Projectos 21 | Edifício Zínia
© Lexarq
Localizado junto à rotunda de Infías, nos terrenos da antiga fábrica do Pachancho, o Edifício Zínia vai acolher um Conjunto Residencial Sénior (nos pisos 1 a 7), uma pequeno espaço comercial de quatro lojas (piso 0) e ainda um supermercado da cadeia Pingo Doce (piso -1).
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Esse edifício nada tem a ver com os que há no Nó de Infias. Mais valia ter deixado o antigo edifício da Pachancho em pé. Ter aproveitado a construção. Até ter ampliado, se fosse preciso, mas não arrumar um edifício tão conhecido da cidade.
ResponderEliminarOs gostos são, obviamente, discutíveis. Mas este parece-me um edifício interessante e arquitectonicamente marcante.
ResponderEliminarSim, interessante, sem dúvida. Talvez ficasse bem noutro local da cidade. Não ali, digo eu. O Sá de Miranda, a casa principal da antiga Quinta de Infias e a Casa de Infias e agora isto... não bate certo.
ResponderEliminarFaz lembrar a asneira de meter aquela coisa onde está Wall Street Institute no meio do Campo da Vinha.
Para mim, se for fiel ao projecto, é o edifício mais marcante, pós 25 de Abril, em Braga.
ResponderEliminarNo que diz respeito ao enquadramento, conseguiram num terreno acidentado, retirar um excelente proveito, e colocaram a zona mais alta do edifício, muito afastada da Rotunda, praticamente em continuidade com a volumetria dos edifícios contíguos.
Se passarem na rotunda podem verificar isso mesmo.
Quanto ao contraste dos estilos arquitectónicos, temos exemplos muito mais graves, como o Edifício junto ao Santa Bárbara, ou o dos Granjinhos.
Penso que o próprio edifício da Fábrica Pachancho não tinha grande valor arquitectónico, apesar do valor "sentimental", podia contudo ter sido "referido" no projecto. A perda dos solares do sec. XVIII em Maximinos e noutras zonas da cidade, essas sim, são mais preocupantes, principalmente quando são feitos "caixotes" residenciais com volumetrias exageradas.
Neste caso para mim aceita-se a execução deste edifício, a cidade tem que evoluir respeitando o passado, e penso que atendendo à volumetria global do edifício, esta foi muito bem distribuída, de forma a criar o menor impacto na zona evolvente.
Quanto à forma como a CMB gere o urbanismo, já todos sabemos...
Infias no pachancho?
ResponderEliminarJunto ao Sá de Miranda, certo?
ResponderEliminarSim, Junto ao Sá de Miranda. Mas do outro lado da rotunda.
ResponderEliminarO projecto parece-me muito bom.
ResponderEliminar"é o edifício mais marcante, pós 25 de Abril, em Braga. "
ResponderEliminarDiscordo, o mais marcante é a famosa "torre verde do Feira Nova". Distinto e vê-se de longe.
O edifício mais marcante é o Estádio Axa!
ResponderEliminarAquilo chama-se rotunda de Infias?
ResponderEliminarSe o edifício vai acolher o Pingo Doce, o que é que vai acontecer ao que existe junto do cemitério (antigo Plus)? Ou a estratégia da empresa é abrir uma loja de cem em cem metros?...
ResponderEliminarA cem metros do cemitério, com várias escolas em redor e com um trânsito caótico boa parte do dia, sem dúvida que vai ser um bom lugar de repouso...
ResponderEliminarRepouso? Quem é que disse que as pessoas idosas precisam de repouso? Bem pelo contrário, quanto mais activas e integradas maior a longevidade e a sanidade física e psíquica! :)
ResponderEliminarMais confusão de transito na rotunda de Infías? A quem interessa isso?
ResponderEliminarInteressa aos $u$peito$ do co$tume!
ResponderEliminarTanto qt sei, o pingo doce junto ao "De Borla" passará a ser um género de central de apoio aos outros. Isto é, serão lá confecionadas as refeições, que posteriormente serão vendidos nos outros, mas somente do Porto para cima. Quanto a esta zona continuarão a abastecer-se na Maia.
ResponderEliminar"um trânsito caótico boa parte do dia"
ResponderEliminarA isso se chama "acessibilidades", qual o problema?
Se o nível de desenvolvimento de uma cidade fosse medido pelo número de horas que os seus habitantes passam dentro dos seus automóveis por comparação com o trabalho que é produzido, Portugal estaria, num ranking europeu,... exactamente no mesmo lugar.
é so velhos de restelo! sempre a dizerem mal...
ResponderEliminarMais um mamarracho.
ResponderEliminarolhem para a imagem e reparem na parte cinzenta. Pois é. Já lá existe outro edificio que está completamente desenquadrado com este.
ResponderEliminarPessoalmente acho o edifico horrivel. A ânsia de marcar a diferença, não quer dizer que o resultado final seja bonito. Mas, os gostos são discutiveis, eu sei.
Embora tenham de concordar que se a parte cinza é um edificio convencional "isto" simplesmente mata o completamente o conjunto
Se repararem conseguiram disfarçar a enorme disparidade de volumetria do piso do Pingo Doce para os restantes. Utilizaram ainda essa disparidade, para criar um parque por cima do Pingo Doce e outro no restante terreno disponível na Rua da Infantaria, conseguindo também dessa forma dois acessos distintos ao edifício.
ResponderEliminarConseguiram dessa forma também vencer o desnível existente entre a Rua da Infantaria e a Rua do Conselheiro Bento Miguel.
Por isso e pela arquitectura arrojada, acho um projecto excelente, principalmente se comparado com o que existe em Braga.
É no entanto uma pena que esteja "geminado" com um prédio totalmente diferente. (Aquele bloco cinzento ali representado é o edifício residencial que já está construído.)
Não percebo como é que se pode dizer que um edifício é "arquitectonicamente marcante" vendo apenas uma fotografia. O impacto que o edifício tem na envolvente é uma coisa. E é fácil ter, basta apresentar um intrincado jogo geométrico de fachada e já se assegurou esse tal impacto. Agora para ser arquitectonicamente marcante tem que, acima de tudo e nada mais, funcionar bem para o porpósito para o qual foi construido... Como são os quartos, como são os espaços comuns? Funcionam bem? Apresenta algum avanço tecnológico? Alguma solução construtiva inovadora?
ResponderEliminarPela fotografia pode-se perceber que o desenho do alçado é totalmente aleatório e que antes da entrada principal há um estrangulamento do passeio só para que aí pudessem ser postos lugares de estacionamento. É o pouco que dá para ver e, sendo arquitecto, posso assegurar que não é nada "marcante", bem pelo contrário.
E o que o senhor Carlos Santos refere não é um pormenor. Dizer que o projecto é excelente e depois dizer que é pena que esteja "geminado" com um prédio totalmente diferente é um pouco paradoxal.
ResponderEliminarAté porque não é esse prédio que é diferente deste novo. É precisamente o novo que é diferente do que já está construido.
Fazer a cidade como um puzzle, adicionando aleatoriamente pequenos edificios que não comunicam entre si e apenas parecem entrar num jogo no qual cada um deles parece querer sobressair o mais possivel acaba por prejudicar a imagem global da cidade.
Programas de excepção há, e deve haver. Museus, Salas de Concertos, Estádios, Escolas, Câmaras Municipais, etc.
Edifícios residenciais, sejam eles de terceira idade ou não, são os que servem, precisamente, para conformar o resto do tecido da cidade.
Se cada um deles decidir que se quer comportar como se fosse um museu, no final apenas nos restarão cidades esquizofrénicas...
Já que é arquiteto sugiro que refira quais os edificios residenciais, comerciais com 6 ou mais pisos, que superam o projecto em questão, no concelho de Braga.
ResponderEliminarSe este não é marcante perante o cenário do concelho...
Como já disse, estamos a falar de Braga, onde temos o urbanismo que temos. Se foi feito um "barraco" com uma taxa de ocupação a rondar os 10%, que em termos de arquitetura exterior é quase zero... ter esse edifício como referência tão limitativa...
Já agora o que acha do "contraste" arquitectónico, que o Gonçalo Byrne projectou para a Avenida da Liberdade, no Liberdade Street Fashion?
Temos que ter em conta de onde viemos e para onde vamos, e nesse cenário, este é dos edifícios mais marcantes, na minha opinião.
"E é fácil ter, basta apresentar um intrincado jogo geométrico de fachada e já se assegurou esse tal impacto."
Pois mas em Braga nem isso se tem feito. E é de Braga que se está a falar.
O seu discurso resume a máxima "em terra de cegos quem tem olho é rei". Ainda que para mim neste caso o edifício em questão nem sequer "olho" tem, apenas o finge ter. Mas pronto, se isso lhe serve, eu por muito que me explique jamais o conseguires fazer entender...
ResponderEliminarQuanto ao projecto do arquitecto Byrne também não conheço mais que as fotografias veiculadas na imprensa, daí que, pelas razões enumeradas anteriormente, não me possa pronunciar acerca do projecto.
Parece-me pelo menos ter o mérito de conseguir integrar a pré-existência no novo edifício, de uma forma que não é original nem traz propriamente nada de novo mas que eventualmente poderá funcionar bem.
O mair problema na arquitectura é o pretensiosismo formal.
E entre uma obra e outra parece-me mais pretensiosa esta da residência para idosos.
O problema é que apareçam arquitectos com pouca experiência, que têm ainda dificuldade em manusear o desenho dos espaços e da fachada mas que, ainda assim, parecem não se importar com isso e compõe alçados que parecem devaneios de artista.
E este é um dos problemas, a arquitectura, só é arte numa ínfima percentagem. Arquitectura é a ciência da construção. O edifício apresentado, e a crítica que faço, relembro, é apenas feita pela fotografia, não traz nada de novo e os elementos formais que utiliza não parecem os mais adequados para o edifício em questão nem sequer o são feitos de uma forma harmoniosa.
Mas mais uma vez sublinho que não conheço o projecto, apenas esta fotografia, e o que me impressionou e impressiona é catalogá-lo como uma referência arquitectónica apenas através desta fotografia.
A arquitectura nasceu com a ideia do homem de criar um abrigo para si mesmo, um abrigo confortável. E essa questão tem vindo a ser esquecida. Arquitectura hoje em dia é cada vez mais um jogo de fachada. Prova disso é que os espaços interiores durante 100 anos quase não sofrem mudanças.
Não há propostas de novos espaços para habitar, de novas qualidades espaciais, novas morfologias e programas, novas formas de encarar o espaço. Nada disso se propõe, e isto extrema-se de uma forma em que chegamos ao ponto em que um lar de terceira idade pode ser definido como um bom exemplo de arquitectura apenas olhando-se para uma fotografia da sua fachada.
Se o que interessa é um volume com uma fachada pitoresca então que passem a construir apenas cascas de betão, com aberturas irregulares.
E gostava que me dissesse, senhor Carlos Santos, porque é que para si
este projecto é insuperável, no contexto de Braga.
É que eu ficaria muito contente se me respondesse que conhecia o edifício pelo interior, que as condições que traz aos utilizadores são muito boas, etc.
Porque o importante da arquitectura é, acima de tudo, isso mesmo.
Durante o renascimento e o barroco existiam dois grupos de profissionais. Os arquitectos e os chamados "cenógrafos".
Os arquitectos faziam o projecto do edifício, desenhavam os seus espaços interiores, e os "cenógrafos" compunham a fachada.
Bom exemplo de um cenógrafo de cidade é o italiano Nicolau Nasoni, que fez a Torre dos Clérigos no Porto, entre muitas outras coisas, e que começou precisamente por desenhar apenas fachadas.
Isto serve apenas para sublinhar mais uma vez o que disse, e o principal ponto do meu comentário.
Não se pode dizer que um edifício representa um bom exemplo de arquitectura através de uma fotografia da sua fachada.
e digo mais, mesmo estando a ser injusto já que não conheço o projecto: aposto que a capela de são frutuoso de montélios aí de Braga, do séc. VI/VII consegue fazer uma proposta espacial muito mais inovadora, mesmo que repetindo um exemplo italiano, do que este edifício, construido tantos séculos depois...
ResponderEliminarAgora já percebi a inspiração da geometria dos novos canteiros da Avª.da Liberdade.Afinal não são inovadores.Que chatisse...
ResponderEliminarCaro Vergílio Borges, muito me agrada ler o seu penúltimo comentário. Eu quase que faria dele um post. Cumpts
ResponderEliminarEu já tinha respondido, não sei o que aconteceu há outra mensagem.
ResponderEliminar---
Por muito formado que se seja num assunto, tem primeiro que se perceber de forma correcta o que foi dito.
Eu referi-me ao período pós 25 de Abril em Braga, e nada mais (com muita intenção, nesse período referido).
Não percebo porque se refere a outros períodos e a outro tipo de obras, como religiosas e públicas.
Também nunca referi tratar-se dum projecto insuperável em Braga, ao contrário do que afirma...
Estamos a falar de projectos privados, nomeadamente de prédios "high-rise" para uso residencial/comercial.
Como é óbvio, referia-me ao que é possível ver no projecto, a arquitectura exterior, a gestão de espaços exterior e o enquadramento que foi dado.
É isso que as 180.000 pessoas do concelho e o concelho em si vai "oferecer" a quem por cá passa.
E é no contexto de uma cidade "betonada" que tem de se inserir este projecto, numa cidade onde os "high-rise" parecem todos iguais e com fachadas de muito mau gosto, e "apinhados" em cima dos arruamentos.
Eu estou de acordo consigo, que a arquitectura tem que funcionar e não apenas ser bela, mas isso cabe aos promotores e aos utilizadores do edifício avaliarem.
Quanto à restante população e cidade "usufrui" do aspecto exterior e respectivo enquadramento.
Pelo que já referi, para mim é o prédio mais marcante pós 25 de Abril em Braga, não só por ser belo para alguns e para mim, mas também pelo facto de ninguém lhe ficar indiferente, mesmo que não gostem(se for "fiel" ao projecto).
O aproveitar do desnível do terreno e das ruas que ladeiam o projecto, criando duas entradas independentes, separando assim o Pingo Doce do restante edifício.
O aproveitar da disparidade de dimensão do piso do Pingo Doce, para os restantes, para criarem zonas de aparcamento, e a forma como esse equipamento, normalmente pavilhões, foi integrado num edifício urbano...
A distribuição da volumetria, afastando-a da Rotunda de Infias, onde existem vários edifícios históricos, colocando-a em continuidade com a urbanização em que se encontra, e reduzindo-a na Rua da Infantaria, onde os edifícios possuem também menor volumetria.
Se adicionar-mos a isto a fachada que ao que parece não gosta, e aos materiais leves que aparentemente serão utilizados.
E se face a isso compararmos com os restantes edifícios do concelho...
Temos como já disse na minha opinião, o edifício mais marcante pós 25 de Abril em Braga.
Se preferir acrescente à frase, arquitectura exterior, e prédio residencial/comercial com 6 ou mais pisos.
Como já referi, caso não esteja de acordo, gostava de saber quais os edifícios que superam este na sua opinião. (Arquitectura exterior, "cenografia", prédio, privado, uso residencial/comercial, "high-rise"... ).
Quanto ao edifício contíguo, a volumetria é idêntica, o pé direito parece ser idêntico, e existe o enorme contraste de fachadas, ainda bem na minha opinião, senão teríamos mais um "igual" aos restantes... 1.000, tal como também já disse, é uma pena que o edifício tenha que estar geminado.
P.S. "O seu discurso resume a máxima "em terra de cegos quem tem olho é rei". Ainda que para mim neste caso o edifício em questão nem sequer "olho" tem, apenas o finge ter."
Pois mas os outros nem sequer "disseram" ter olho.
É interessante ler comentários de pessoas que demonstram ter conhecimentos arquitectónicos mas que nada conhecem do projecto em questão.
ResponderEliminarÉ verdade que a tentativa de ruptura está bem patente na criação de um edificio que mantem a traça original mas que lhe dá uma nova orientação, deixando de ser ortogunal.
Deixo duas questões para os senhores idosos do restelo (leia-se idosos de íNFIAS):
Onde está a relação com a envolvente da Casa da Musica no Porto? Não se trata de um edificio arquitectónicamente marcante, que define um novo "Skyline" da cidade?
Sr. Arqtº Vergilio - 1º"Edifícios residenciais, sejam eles de terceira idade ou não, são os que servem, precisamente, para conformar o resto do tecido da cidade."
ResponderEliminarParece-me que o arqtº tem uma abordagem interessante do território (não querendo individualizar o meu comentário), esta não deixa de ser um ponto de vista que não justifica a elevada aleatoriedade das cidades, principalmente, no nosso Minho.
Quero dizer com isto que as diferentes integrações habitacionais no território, só o valorizam, já que quebram a monotonia que poderia advir da "colonização" dos espaços.
Entende-se o receio de inovar, o receio de chocar e até de ferir, não só sentimentos como mentalidades contudo, parece-me interessante a existência de diferentes pontos de vista, diferentes gostos, diferentes abordagens acerca de qualquer assunto, assim como a arquitectura.
Acho também, que já chega de novas "lamaçães" na cidade de braga, será preferível ter um pouco de esquizófrenismo na forma de abordar uma folha em branco e tornar um conceito, numa ideia e esta num edifício...que me parece que foi o que aconteceu aqui.
Espero que sejam mais os edifícios que propaguem a discussão, pois vão ser estes que vão marcar a cidade e mentalidades que a caracterizam.
É engraçado dar uma vista de olhos nestes comentários 2 anos e meio depois. Tanta discusão e opiniões sobre o edificio e atualmente depois de construido continua fechado. Alguém sabe porque?
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