A Independência das Universidades
Enquanto João Miranda questiona o uso da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para o Congresso do Fórum Esquerdas, o silêncio impera relativamente à intenção de construir um centro pastoral dentro do campus da Universidade do Minho. É a hora de se reflectir profundamente sobre a independência das Universidades.
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Se sim a um centro pastoral numa cidade universitária porque não um dia destes uma mesquita e uma sinagoga?
ResponderEliminar(Não é a Faculdade de Letras: é a Aula Magna da Universidade de Lisboa. É mesmo ao lado mas é uma coisa diferente.)
ResponderEliminarPode perfeitamente questionar-se o uso de uma universidade pública para esse tipo de actividade, mas não deixa de ser um acto esporádioc. O que referes relativamente à Universidade do Minho é de carácter permanente. É a todos os títulos chocante.
Independência das Universidades ? O tema é pertinente. Mas era bom que um dia destes se apreciasse a disparidade salarial que existe nas Universidades face aos horários e ao volume de tarefas de alguns Professores. É uma roubalheira, meus senhores...
ResponderEliminarNa universidade já se questiona algo que ainda vai existindo, que é a liberdade de pensar, a liberdade de esinar. Por quanto tempo mais?
ResponderEliminarSe tiram estas liberdades aos investigadores e docentes, "quo vadis universitas"?
Quanto ao uso do espaço universitário para fins de discussão pública e política nada a dizer.
ResponderEliminarSimplesmente, a política é para ser discutida em qualquer lugar sem complexos nem preconceitos.
Quanto ao centro pastoral, isto sim é uma afronta à universidade pública e universalista. Penso, que o Ensino público já há algum tempo se separou do "jugo" religioso. Contudo, na terra do "saudosismo" beato tudo é possível.
Espero que a "burocracia", que se queixa o arcebispo de Braga, impeça este projecto e que o bom senso vigore.
Marco e Filipe,
ResponderEliminarEstou obviamente de acordo convosco.
Abraços,
PM
As tradições católicas, sempre estiveram presentes nas academias nacionais, às quais a UM não está alheia.
ResponderEliminarA grande maioria dos alunos, participa na na missa da benção das pastas, realizada por altura da semana académica.
Nunca nenhuma universidade recusou esta cerimónia.
Não vejo inconveniente na construção de um centro pastoral no campus da UM, pois certamente que este não será só para rezar, tem muitas mais missões a cumprir.
E o Pedro foi benzer a sua pastinha durante o curso, não foi? ou terá sido a excepção que confirma a regra? como classifica esse gesto?
Eu posso dizer que fui excepção, apesar de católico. Durante o curso, nunca participei numa coisa dessas
Caro anónimo,
ResponderEliminarO que eu fiz ou deixei de fazer não é para aqui chamado.
Além do mais, devia saber que a benção das pastas não é organizada nem pela Universidade do Minho nem pela AAUM, mas pelos católicos que aqui estudam - o que é perfeitamente legítimo, tratando-se de um evento à margem das instituições da academia.
Caro Pedro,
ResponderEliminarUma pergunta relativamente à autonomia das universidades. Será que é legitimo construir edifícios para lojas comerciais, como Bancos, Livrarias ou Papelarias dentro das universidades? No fundo não estará dentro do espírito da autonomia das universidades decidirem que edifícios podem ser construídos no campus? Certamente o centro pastoral não será pago com dinheiros da universidade (ai mudaria de posição, obviamente), e se houver espaço, porque não?
A mim não me incomoda nada...
Abraço,
Tecnicamente, o que é um centro pastoral?
ResponderEliminarNão me parece que se possa falar propriamente numa perda de independência (intelectual) da universidade. Pelo contrário, se acontecer como o Nuno Gouveia teoriza, até diminiu a actual dependência (económica).
Laicidade não significa que um Estado deva ignorar a realidade. Se a realidade é que uma boa percentagem dos cidadãos são católicos, a serem construidas infraestruturas de índole religiosa, é natural que a *primeira* seja católica. Resta esperar pela mesma abertura em relação às outras.
Mas...a UM nõa é uma Universidade pública? E não há uma separação entre o Estado e a ICAR? Então porque raio querem implantar um centro pastoral num espaço que não é da igreja? Façam-no na U. Católica.
ResponderEliminarPedro, deixa-me fazer um reparo ao teu comentário.
ResponderEliminarA missa da benção dos finalistas, (que até ao ano anterior era realizada em separado nos dois polos), em Guimarães, era realizada pela AAUM em estreita colaboração com o Sr padre Joaquim, responsavél pelo CAVIM (Centro Académico Vimaranense) e pela Pastoral Universitária em Guimarães.
Ou seja, era a AAUM que organizava com a ajuda da referida entidade.
Fica a informação.
mail.graduacao@saum.uminho.pt Saudações Académicas
Caro anónimo,
ResponderEliminarEm Braga não acontecia assim. Fiz questão de esclarecer o assunto quando era Presidente da Mesa da RAG com a então responsável da AAUM por essa matéria.
Portugal um país de raiz católica.
ResponderEliminarEmbora católico, mas não praticante, acho que não faz sentido nenhum contruir um centro pastoral dentro do campus.
No entanto: A intenção é o princípio da acção!!! devemos separar as águas.
O Financiamento do ensino superior está pelas ruas da amargura...este tipo de INTENÇÕES devem ser sempre mediadas e sujeita a dialogo com todos os intervenientes
Os terrenos ora expropriados, destinam-se à construção do "Campus" universitário e não com uma qualquer finalidade. Em Braga são já conhecidos, e por demais os locais destinados a essas crendices. Posto isto, se a construção de locais não destinados especificamente à Universidade (que é pago com dinheiros públicos), tornam-se, obviamente, para além de ilegais mais um escândalos que em nada vai dignificar a cultura universitária.
ResponderEliminarSe o centro pastoral for mais calmo que a biblioteca e der para estudar lá dentro, sou totalmente a favor!!
ResponderEliminarAgora se for um sítio com uns artefactos estranhos, com homens que gostam de se vestir de túnicas brancas e fazerem rituais e gestos que ao melhor voodoo nada ficam atrás, então sou o primeiro a insurgir-me contra isso!
Agora mais a sério. O Estado é laico, as instituições são laicas.
Não se pode deixar uma instituição (ICAR) montar uma espécie de igreja ou lá o que será o centro pastoral e depois vir com a justificação de que a maioria é católica.
O Estado é laico por isso mesmo, para não haver distinções no seu seio que poderão levar a favorecimentos e mesmo desrespeito em relações aos outros credos, para não falar do combate ao caciquismo de que falavam os fundadores da 1ª República... Esta é a essência da laicidade. Pelo menos para mim...
Cumprimentos