O Embuste
© automotora
Após inundar o país de alcatrão, o Governo avança com a destruição do que ainda resta da rede ferroviária mais pitoresca de Portugal. O encerramento da Linha do Corgo, hoje anunciado como provisório, é mais um capítulo do desencanto com que a maioria socialista vem governando o país.
O anúncio de que o encerramento é provisório constitui-se como novo embuste, depois de conhecidos os contornos do fecho da Linha do Tua. Como se sabe, apesar do Governo sempre prometer que o encerramento seria provisório, consumou-se recentemente a morte definitiva daquela linha, considerada um dos mais belos trajectos ferroviários da Europa.
O encerramento da rede de linha estreita é um erro estratégico brutal que sintetiza a falta de visão dos nossos governantes ao longo do último quartil do século XX e do início do século XXI.
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Ha coisas que ninguem entende e temos varios casos... pk o ^TGV se de momento temos bons conboios os alfas,e estes nao conseguem andar no seu melhor? por causa das linhas...
ResponderEliminarwww.rasgamanta.blogspot.com
Tenho pena da morte destas duas linhas. Tive oportunidade de conhecer a linha do Tua numa viagem ao norte de Portugal e confesso que o percurso era magnifico.
ResponderEliminarQuando os nossos vizinhos começarem a reabilitar as linhas de caminho de ferro antigas e a rentabilizá-las turisticamete nós vamos logo achar muito boa ideia a manutenção de algumas tradições que agora querem destruir.
ResponderEliminarÉ assim, queremos é TGVS, AEROPORTOS, FREEPORTS e por aí fora.
João Pereira
www.planetalima.com
http://blogplanetalima.blogspot.com/
se bem me lembro a politica do alcatrão e de fechar linhas de comboio começou com o partido laranja do cavaco...
ResponderEliminartem sempre de haver um equilibrio, sendo que algumas dessas linhas tinham comboios em que iam meia duzia de pessoas por dia. quanto à inundação de alcatrão,quem critica, que vá de braga a vila real ou a bragança ou ao algarve pelas nacionais ou caminhos de terra a ver se gosta...
Não se trata só de ser uma viagem magnífica, trata-se de privar aqueles que vivem no interior de ligações cómodas ao litoral. Já foi um erro deixar fechar a linha até Bragança, até porque ali bem perto, do outro lado da fronteira, temos ligação para o resto do Mundo via carris. Se eu agora quiser ir até Madrid, por exemplo, o trajecto mais provável é Bragança-Lisboa-Madrid (um dia, no mínimo), quando poderia estar em Madrid em quatro horas! Agora não me falem em TGV porque para cá do Marão ninguém o vê!
ResponderEliminarA "categoria" da maioria dos nossos políticos só pode conceber estas aberrações.São uns autênticos "cabeçudos pensantes".São cá umas "cabeças" como agora se diz, e os resultados "vêm-se"...nas mais diversas actividades.Haja vergonha.
ResponderEliminarhttp://www.refer.pt/documentos/PE_ECOPISTAS.pdf
ResponderEliminarmuito se usa criticar este ou aquele governo, e se for socialista mais facil criticar.
aconselho a leitura do documento acima de 2004 (Durão Barroso, seria PS?)
è claro que não sou a favor destas transformações em ecovias, seria muito melhor um aproveitamento turistico das linhas, com veiculos electricos.
Nem com a mais fantasiosa das imaginações conseguiria conceber um governo como este, capaz de nos presentear todos os dias com uma surpresa ainda mais desagradável que a da véspera...
ResponderEliminarO que nos reservam para amanhã?
Amanhã fecha também a linha do Tâmega, o que restava dela.
ResponderEliminarDe uma golpada só, desaparece a outrora extensa rede ferroviária de Trás-os-Montes.
Coitados. Tiveram o que ninguém merece.
Caro anónimo (22:06),
ResponderEliminarDe acordo:
"se bem me lembro a politica do alcatrão e de fechar linhas de comboio começou com o partido laranja do cavaco"
Em desacordo:
"tem sempre de haver um equilibrio, sendo que algumas dessas linhas tinham comboios em que iam meia duzia de pessoas por dia. quanto à inundação de alcatrão,quem critica, que vá de braga a vila real ou a bragança ou ao algarve pelas nacionais ou caminhos de terra a ver se gosta..."
Ia meia dúzia de pessoas, mas não deixam de ser pessoas. Se o problema era não dar lucro, no litoral há muita gente e os "lucros" nos transportes públicos não são propriamente astronómicos. Diga antes que ia meia dúzia de votos...
Eu critico a inundação de alcatrão, porque respeito quem não conduz (porque não pode, ou simplesmente porque não quer). Não faz sentido construir auto-estradas literalmente a par (veja-se A1/A29) e ao mesmo tempo fechar linhas férreas onde não há auto-estradas (veja-se o Distrito de Bragança).
Cordialmente
Este assunto vai alem de orientações politicas. Trata-se de servir as pessoas e tornar o país mais "pequeno". Os comboios são uma alternativa mais cómoda ao autocarro ou mesmo ao carro próprio. O desenvolvimento das vias ferroviárias pode levar a uma aproximação das cidades, do interior ao litoral, tornando as distancias mais curtas, aumentando a transição de produtos, pessoas, etc.
ResponderEliminarQuanto à discussão de PS e PSD, devo lembrar que o fecho das linhas deve-se à decisão de vários governos em as abandonarem. Como acontecia no Tua, os vários acidentes deviam-se, em parte, à falta de manutenção e reparação das linhas. Basicamente houve clara negligencia da parte dos ditos governos "pouco Socialistas" como dos ditos governos "pouco Democratas".
Eles fecham devido ao elevado custo de manutenção e à pouca adesão por parte das pessoas devido aos horários inadequados.
Esta-se a falar da "meia dúzia de pessoas". Veja-se o caso da linha de Braga. Antes das obras na linha Porto Braga, o numero de pessoas que viajavam não era muito. Ao fim de semana é que se via mais estudantes a voltarem ou a regressarem da cidade onde estudavam. Após as melhorias vêm-se os comboios cheios de trabalhadores, estudantes, turistas, etc. O aumento da afluência notou-se logo. Quem trabalha ou estuda no Porto recorre ao Comboio para se deslocar. É mais barato que o carro, mais cómodo e demora quase o mesmo tempo. As melhorias no serviço aumentou a procura.
Quanto ao TGV, concordo com uma ligação aos outros países, que seja competitiva com o avião, seja TGV ou não.
Concordo com a manutenção das linhas ferroviárias internas, de forma a aumentar a qualidade de vida de todos os Portugueses.
Estamos a falar das condições de vida de Portugal e não de "guerrinhas" partidárias.