para desenvolver o seu trabalho.
A isto poderiamos chamar Planeamento Estratégico do Ensino Superior.
Na minha opinião, os dados de Medicina não podem ser apresentados dessa forma, enganam quem não conhece a realidade, os alunos de Medicina têm que ter especialidade para poderem exercer (desde 2005/06 se não estou em erro), como é óbvio os dados de Medicina tinham que aparecer com essa ponderação... deviam contabilizar após a conclusão da especialidade.
ResponderEliminarOs alunos têm vagas para Medicina Geral, mas optam por repetir o exame... e só podem repetir 2 vezes, depois têm que terminar a especialidade em que ficaram colocados, antes de poderem voltar a repetir o exame. Como é óbvio a empregabilidade em Medicina é de ~100%, e há nítida falta de Médicos, dai terem que vir profissionais estrangeiros suprir as necessidades, das regiões mais "remotas" do país.
E nos preços exorbitantes das consultas médicas ao nível privado.
Caro Carlos Santos,
ResponderEliminarO mesmo se aplica aos alunos de direito que querem ser advogados ou juízes. Certo?
Pergunto,e os outros cursos superiores menos badalados?E impressionante o número de licenciados que não têm emprego ou então são caixas de supermercados,padeiro(a)s,azeiteiro(a)s,porteiro(a)s,alternadeiro(a)s,etc.etc.E lamentável que se ande a "enganar" os jovens e os pais.O que dá é ser "ingenheiro"e ter a benção do partido.
ResponderEliminarJá agora, quem fez o estudo? A notícia do DN intitula-se "Universidade do Porto anuncia 70% de empregabilidade", mas no site da UP não encontro qualquer referência...
ResponderEliminarSerá que os alunos que vão directamente para mestrado ou optam por continuar a formação noutra área contam como empregados ou não?
Já agora, qual é a profissão de um licenciado em Direito?
Perguntas sem resposta no DN...
É a mesma situação? Os formados em direito têm automaticamente colocação como advogados ou juízes?
ResponderEliminarOs de Medicina fazem o exame, e depois conforme o seu ranking escolhem a sua especialidade. Como para o fim ficam as que "ninguém" quer, alguns optam por não frequentar e gastar as tentativas que restam numa melhor opção.
A mim não me parece correcto, dizer que são desempregados. Ou não fazer qualquer referência a essa situação, colocando-os no mesmo patamar de desempregados de outros cursos.
O licenciado em Direito, após o termino do curso, necessita de continuar a estudar.
ResponderEliminarQuer queira seguir advocacia (quase 3 anos de estágio), quer siga magistratura (um ano de concurso mais 2 de estudos no CEJ).
Podemos falar também no acesso à investigação criminal ou a outras carreiras.
Todas implicam continuar a estudar e por esse motivo não se encontram a trabalhar passados 1 ou 2 anos.
Noutros cursos basta ter canudo e procurar emprego.
Por esse motivo não se pode encarar estes dados sem a devida análise.
O juízes não cobram preços exorbitantes porque não atendem clientes.
ResponderEliminarPara além disso é um cargo de relevância constitucional.
Parece evidente que nos 2 casos tratam-se de realidades dispares da maioria dos cursos.
ResponderEliminarSó tenho uma dúvida, é possível a um Licenciado em Direito exercer alguma profissão na área do seu curso, sem realizar qualquer formação extra, e onde apenas os Licenciados em Direito têm acesso.
Resumindo, o curso de Direito por si só dá acesso a alguma profissão especifica do curso.
direito, profissão: jurista. sseus ignaros .->
ResponderEliminarSr. Carlos Santos, não percebo muito bem qual a sua "aversão" com desempregados em medicina... quando diz "A mim não me parece correcto, dizer que são desempregados. Ou não fazer qualquer referência a essa situação, colocando-os no mesmo patamar de desempregados de outros cursos."
ResponderEliminarA palavra desempregado tem um significado próprio, não?
Desempregado(adj. s. m.
Que ou pessoa sem emprego.)
Ou seja se um licenciado/mestrado em Medicina decide ou não iniciar a sua actividade está sem emprego, logo está no mesmo patamar dos outros (poderá ser por razões diferentes), mas está. Ou um licenciado em Psicologia, Direito ou noutro curso que tenha como opções de emprego trabalhar numa coisa que eles não desejam e não ocupem esse lugar não poderão ser chamados de desempregados???
Com os melhores cumprimentos
arquitectura é igual. depois de terminado o curso fica-se com a designação de licenciado em arquitectura. só após o estágio e consequente relatório e aprovação pela ordem é que se fica a ser arquitecto.
ResponderEliminarIgnaros, porquê já agora?
ResponderEliminarPorque:
ResponderEliminar-ainda faz parte da formação obrigatória;
-são sempre colocados, podem é optar por não frequentar;
Se ainda não concluíram a formação obrigatória, deviam ser considerados estudantes que reprovaram de ano, ainda que por opção neste caso.
Penso que seria mais fiel, à realidade dos restantes cursos.
O que se pretende com este tipo de dados é aferir a empregabilidade dos recém formados, e na minha opinião estão a adulterar a realidade.
Quanto a Direito após pesquisar, encontrei o seguinte.
Saídas específicas:
-Advocacia;
-Magistratura;
-Registos e Notariado; -Solicitadoria
-Carreira Docente Universitária ligada ao Direito
Saídas não específicas, mas com vantagem competitiva:
-Administração Pública
-Polícia Judiciária
-Diplomacia
Novas saídas profissionais(penso que específicas também):
-Juizes de Paz
-Mediadores
-Assistentes Judiciais
Será a "empregabilidade" 9,6%, fiel de comparação com a realidade de outros cursos, não se está a perder o valor do termo "empregabilidade" considerando tudo como realidades iguais, sem ponderações?
Após ler este artigo e ter enviado o meu comentário vejo que o Público de ontem trazia um artigo sobre o mesmo assunto, mas muito mais desenvolvido. O estudo é do Observatório de Emprego da UP, embora continue sem encontrar o estudo no site geral da universidade.
ResponderEliminarSobre as questões dos licenciados em Direito, os 9,6% não incluem nem os estudantes que prosseguiram com a sua formação nem aqueles que estão em estágio.
Sobre a profissão do licenciado em Direito, era uma provocação. Sou aluno de Economia na UP e nas aulas os professores abordam por vezes a questão do que é ser-se economista, se isso é sequer uma profissão concreta, como é a de serralheiro, mecânico, médico, professor, etc.
O licenciado em Direito é um jurista.
ResponderEliminaro ministérios, e órgãos públicos estão repletos deles caso contrário não funcionavam.
Arquitectura tem 57% de "empregados"... em regime de precariedade quase exclusivamente.
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