A crise no vale do Cávado é real. Depois de muitos anos de desprezo por parte do Governo central e da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCRN), Fernando Reis, presidente do Município de Barcelos, ergue a voz em defesa do sector têxtil e dos muitos empregos que lhe estão associados.
É urgente agir. Tal como se ajudaram os bancos para salvaguardar as poupanças das pessoas, é necessário actuar em defesa das empresas do sector têxtil para garantir que a crise social não alastra numa região já suficientemente deprimida e castigada pelas opções a Norte. Convém recordar que os barcelenses, se quiserem vir a Braga, pagam as portagens mais caras do Norte e do país, que pagam mais 50% que os bracarenses para se deslocarem de comboio até ao Porto e que nem sequer existem ligações ferroviárias decentes entre Braga e Barcelos.
A criação da cidade têxtil é apresentada pela Associação Comercial e Industrial de Barcelos como um balão de oxigénio em tempos de crise. Contudo, é necessário atacar o problema nas suas causas mais profundas, até porque esta crise do Cávado não é tão conjuntural quanto possa parecer. A baixa escolarização e consequente desqualificação dos quadros das empresas, a fraca aposta na inovação e a gestão amadora de muitas das empresas são alguns dos problemas que mais contribuíram para a depressão económica.
O impacto social do encerramento de muitas pequenas e médias empresas no vale do Cávado não é menor do que as consequências do fecho de um grande empresa na Azambuja ou em Vila Franca de Xira. Assim sendo, convinha que os meios de comunicação social tratassem o assunto como "nacional" e não o relegassem para os capítulos informativos "regionais".
Da crise e da imaginação para a combater:
Ourives criam linha de luxo para exportar :: Jornal de Notícias
Uma loja onde se compra tintas e se ganha galos :: Jornal de Notícias
Gastronomia com sabor a cultura :: Jornal de Notícias
Conheça os museus depois de saborear os pratos típicos :: Correio do Minho
Nova empresa municipal para dinamizar economia :: Correio do Minho
Sistema apoia empresas em inovação e desenvolvimento :: Lusa
Fernando Alexandre defende que Governo deve levar crise a sério :: RCP
Cávado: Pedem-se medidas para socorrer sector têxtil :: Visão
Alerta de crise no vale do Cávado :: Correio da Manhã
Cávado: Município quer medidas para socorrer têxtil :: Dinheiro Digital
Vale do Cávado pode estar a caminho de grave crise social :: TSF
Muitas dessas empresas e outras que ja faliram receberam ajudas, subsidios. E muitos desses subsidios foram utilizados indevidamente. O problema está na má gestão e como, o Pedro, faz referencia muitas vezes gestão amadora. Se tivessem apostado na inovação acompanhando o mercado não estariam assim tão mal. Não acho que devam receber ajudas, devem sim contratar pessoas qualificadas e inovarem os seus produtos, produção, etc..
ResponderEliminarJorge
O Blog Catita desta semana é o Avenida Central do Pedro Morgado e companhia. Foi "renovado" há pouco tempo e é simplesmente fabuloso. Apesar de muitas vezes discordar das ideias, tiro o chapéu à qualidade da escrita e à qualidade estética. Aplaudo ainda o facto de trazer não raras vezes os problemas de Braga para o debate blogosférico. Por isto tudo e muito mais, o Avenida Central é o Blog Catita da Semana!
ResponderEliminarabraço,
TMR
nacionalize-se!
ResponderEliminar(ou então, não)
Quero saudar o autor do blogue por se ter finalmente lembrado de Barcelos. Aguardo para breve algo relativo a Viana. Isso sim é assumir a capitalidade minhota. só Braga-Guimarães não.
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