«Pelo menos seis jovens portugueses abandonaram o sistema escolar nos últimos dois anos por não conseguir aguentar a discriminação perante a sua orientação sexual. E oito admitem ter mesmo tentado o suicídio.» [JN]
Quando José Sócrates anunciou que o Partido Socialista vai propor o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa apressou-se a dizer que é «desproporcionado que o partido do governo se fixe neste assunto dos casamentos homossexuais, quando há tantos problemas graves e gritantes na nossa sociedade actual.» O argumento da Igreja Católica é, obviamente, falacioso, demagógico e populista.
Em primeiro, porque é manifestamente desproporcionado dizer que o partido do governo se fixou no assunto. A medida foi anunciada por entre muitas outras e o destaque informativo é da exclusiva responsabilidade dos órgãos de comunicação social;
em segundo, porque a resolução deste problema social que afecta alguns portugueses não colide com a procura de soluções para os outros graves e gritantes problemas da nossa sociedade actual;
em terceiro, porque não se percebe a postura da Igreja Católica enquanto principal promotor da homofobia militante em Portugal quando se sabe que há pessoas que sofrem até à morte pela discriminação das sociedades religiosas mais tradicionais.
Como o foi no caso da despenalização da IVG, a JS tem a defesa da igualdade como sua luta.
ResponderEliminarNo caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo, as últimas moções das estruturas nacionais, há pelo menos de 4 anos a esta parte, defendem a igualdade de direitos e tem vindo a influenciar o partido nesse sentido.
Mais informação: http://www.juventudesocialista.org/section.tech?id=352
Não há vez em que eu oiça o argumento do "não é prioritário" e não pense o que é que uma coisa tem a ver com a outra. Não estamos a falar de uma proposta que exige uma verba própria do Orçamento do Estado, não vai afectar a vida conjugal alheia e fico a pensar se as pessoas serão uma espécie de monovolume ideológico que só consegue fazer uma lei de cada vez a cada X semanas ou meses.
ResponderEliminarÀ falta de argumentos racionais, qualquer problema por resolver serve para desculpar o constante adiar daquilo com que não se concorda. E é apenas e só isso o que está em causa quando se ouve dizer que "não é prioritário": adiar sem motivo racional.
Pessoalmente acredito que esta promessa não passa de uma tentativa fraudulenta de desviar as atenções dos verdadeiros problemas do país.
ResponderEliminarA não ser que o LOBBY GAY (será que se pode dizer isto neste blog?) não padeça dos mesmos problemas que comum dos mortais (desemprego).
Tanto mais quando pouco tempo antes o PS votou contra uma proposta na A.R..
Só não vê quem não quer.
Esta é mais uma saraivada de ilusões tal como o mundial de 2018 e a trapalhada da futebolagem nacional.
Infelizmente há quem embarque nesta missão troglodita.
Esta descriminação é cruel.
ResponderEliminarDaí a criticar a Igreja vai um passo demasiado largo...
A Igreja respeita os homossexuais
("Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objectivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta (...) 2358 - Catecismo da Igreja Católica).
Muitos comentadores criticaram o PS por mudar de opinião em 2 meses, pois não apoiou a proposta do BE na AR. Aliás, comentou-se que esta iniciativa apenas seguia a táctica de estancar a saída de votos pela ala esquerda do partido.
Pedro
ResponderEliminarNão me parece que a notícia citada esteja directamente relacionada com a questão dos casamentos entre homossexuais. Acabar com a discriminação vai dar muitíssimo mais trabalho do que aprovar a lei.
Hugo Monteiro,
ResponderEliminarA normalização (com tudo o que implica, como o casamento) é um passo necessário... Os dois processos (a protecção legal) e a questão social (mais complexa e demorada) não são mutuamente exclusivas.
"A Igreja respeita os homossexuais"
ResponderEliminarClaro que sim... Desde que os homossexuais não pratiquem a homossexualidade! A ICAR não é contra a pessoa homossexual, mas sim contra o acto homossexual! Pois claro que respeita... Desde que o homossexual viva reprimido e infeliz na sua condição!