Dois Pesos e Duas Medidas
© Jacqueline Poggi - vestígios arqueológicos da presença romana na Líbia
Depois de todo o facilitismo repetidamente denunciado pelo Diário do Minho no que respeita à aprovação das obras e do competente acompanhamento arqueológico na ampliação do túnel da Avenida da Liberdade, em Braga, o IGESPAR chumbou dois dos cinco projectos com que António Magalhães prometia revolucionar a cidade de Guimarães.
Se já aqui havíamos questionado o ziguezaguear do processo de aprovação das obras da Avenida da Liberdade, a notícia que chega de Guimarães faz adensar as suspeitas sobre a conduta das entidades responsáveis pelo processo. Além do mais, está por explicar porque é que o Toural (de Guimarães) não pode ter túnel nem parque subterrâneo e a Avenida da Liberdade pode...
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Basicamente o titulo do post aqui publicado diz tudo: [b]"Há dois pesos e duas medidas"[/b]. E se tal não bastasse, têm o desplante de nos esfregar isso na cara (ler a reportagem do D.M. de 18/12/08 e atentar na parte do favorecimento da instituição que está responsável pelos trabalhos arqueológicos em Braga.
ResponderEliminarNão conheço os projectos referidos para Guimarães, mas se forem para desenvolver a cidade, primando pelas excelentes simbioses história/arquitectura, então é pena é que Guimarães se prive destes projectos. Contudo, se forem projectos desenquadrados com o actual estado da cidade, então um bem haja por a tutela finalmente dar sinais de trabalho!!!Afinal, é para isso que os contribuintes lhes pagam!
As explicações ou vão ser arrancadas a ferros, com direito a porrada e tudo, ou vamos ficar na mesma paz dos anjos de sempre.
ResponderEliminarTenho vergonha do meu país de alma latina. Parecemos a Camorra.
A última frase é digna de registo... é, além disso, uma forte demonstração do bairrismo existente entre Braga e Guimarães...
ResponderEliminarÉ fácil explicar o motivo. O centro histórico de Guimarães é património da Humanidade. A Avenida da Liberdade não é coisa nenhuma.
ResponderEliminarCaro Micróbio,
ResponderEliminarO seu comentário revela desconhecimento das minhas posições relativamente a esta matéria e também relativamente ao bairrismo entre Braga e Guimarães.
Tanto num caso como noutro eu tenho muitas reservas relativamente às obras propostas. E penso que Guimarães está, neste assuntos, muitos pontos à frente de Braga.
Cumprimentos,
Pedro Morgado
É exactamente como disse o "Línguas". O Igespar tem que se pronunciar sobre qualquer obra na área limitrofe do centro histórico de Guimarães, por se tratar de uma zona classificada pela Unesco. Além disso, há um monumento nacional a 50 metros, a igreja de S. Domingos.
ResponderEliminarEm última análise pode dizer-se que a câmara de Guimarães é vítima da sua própria preocupação com o Património. Braga é vítima do seu desinteresse.
Ainda bem, pois os de Guimarães NÂO QUEREM ver as suas praças destruídas para dar lugar a parques. Depois do que se fez com o Campo da Vinha (BRG) e com a Praça Mumadona (GMR), para pior... já basta assim.
ResponderEliminarOs empreiteiros que façam negociatas com clubes de futebol... deixem o Património a quem de direito: os habitantes.
"Além do mais, está por explicar porque é que o Toural (de Guimarães) não pode ter túnel nem parque subterrâneo e a Avenida da Liberdade pode..."
ResponderEliminarA resposta é simples. Porque uma das cidades é Património Mundial da Humanidade e rege-se por critérios rigorosos, enquanto a outra tem um planeamento urbanístico consoante a disposição e vontade da autarquia - incompetente, corrupta e subserviente aos interesses do betão.
Já foram dois projectos inúteis e outros dois para lá caminham- salva-se muito bem o CampUrbis, o único com nexo estratégico e que representa um investimento real na população,no centro histórico e no património industrial de Guimarães.
ResponderEliminarA esburacar o Toural (com o parque do estádio a 5 minutos a pé...) ainda encontravam o enxoval da Mumadona de certeza. O Mercado saiu do sítio e agora um edifício do Marques da Silva no local mais central da cidade é um vácuo que parece cenário pós-apocalíptico (é fotogénico mas triste).
Precisava o novo mercado de uma ligação mais forte ás camionetas\shopping\hospital...
Um ano de recessão em 2009 aniquila Silvares, que mais parecia uma anedota com monocarril e tudo- um parque temático da brejeirice! E a total falta de ideias em mandar o mercado do sitio onde está, numa parte que precisa de actividade em nome da falta de estacionamento para um local onde...vai ficar sem estacionamento.
Basicamente vão-lhes cair 110 milhões da Capital Europeia da Cultura em cima e não sabem onde os gastar...