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Ser e Parecer Ser

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«Paulo Rangel, voltou hoje a acusar o PS de "ter duas caras, uma para a Europa e outra para Portugal" e, por isso, não apresentar uma "candidatura séria".» [Público 10/05/2009]

«"[Ferreira Leite] Há uma coisa que não faremos de certeza absoluta que é candidatar pessoas candidatos fantasmas". [...] isso apenas não acontecerá "se alguém adoecer ou acontecer alguma coisa". [DN 22/04/2009]

"À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta." Os políticos vivem da sua imagem, do seu carácter. Depois de já ter confessado o voto contrário àquilo que defendia, quanto à lei do financiamento partidário, o Paulo Rangel ameaça entrar em queda livre, pois os media e os adversários políticos não irão ser tão graciosos, como foram quando o transformaram numa espécie de miúdo maravilha, no dia 7.

Agora, confrontado com o cenário de vitória do PSD nas legislativas, «não afast[a]» a possibilidade de abandonar o Parlamento Europeu. Percebendo-se, ainda, porque não respondeu a Ana Gomes. É que até pode não ter carácter, mas é fundamental que o pareça ter.

O que dirá o CDS se a hipótese da coligação pós-eleitoral for para a frente? Seguramente, aos berros: sim, Sra. Ministra!

Mas isto coloca uma séria dificuldade à Ferreira Leite. Afinal, ela também proferiu uma série afirmações absolutamente inequívocas em relação a este assunto. Será difícil justificar o regresso antecipado do Rangel quando se apregoa uma política nova de verdade e de seriedade.

5 comentários:

  1. Ser politico deve passar pela seriedade, mas também pela coerência e por estar ao serviço do bem comum, ao serviço de todos.
    Estas são as razões pelas quais o MEP defende o cumprimento integral dos mandatos, no seu código de ética politica.
    http://www.mep.pt/images/codigo_de_etica_politica.pdf
    Espero que todos os deputados eleitos para o Parlamento Europeu, de todos os partidos, cumpram o seu mandato de 5 anos, caso contrario estarão a dar um mau exemplo de fazer politica e a dar razão áqueles que se abstiveram ou que votaram em branco.

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  2. Realmente, como quererão ganhar qualquer eleição com esta "seriedade???" toda.
    Só mesmo com um equivoco como aconteceu a 7/6. E logo mostram que querem é o "tacho do Poder".

    O PS levou o puchão de orelhas, mas continua a ser a melhor opção.

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  3. Espero que o Sr Jorge Sousa também coloque aqui um post sobre a seriedade dos políticos, ao ler as referências dadas hoje pela Elisa Ferreira, segundo a qual se vencer as eleições para a autarquia do Porto abandona o Parlamento Europeu..

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  4. Se calhar até pode pôr, mas Elisa Ferreira foi séria e não escondeu. Podemos questionar o que é isso de concorrer em duas linhas e escolher o que quer.
    Mas Rangel (e o PSD) foi mais longe já que criticaram esse facto, no alto da sua seriedade, para depois de eleições da o dito por não dito.

    É a politica de verdade desses senhores do PSD.

    Não esqueci o real descalabro dos governos PSD, e em particular nos pelouros de Manuela Ferreira Leite. E da forma como penalizou os Portugueses sem resultados, sem inovação, sem futuro.

    Quero o norte com uma linha de alta velocidade com ligação à Galiza.

    Acredito num Portugal de futuro, não um Portugal parado no tempo de costas viradas para a Europa e o Mundo!

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  5. Dória, em que país estás a viver neste momento? Não deve ser em Portugal, pela certa. Onde está a Portugal de futuro prometido há 4 anos? ou será que essa promessa ainda não era a sério, e fica somente como promessa para as próximas eleições para enganar papalvos? Ah pois, a famosa crise... que tudo desculpa, tudo perdoa
    Já agora, não é pelo facto de se dizer ou anunciar que a coisa passa a ser séria! Que seriedade é essa de concorrer a dois actos eleitorais, decidindo-se depois pelo que mais agrada? Porque se ganhar as eleições opta pela câmara, se não ganhar não está para ser vereadora em troca de um lugar no parlamento europeu. Mesmo ganhando as eleições autárquicas, as pessoas que votaram nas suas propostas para as representar no Parlamento Europeu, não merecem respeito?
    Naturalmente que digo o mesmo, no caso do Paulo Rangel, em quem não votei. Mas haja honestidade e em casos semelhantes faça-se o mesmo reparo...

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