Ilídio Leandro, o tal bispo pro de Viseu, tão deslocado em certos assuntos do ultramontanismo beirão cuja fama roça as arrelias conservadoras do arcebispado bracarense, tem uma interessante entrevista ao JN, onde vinca a sua opinião favorável quer ao fim do celibato dos padres, quer à nulidade do casamento e ao uso do preservativo em situações devidas.
Sem querer alargar demasiado a deriva liberal, e mesmo fazendo o acto de contrição em competências científicas, apoia-se, no entanto, em "alguns estudos" para atirar que "o comportamento homossexual parece não ser hereditário" e que "tem grande influência da educação" - como que a encarreirar soluções para o problema. Talvez, a Ilídio Leandro, fizesse bem ler dos alguns dos outros estudos, e como tanto nesses como noutros, quando as conclusões tendem a arranjar pilar de sustentação, nem sempre bate a bota com a perdigota. Vai da matemática das emoções em si - ciência inexacta e demasiado complexa. Vale a fórmula com que Leandro remata, como que expondo o roteiro para a paz das suas ovelhas: "a Igreja quer que os homens e as mulheres, independentemente das suas opções e comportamentos, sejam pessoas felizes." Amén.
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Olá Vítor Pimenta
ResponderEliminarLi essa entrevista hoje de manhã e fiquei surpreendido com os disparates de tal bispo. O homem reconduz a orientação sexual à educação no seio da família, como se quisesse retomar ou recuar à educação estigmatizante que, aliás, nunca bloqueou o desenvolvimento das diversas orientações. Um discurso perigoso e reaccionário.
Óptima ideia a sua de denunciar o tal bispo mentalmente regressivo e reaccionário! :)
Tem razão, caro Vítor. O pior de tudo é que essa gente da Igreja não quer a gente feliz. Aliás, o pior é que muita da infelicidade deriva da discriminação promovida e alimentada pela igreja... católica.
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