«Hoje Gaza, com metade a um terço da superfície do Algarve e um milhão e meio de habitantes, é uma enorme prisão. Honra seja feita aos “heróis” que bombardeiam com meios ultra-sofisticados uma prisão praticamente desarmada (onde estão os aviões e tanques palestinianos?) e sem fuga possível, à semelhança do que faziam os nazis com os judeus fechados no Gueto de Varsóvia!»
[Fernando Nobre, presidente da AMI, via Arrastão]
A comparação, que muitos têm como infeliz, é feita por alguém com cartas jogadas nos mais sangrentos tabuleiros da guerra. Saberá, bem mais que eu, das comparações que faz. Parece que a Humanidade, e o Ocidente em particular, tanto tende a esquecer como repete barbárie atrás de barbárie. E não será por acaso que, com crescente distância — parece ser da patente nazi —, os "holocaustos" se façam um pouco por todo lado e um pouco por nossa culpa. Em quase todos se acham motivos de sobrevivência e segurança-interna das 'cracias, que não são nada mais que o píncaro paranóico da espiral desumana em que se tornou este capitalismo que nos faz altaneiros. E neste Mundo em que o conceito de privacidade tem muito que se lhe diga, quanto mais altos se fazem os muros, mais dificilmente se esconde o que há além deles.
Fernando Nobre é um dos homens mais extraordinários que esta terra viu nascer.
ResponderEliminarCidadão do mundo, portador de uma enorme mágoa que seus olhos transparecem, Nobre surge-nos como uma alma resplandescente.
Sinónimo do país que somos é o facto de colocarmos à margem prsonalidades como esta.
Mostremos a esperança em vez das trevas.
Fernando Nobre será alvo de uma homenagem no nosso fórum:
www.vinteseisdeabril.blogspot.com
Juntem-se a nós mostrando-lhe a nossa eterna gratidão.
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26 de Abril é preciso!
No catálogo dos direitos humanos não existe o direito a não ser ofendido; se existisse, ninguém poderia dizer ou escrever uma palavra.
ResponderEliminarDiferentes Religiões...Um só Deus.
A Guerra não é a solução...O Diálogo sim.
Convenhamos que os judeus nunca atiraram rockets à maluca...
ResponderEliminarNão havia rockets, Pedro. Os protótipos ainda estavam a ser testados por von Braum, numa oficina nazi.
ResponderEliminarBush também disse: Se não fossem os E.U.A. ainda hoje estavamos a falar Alemão!!!
ResponderEliminarTalvez tenha perdido alguma episódio, mas não me recordo de ler que era Israel que estava a impedir que "fuga", ou a saída de refugiados, para o Egipto (fronteira sul). Aliás, recordo-me até de ler que os Egípcios se queixavam que o Hamas não o estaria a permitir, de alguma forma...
ResponderEliminarAinda assim, isto está longe de ser comparável com o holocausto.
Não é propriamente do interesse de Israel "chacinar" os palestinianos, como se sugere. Por mais que não seja por esse ser um objectivo do próprio Hamas: a martirização - ou, quantos mais palestinianos morrerem, melhor para a causa (do Hamas). É uma situação de win-win. Morrem israelistas e morrem palestinianos. E assim é porque, como é corrente, o Hamas não se identifica ou procura propriamente defender a causa palestiniana ou tampouco os palestinianos.
E entretanto os palestinianos vão morrendo.
«E neste Mundo em que o conceito de privacidade tem muito que se lhe diga, quanto mais altos se fazem os muros, mais dificilmente se esconde o que há além deles.»
ResponderEliminarSe é óbvio que existe uma crise humanitária, a existência dos muros é irrelevante, no que diz respeito ao "esconder" da verdade.
A verdade é completamente desconhecida. Não existe informação fidedigna, como não existe em nenhuma guerra. Existe contra-informação, de ambos os lados e imagina-se e especula-se que a situação real seja algo no meio.
Mas isso é uma coisa, outra coisa é saltar daí e da morte de civis, para acusações de holocausto. Sobre isso é que não há informação absolutamente nenhuma. Se ambas as partes reconhecem um determinado número de baixas, a classificação como civis ou combatantes é completamente imperceptível; há contra-informação e acusações mútuas de crimes de guerra, em redor dos mesmos factos.
Caros Amigos, e que conclusão tiramos sobre os escudos Humanos!!!!
ResponderEliminarA Guerra e toda a perda de vidas, inocentes ou não, é sempre de lamentar. Mas toda esta situação tem de ser observada com objectividade, o que diga-se de passagem, é difícil.
ResponderEliminarO mundo levanta-se agora contra o ataque que Israel faz ao Hamas e a Gaza, no entanto o mesmo mundo manteve-se calado enquanto o Hamas bombardeava Israel durante os últimos anos, manteve-se calado enquanto o exercito libanês atacava um campo de refugiados palestiniano para perseguir terroristas e matava quase mil pessoas inocentes, manteve-se calado quando o Hamas na faixa de gaza perseguiu, matou e torturou os membros da Fatha e todos aqueles que lhes faziam e fazem frente. O mundo mantêm-se também calado neste momento sobre a guerra no Sri-lanka, enquanto o exercito singalês ataca a zona controlada pelos tigres tamil, numa guerra bem mais sanguinária que a de gaza.
Infelizmente, o diálogo e o bom censo do e no mundo tem sido esquecido.
Mas já que muitas vozes vociferam contra Israel, aproveitem também para protestar contra o Hamas, contra a sangrenta guerra singalesa, contra as arbitrariedades russas na tchechenia, contra a guerra e os massacres em darfur e na somália, etc, etc, etc, etc, etc, etc, etc... e principalmente contra a estupidez Humana.
Algum destes comentadores (excepção feita ao primeiro deles) leu, de facto, o magnífico texto desse GRANDE HOMEM que dá pelo nome de Fernado Nobre?
ResponderEliminar«Algum destes comentadores (excepção feita ao primeiro deles) leu, de facto, o magnífico texto desse GRANDE HOMEM que dá pelo nome de Fernado Nobre?»
ResponderEliminarLi. Tem partes boas, outras menos boas. Não é muito diferente de tantos outros textos. Uns culpabilizam os Israelitas, outros os Palestinianos, ele opta por culpar a Europa.
Mas repare, não consigo levar assim tão a sério - e na minha opinião, retira por completo qualquer possibilidade magnificência ao texto - alguém que termina falando (com seriedade) sobre "Trevas" e "Apocalipse". Mas sobretudo porque, ao culpabilizar Israel e a Europa, inocentiza toda uma das partes/facções que está em guerra e, pelo tom, inocentiza desde sempre. Não interessa quem a começa ou recomeça. A partir do momento em que se entra em guerra, inevitavelmente, nenhuma das partes resiste inocente.
Também li e concordo com JLS.
ResponderEliminarNão é diferente de outros textos.
"ele opta por culpar a Europa".
ResponderEliminarE não deixa de ter razão...
Os autos-de-fé e o holocausto foram feitos pelos europeus. Logo, foram os europeus que ajudaram a que os judeus não se sentissem bem-vindos na europa.
E depois, ainda lhes arranjaram um pedacinho de terra para os manter longe, pena é que nesse pedacinho de terra já vivesse lá gente...
Os ciganos também não são muito bem vistos na Europa. São sempre considerados estrangeiros nos países onde nascem. Também foram chacinados no holocausto. E ninguém se lembrou de lhes criar um estado. Porquê?
O poder da religião e do dinheiro é muito forte...
Em terra de cegos, Fernando Nobre passa ao lado.
ResponderEliminarRemeto-o para a crónica de Helena Matos, no jornal Público de quinta-feira: http://dossiers.publico.clix.pt/noticia.aspx?idCanal=2697&id=1355385
ResponderEliminaré preciso ver os dois lados da moeda...
Fernando Nobre, tal como eu, vê do lado de quem não compreende que a religião (mesmo para lá da etnia) faça os Estados e a violência. Está do mesmo lado de quem quer viver num mundo em que cada vez faz menos sentido os rockets e os muros, de cimento e os muros mentais.
ResponderEliminarDesde quando é que Helena Matos é exemplo de isenção e opinião fundada em razão?
ResponderEliminarwww.vinteseisdeabril.blogspot.com
O resultado de 17 comentários sobre este texto mostra a Sensibilidade de um Povo que acredita na mudança apesar do fraco óptimismo que o Mundo e em especial Portugal atravessa.
ResponderEliminarJovens que acreditam-comentam-apontam soluções, acreditam que a blogosfera não é mais de que um expressar de sentimentos....é mais que uma avenida de esperança...é uma AVENIDA CENTRAL.
Pelos vistos e lendo alguns comentários fica-se com a ideia que só depois de 1946 é que os começou a haver judeus no que é hoje a Palestina e Israel.
ResponderEliminarE isso não é verdade|