Os dados mais recentes confirmam que Mesquita Machado será candidato a um último mandato na Câmara de Braga. Depois de muitos avanços e recuos, a Câmara Municipal assume que o Túnel e Requalificação do Topo Norte da Avenida da Liberdade avançam e que as obras estarão terminadas num prazo de oito meses. Isto significa que tudo será inaugurado até 8 de Maio de 2009, mesmo a tempo das próximas eleições autárquicas.
Olhando para o ziguezaguear do processo, convém não esquecer que a súbita autorização da Administração Central (Ministério da Cultura e Igespar) contrasta com posições assumidas em situações análogas (quarteirão dos antigos correios ou Túnel de Ceuta no Porto), fazendo pairar todas as dúvidas sobre uma possível (provável?) destruição de mais património arqueológico do subsolo de Braga.
Por fim, não é expectável que o Partido Socialista tenha agendado o comício nacional da "rentreé" para Braga para anunciar a despedida de um autarca. Será bem mais provável que nessa data se assinale a recandidatura.
Chamo a atenção para mais este exemplo de como anda a ser tratado o património da nossa cidade.
ResponderEliminarElogiado aqui:
http://www.correiodominho.com/noticias.php?&IDTema=6&IDNoticia=33862
Denunciado aqui:
http://farricoco.blogspot.com/
... e o povo apoia!
ResponderEliminarMM sujeita-se a vencer. O sr. vai até às últimas aproveitando a Lei. Um dinossáurio oportuna.
ResponderEliminarCaro Pedro,
ResponderEliminarpenso que o comício anunciado para Braga será, afnal, em Guimarães, a 20 de Setembro. E isso também tem uma leitura política.
Caro Pedro,
ResponderEliminarAcho que te deves candidatar a um lugarzinho no Diário do Minho como laranjinha convicto.
É que para rivalizar com notícias inventadas, como a de hoje sobre as escolas, só mesmo este teu blog. Então, fica lá a saber que a reentré vai ser em Guimarães e que o processo do túnel não tem nada a ver com os outros. Aliás, tu mais do que ninguém, deveria evitar comentários desse género. Afinal de contas para os médicos cada caso é um caso. Pois meu caro para os Arqueólogos e Engenheiros é exactamente a mesma coisa, cada processo tem contornos diferentes. Isto de generalizar as coisas quando nos convém é interessante.
Pensa lá no lugarzito no diário que deve valer a pena, afinal eles não precisam de jornalistas só de fazedores de opinião.
Aquele abraço.
pedro,
ResponderEliminaré uma coisa terrível e maravlilhosa, a memória da gente.
bem visto.
abraço
Caro anónimo Paulo,
ResponderEliminarEste texto não é uma notícia, mas um comentário. Diga-se, como está bem expresso no texto que a questão da recandidatura é apenas uma leitura pessoal dos dados mais recentes.
Se há recandidatura ou não, só o próprio saberá.
..."a reentré vai ser em Guimarães "...
ResponderEliminarQuando for a doer, quando a luta por S. Bento estiver ao rubro, o "Socas" vem com toda a certeza a Braga fazer comícios ao lado de MM.
Descansem!
Caro Paulo:
ResponderEliminarPara sua informação no Diário do Minho não trabalham "laranjinhas convictos", mas jornalistas com carteira profissional e a maior parte dos quais com formação superior...
Se calhar está a confundir os espaços de opinião com os de informação.
Claro que todos os jornalistas são cidadãos com direito à sua liberdade de orientação político-ideológica.
Caro Pedro,
ResponderEliminarUma vez mais, permite-me um comentário em relação ao teu texto, nomeadamente em relação a esta frase:
"...convém não esquecer que a súbita autorização da Administração Central (Ministério da Cultura e Igespar) contrasta com posições assumidas em situações análogas (quarteirão dos antigos correios ou Túnel de Ceuta no Porto), fazendo pairar todas as dúvidas sobre uma possível (provável?) destruição de mais património arqueológico do subsolo de Braga."
A posição do Igespar em relação á construção do túnel da Avenida da Liberdade, não contrasta com decisões anteriores, particularmente no que diz respeito a esta zona de Braga.
O Igespar condicionou a construção de um empreendimento comercial no quarteirão dos CTT à realização de escavações arqueológicas prévias. De igual modo, o Igespar condicionou a construção do túnel da Avenida do Liberdade à realização de escavações arqueológicas prévias.
Não há nenhum contraste entre estes dois casos. De igual modo, não se tratou de uma súbita autorização, mas sim de um parecer vinculativo, como seria naturalmente o mínimo exigido pelo Igespar.
Compreendo que a tua crítica seja dirigida à Autarquia de Braga, e devo dizer que também não concordo com esta obra do túnel. Mas no que diz respeito à tutela do Ministério da Cultura, em face das evidências (e não do que por vezes vem a público), não há nenhum contraste de posições.
Abraço
Caro Gonçalo,
ResponderEliminarNão posso concordar. As posições do Ministério da Cultura relativamente ao Túnel de Ceuta (Porto) e Túnel da Avenida da Liberdade (Braga) são contrastantes.
Num caso, o Ministério fez inúmeras exigências de preservação do património edificado. Em Braga, não são conhecidas as medidas de salvaguarda efectiva do património arqueológico.
Será a arqueologia o parente pobre da história?
Caro Pedro,
ResponderEliminarEm relação ao Túnel de Ceuta, existem vários factores que foram tidos em conta pelo então IPPAR, nomeadamente a real utilidade do túnel, em contrapeso com uma perigosa desenbocadura, precisamente em frente à porta do Palácio dos Carrancas (que é Imóvel de Interesse Público).
Mas o papel do Igespar não se resume a um parecer inicial, mas sim a um acompanhamento progressivo do projecto. Não sei se poderemos ainda comparar as duas situações, posto que o processo do túnel de Ceuta já está encerrado, enquanto que o processo do túnel da Avenida da Liberdade ainda está agora a começar. No primeiro caso, o património edificado que seria afectado estava bem visível, enquanto que no segundo caso, o (provável) património arqueológico está debaixo da terra. No primeiro caso, trataram-se de medidas de minimização de impacto arquitectónico, no segundo caso de salvaguarda de vestígios arqueológicos.
São processos diferentes, com agentes técnicos de formação diferente.
O Igespar nunca poderia tomar medidas restritivas em relação a vestígios cuja amplitude, na verdade, não se conheçe. A medida aqui aplicada parece-me, portanto, adequada.
Depois das escavações arqueológicas, dos resultados decorrentes, e subsequente atitude do Igespar, já poderemos comparar a postura assumida pela tutela da Cultura, em relação a estes dois processos.
Por agora, não podendo pelos vistos evitar a construção do túnel, apenas podemos zelar para que os vestígios que venham a ser descobertos possam ser salvaguardados na medida do possível.
Abraço