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Progressista, Mas Não Muito | 2

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O candidato do PSD a Bruxelas é mais um que entrou na modinha dos católicos pro a imitar o bispo de Viseu. Tal como Ilídio Leandro, em mais coisa menos coisa, o metaleiro diz que «a igreja tem de mudar o discurso sobre a ordenação das mulheres, o casamento dos padres, os homossexuais, os anticoncepcionais e o divórcio».

Mas quando confrontado especificamente com a consagração na Lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, prefere ir devagar, como que untando as coisas. É uma espécie de progressista por etapas: defende que deve começar-se por uniões civis como que a habituar o esfíncter conservador da sociedade portuguesa, para só depois lhe entrar com o casamento em pleno direito e denominação, talvez anexado da adopção. Não que um ou uma homossexual seja menos bom pai que os outros: "Não, não é menos. Não é menos. Não é menos." - insiste.

Ora, por muito à frentex que queira parecer - até que não duvido que seja -, Rangel enrola-se nestes exercícios de moderação sofismáticos, porque a igualdade de direitos - na lei pelo menos - não é, nem pode ser, gradual num país democrático e civilizado, tal como o direito ao voto em si não é um bem que distribua a uns por inteiro e a outros pela metade.

13 comentários:

  1. Considerei a entrevista no "i" muito boa.

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  2. confesso que não é fraca. é pelo menos diferente vindo daquele lado. a considerarmos alguém liberal de alguma forma naquele partido, Rangel é nos da tona, o que mais roça um esboço. é pelo menos mais consistente que o penteadinho do Passos Coelho que pequei em tentar gabar há uns meses atrás.

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  3. o Rangel parece-me o melhor candidato ao parlamento Europeu, mostra que pensa por cabeça propria e sem se meter nas alhadas que Vital Moreira já nos habituou. até obrigou gente da funçao publica vir defender o aparelho que não estava a encontrar maneira de contrapor o social democrata.
    Vitor esta questão do casamento homosexual tem que mudar sem duvida, e esta visão do Paulo Rangel acaba por ser, de certo modo, a prova que até a centro direita acordou para a realidade e se mostra mais sensivel a esta questão.parecendo-me esta entrevista, por isso, muito positiva.

    cumprimentos de Basto

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  4. Só falta dizer que o Durão também pensa pela própria cabeça.
    Vejam as estatísticas e ficam a saber quem mais participa no P.E..
    A deputada do PCP.

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  5. Não tenho dúvidas que é o único que tem um discurso coerente sobre Europa e é salutar ver algum candidato assumir-se como federalista. Discussão mais europeia e aberta do que esta parece-me difícil conceber...

    Para além de que é um "amigo" da blogosfera e da nova sociedade de informação e não um recém convertido.

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  6. A homossexualidade é desviante.
    O direito ao respeito por convicções e direitos não pode transformar-se na conversão do desvio em modelo.
    Unam-se, juntem-se, casem, convertam-se ao CDS, enfim… mas não aspirem a querer educar uma criança numa família monosexual. O único ‘perigo’ do casamento homossexual é esse, abrir janela para a assunção de novos presumidos direitos.

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  7. Não meu caro anónimo, enfim. Vá ler outros livros e dispa-se das albardas.

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  8. Partir para o insulto é sempre mais fácil... mas não altera os argumentos.
    É pseudo-intelectual e liberal ser pro-homossexualidade, mas não temos que ser todos iguais.
    Talvez a albarda lhe sirva melhor, caro amigo...

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  9. O problema é que os seus argumentos não são argumento algum. No segundo comentário ainda acrescenta mais alguns disparates às barbaridades referidas acima. Nem sei porque perco tempo em responder-lhe.

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  10. Já que perde o seu 'precioso' tempo em responder, responda lá:

    Onde falham os meus 'não-argumentos':

    - é falso dizer que a homossexualidade é desviante? como comportamento/orientação sexual?

    - é legítimo escolher pela criança e retirar-lhe a figura do Pai/Mãe?

    Se calhar tem razão, isto não são argumentos...

    Ou então... porquê perder tempo a debater se os vossos argumentos já são factuais... acontece sempre o mesmo: tornam-se naquilo que tanto combatem.

    Dogmatismo, não obrigado!

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  11. Caro anónimo,

    Gostava que esclarecesse em que aspecto é que a homossexualidade é desviante.

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  12. Um comportamento tido por menos de 10% da população humana é desviante.

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  13. «Um comportamento tido por menos de 10% da população humana é desviante.»

    De rir este conceito. Quer que comece a enumerar comportamentos tidos por menos de 10% da população humana?

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