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Capítulo 16: das oportunidades e do oportunismo

Li na passada Quarta-feira uma crónica publicada no Diário do Minho desse dia que me deu vontade de contestar, com uma carta para o Correio do Leitores do jornal. Como passou o tempo útil, deixo aqui a minha opinião sobre a crónica que, se não me engano, se intitulava "geração oportunista".

Começa o autor por lamentar-se pelo facto de ter estudado tanto, já que agora, com as Novas Oportunidades, conseguiria facilmente e sem esforço a equivalência aos estudos secundários. Quiçá com o tempo o programa das Novas Oportunidades se estendesse também ao Ensino Superior e aí é que seria: facilmente e sem esforço teria conseguido uma licenciatura.

Esquece-se, claro, de que as Novas Oportunidades servem aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades que o autor teve em tempo útil. Ora, numa democracia meritocrática - que vai sendo o nosso caso, apesar de tudo -, todos os cidadãos são iguais perante a lei e, portanto, devem ter as mesmas oportunidades. Se as oportunidades não foram dadas em tempo útil, estas novas oportunidades só vêm, com justiça, equilibrar a balança social - e ainda assim vêm tarde, porque uma parte significativa dos beneficiários deste programa já não poderão usufruir dessas vantagens; mas não é disso que falamos.

A partir do conceito de novas oportunidades, salta para o conceito de oportunista. Diz que o governo só promove o oportunismo e a criação de uma "geração oportunista". Para o exemplificar, recorre ao facto de as gasolineiras não baixarem os preços dos combustíveis, apesar da descida do preço do barril de petróleo.

Confesso que não compreendi este raciocínio. Talvez o autor acredite que os formandos das Novas Oportunidades saiam do programa directamente para a liderança das grandes empresas petrolíferas, mas fiquei com a impressão de que com este argumento tenta demonstrar que as Novas Oportunidades são responsáveis por todos os males do mundo; isso sim, chamaria de oportunismo. Oportunismo e parvoíce, claro!

Poderia também falar de como o analfabetismo era uma das grandes armas das ditaduras, mas deixarei isso para outra oportunidade.

10 comentários:

  1. Considero que o nome do projecto diz tudo: é uma oportunidade para quem por alguma razão não conseguiu tê-la no tempo "devido".
    Parece-me uma crítica de quem acorda um dia mal disposto. Discutir isto com amigos tudo bem mas publicar num jornal é diferente. Haja bom senso.

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  2. Falando por experiência própria como formador no Novas Oportunidades, não posso de deixar de dar razão às palavras do tal cronista de quarta-feira, pelo menos no que ao programa diz respeito.

    No papel, o Novas Oportunidades tem valor: prevê trabalho ao nível do secundário numa vertente mais prática e com base na experiência de vida da pessoa. O problema está na sua aplicação num país que, apesar de tudo, NÃO tem cultura de mérito. Pelo contrário, exerce o mais possível o chico-espertismo. Se assim não fosse, não se estaria a dar o 12º a pessoas que entram no Novas Oportunidades com problemas de expressão, escrita, interpretação, raciocinio, conceptualização e reflexão e saem exactamente com os mesmo males, mas com uma nova linha no curriculo graças a terem escrito umas páginas de texto sobre a sua vida.

    E acredita que quando se está a falar de pessoas que não têm hábitos de estudo e leitura, mas que mesmo assim "fazem" o 12º ano em dois ou três meses, é desse grau de irresponsabilidade e de desqualificação que estamos a falar. E também não é por acaso que, dentro do próprio programa, já se começou a perceber que o Novas Oportunidades faz maravilhas à auto-estima das pessoas, mas de pouco vale no mercado de trabalho.

    Sim, os cidadãos são iguais perante a lei e têm, como tal, direito ao sucesso. Mas é um direito que tem que ser merecido, tal como o de ter um ordenado: não se dá ao desbarato por simpatia ou para cumprir estatistica, mas tem que ser devido pelo esforço e trabalho. Não perceber isso é não perceber o significado de uma cultura de mérito.

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  3. Então, João, tudo fino? Ossos e cremalheira no sítio? Sim? Ainda bem, ainda bem… Olha lá, rapaz, não tendo lido o texto a que te referes, não te importarás que implique apenas com o teu, pois não? Não? Ó(p)timo, ó(p)timo!! É que ando como uma vontadezinha de implicar que nem imaginas. E não tendo a duvidar destas vontades que se me assolapam a alma. ‘Tava fodido se tivesse nascido no tempo do gajo que malhou da cadeira, não era?

    O que me traz ao encontro da tua missiva, resposta a uma opinião publicada num dos depósitos de ignorância bracarense, é muito simples: não tens razão, João. Epá, quase que dá uma rima de manjerico. Tenho que abrir um negócio desta merda.

    Comecemos, imagina tu, pelo início. Caranguejos por aqui é que não! Que somos todos gente urbanizada e consciente, não é, João? Olha, vou partir de um benevolente princípio de boa fé e assumir que tens argumentos válidos para sustentar a tua opinião e que apenas não os colocaste neste texto porque tiveste que ir fazer algo de superior premência e de inevitável urgência, ok?

    Olha, e para poupar tempo em acusações em forma de conversa política, aquando das eleições eu assisto sempre de longe. Como compete a quem não se filia, porque já nasceu filiado: dispenso pais adoptivos, mas ainda assim reservo o direito às simpatias. Não vou muito é em, como é que se diz?, carneirismos. Carneiradas? Carneilhadas? Pá, não sei. Isto do novo acordo confunde-me o sistema.

    João, ser contra por firmeza, apenas por isso, desculpa lá, mas é aquilo a que se pode chamar de birra. E a educação/formação ainda não é brincar aos "Kens e Barbies”. A não ser que se apanhe uma colega gostosa, né cara? Mas aí não há muito a fazer… Fraca é a carne que enrijece. Olha, recorrendo a parábolas das antigas, das do tempo do senhor das barbas, isto de matar a sede só se consegue com a água certa, não é?

    O teu organizado e politicamente correcto texto seria apenas mais a meus olhos não fosse o último parágrafo. Seria mais um vindo de alguém que, aposto, João, aposto, não faz a mais pálida e pequenina ideia do que seja o programa novas oportunidades. Errei, João? Se calhar, errei… Mas que s’foda agora já o escrevi.

    E o que dizes tu, no último parágrafo, caro escriba indignado. Uma jóia do mais puro caviar: “o analfabetismo era uma das grandes armas das ditaduras.” Era, era, era, era, era, o caralhinho, João! É! É! É! Não deixou de ser, rapaz! A não ser que para ti, tal como para os mentores do projecto, obter o 12º ano implique apenas resumir num currículo a vida do formando. É que, mais piroquice, menos piroquice, é disto que falamos! Sabias, não sabias, João?

    O programa novas oportunidades tem como mérito (quase único, diria) pretender ser o sintoma de uma nação viva, auto-determinada e auto-mobilizadora. Naturalmente, os formandos concluída esta etapa, e ainda imbuídos das palermices que os discursos governamentais lhes incutem, sentem-se motivados e confiantes o suficiente para se julgarem cidadãos mais capazes. Embora (e este é um dos senãos) ainda permeáveis à demagogia política. É, provavelmente, uma qualquer sedução por uma suposta independência intelectual que os move. Quando na verdade, em nada eles se podem apresentar como estando mais bem preparados para se assumirem como cidadãos alfabetizados, meu caro! Porque o NO não lhes pede que adquiram a capacidade para reflectir sobre um enunciado, por exemplo! Não lhes pede para dissecar o conteúdo de uma mensagem política, por exemplo. Antes lhes transmite a ideia de que o esforço é quase sempre em vão. Sim, porque não creio que alguém guarde em si, mesmo no mais impoluto recanto de ingenuidade, que o objectivo deste programa é de facto fomentar e promover a formação e o aperfeiçoamento de capacidades da população portuguesa.

    Ao contrário do que dizes que o cronista do DM escreveu, eu não importo que outros obtenham a mesma formação que eu tenho com menor esforço, ou por caminhos mais fáceis e com acessos mais desimpedidos. Do mesmo modo que não tapava a folha dos exames quando algum colega me pedia um espreitar. Interessa-me, aliás sempre me interessou, chegar ao fim com a perfeita noção de todo o caminho que acabara de percorrer. Não sei, mas estou em crer que parte do mérito de se chegar ao fim, está indubitavelmente em saber saborear os contratempos do caminho. Mas, admito também que possa ser avis rara neste assunto.

    Por fim, e porque esta merda já vai longa, para se ser participante é fundamental saborear-se a sede de mudança. E sede, aqui na nossa confortável e indolente Europa ocidental, é algo que há muito ninguém sabe o que é, porque há muito tempo que ninguém tem sede de coisa nenhuma. Muito menos nós, os periféricos portugueses, nós que ainda padecemos da hesitante e atordoada macro-estratégia de desenvolvimento do país que há décadas nos perturba os planos. Não há povo unido, não há assalariados em luta, não surgem, sequer, dois ou três desempregados reivindicando para que os seus subsídios sejam pagos antes do fim do mês/ano. E programas como este servem apenas para fazer proliferar, camufladamente, este espécie de ditadura em que ainda vivemos, meu amigo!

    A qualidade da massa crítica da nação portuguesa tem, na verdade, dimensão e profundidade semelhantes às minhas quando visito um blogue escrito em chinês.

    E isto, das NO, dos Magalhães, dos comícios com tele-pontos xpto, é corrente chamar-se "o mundo democrático e civilizado". Portanto, diz-me lá em que é que ficamos, sim?

    Obrigado e atentamente à espera de sapiente diferimento!

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  4. Em sede de oportunidades há, também, os que perdem oportunidades de estar calados, como é o caso desse cromo que refere.
    O projecto RVCC (certificação de competências) é uma ideia certíssima, um processo estimulante e um reconhecimento merecido.
    È possível que se encontrem imperfeições numa dinâmica desta envergadura, mas eu gostaria de confrontar esse escrevinhador com a qualidade cultural média da minha turma RVCC - nível secundário - em que fui certificado.
    Talvez aí, essa irreverência juvenil do colunista do Diário do Minho se sentisse justamente impelido à vénia diante do saber de experiência feito.
    Pela minha parte, sou um estudante do laboratório da vida, já lá vão cinquenta e três anos, e estou cá para as meças.
    Bem haja, João Martinho, pela justa cacetada absolutamente merecida.

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  5. 1. não li os comentários anteriores, peço desculpa se repetir alguma ideia.

    2. concordo em pleno com um plano de estudos que permita a quem não teve a devida oportunidade, de completar o secundário.

    3. esse plano de estudos já existia no período pré-sócrates. chamava-se ensino recorrente. exigia estudo, esforço, tempo. no final, quem tinha o 12º ano no ensino recorrente sabia tanto como eu no fim do mesmo.

    3. não concordo com o método de valorização pelo curriculum. o que se passa, e todos sabem, é que as nvas oportunidades são uma chachada, onde não se aprende matemática, português, filosfia ou o que quer que seja. é uma farsa onde os intervenientes, em meia dúzia de meses, com dois dias de supostas aulas por semana, acrescentam ao seu CV a conclusão dos estudos, sem no entanto, terem aprendido o que quer que seja.

    4. as novas oportunidades servem assim para um aumento da qualificação dos portugueses, a nível estatístico. tal como nos exames nacionais deste ano, temos uma ministra que governa para os dados estatísticos, não alterando em nada as nossas qualificações, capacidades ou sequer a mentalidade do mérito (ou falta dela)

    5. há ainda o lado escuro do programa, técnicos de RVCC, formadores, professores, directores de isto e de aquilo. basicamente, uma qualquer associação, pede uns dinheiros ao ministério, é credenciado, e passa a ganhar uma alarvidade para manter meia dúzia de pessoas, que até sendo qualificadas, estão na chamada "mama". não me venham dizer que um professor tem tanto trabalho nas NO como um professor que lecciona normalmente numa escola. conheço casos de pessoas, que tendo tirado uma licenciatura das que não dá para nada, com média baixa, recebem salários de tecnico superior de 1ª, tendo que trabalhar 3 dias por semana, e tirando férias logo, agora e depois, enquanto que colegas de curso, que se esforçaram, e na profissão para a qual estudaram, recebem 500 ou 600 euros ou trabalham no call center.

    infelizmente, como em muitos sectores públicos e privados, até no programa nacional que quer valorizar o mérito, quem lá está é por amiguismos, tirando algumas excepções (não deveria ser ao contrário??)

    e há essas associações a engordarem à conta de um falso programa, que não criam riqueza, não criam valor, nem formam portugueses. mas essa história já vem de há muitos anos, desde que começaram os programas de formação profissional.



    ps: reivindico o meu direito ao tacho, também quero ganhar muito a fazer pouco, só por ser amigo de X. ando há anos a bater com os cornos na parede sem sair da cepa torta porque tenho a mania que tenho de conquistar o meu espaço pelo mérito e pelo esforço. deve ser por isso que recebo salários quase mínimos e trabalho em precariedade total, apesar de ter melhores qualificações que as das novas oportunidades...

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  6. As Novas Oportunidades surgiram, e muito bem, para dar o devido mérito às pessoas que, não tendo tido oportunidade de frequentar o secundário enquanto jovens, adquiriram os seus conhecimentos na melhor escola do mundo: a escola da vida.
    E podem não ter estudado matemática, geometria nem física, mas aprenderam tanto que alguns senhores, que tiveram a oportunidade de frequentar secundário e o ensino superior, temem agora que, depois de reconhecidos, estes "oportunistas" roubem os seus empregos, já que, através de uma vida de grande esforço e trabalho, acabaram por adquirir mais conhecimentos do que os que essa gente adquiriu nuns tão árduos anos de estudo!


    PS – E já agora, caro João, é bom que continues assim tão "birrento", porque é assim que és bom!

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  7. "Porque o NO não lhes pede que adquiram a capacidade para reflectir sobre um enunciado, por exemplo! Não lhes pede para dissecar o conteúdo de uma mensagem política, por exemplo."

    No que ao processo de 12º diz respeito, o que diz não é verdade. Está explicitamente mencionada a obrigatoridade de reflexão e o referencial de RVCC de secundário é claro ao indicar três graus de complexidade - identificar, compreender e intervir - sendo que o último deve ser atingido em todos os temas de Cidadania e Profissionalidade e pelo menos numa das vertentes das duas outras Áreas de Competências-Chave.

    O problema, repito, está na aplicação que se faz do programa. Não tendo o país cultura de mérito e rigor, a concretização prática do que está no papel é mais um exercício de chico-espertismo, laxismo e lei do menor esforço do que de trabalho e aperfeiçoamento. E eu bem que o sei, porque todas as semanas vejo colegas minhas a validar competências a pessoas que não demonstraram qualquer compreensão ou reflexão, mas limitaram-se a identificar muitas vezes não sabem bem o quê.

    Depois saem com o 12º tal e qual como entraram: com dificuldades de expressão, compreensão, raciocinio, conceptualização e reflexão, inaptos para a cidadania plena e consciente e pouco ou nada preparados para um mercado de trabalho qualificado.

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  8. Bom, claro que a questão não é simples.O titulo académico, na circunstãncia o 12º ano, sempre representou um garante de uma certa qualificação que constituria requisito habilitacional de referência para aceder a um emprego de alguma exigência.Mas com mais ou menos facilidades, e exames, ter o 12ºano era saber bastante.Hoje, democraticamente, quer-se dar mais competências às pessoa mas de mero valor estatistico...Conheço pessoas que fizeram o 9º ano e o 12º ano nocturno e também estão a ultimar as Novas Oportunidades que são presentemente a mesma nulidades que eram antes mesmo ao nivel , tão-só da mera capacidade de escrever um texto simples.E também conheço pessoas sem o 12º ano que também se recusam a entrar nesta palhaçada de reconhecimento formal de habilitações por, há muito tempo, já terem ultrapassado as competências basicamente associadas aquele grau de ensino.
    Mas não estamos na época dos objectivos?E para tal vale tudo.
    Mas é tudo fruto dos tempos,Daqui a pouco para se ser varredor da rua (sem menosprezo) tem que se ter um canudo...

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  9. Dou os parabéns ao excelente João Martinho por ter atirado a pedra adequada ao charco certo.
    No meu caso, não me sinto certificado por favor.
    Mas não digo que "tenho o 12º ano" mas que estou com formação reconhecida e certificada de nível secundário. De resto, a minha eficiente orientadora lembrava esta diferença sensível.
    Também não acho que inúmeros licenciados que por aí se passeiam mereçam os títulos que ostentam.
    Concordo que a ideia RVCC é excelente; e que a prática não o é de todo em todos os casos.
    Também notei a impreparação de orientadores para esta absoluta inovação de conceitos.
    Não me parece, ainda, que pessoas com menos de trinta e cinco anos devessem poder aceder a este programa.
    Se alguma culpa há, não é da trilogia: Identificar, Compreender, Actuar - que dá corpo ao programa; nem dos seus outros quatro patameres, que se consubstanciam em: Coleccionar, Seleccionar, Analisar e Relacionar.
    Por fim acho que os diplomas não dão, por si, competências a ninguém assim como uma carta de condução não conduz veículos.
    Não temam os bons a concorrência e saibam eles que a inveja é má conselheira.

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  10. Antes de mais, obrigado pelos vossos comentários e pelo tempo que eles vos custaram.

    Como questionaram o meu conhecimento de causa em relação ao programa Novas Oportunidades, aproveito para dizer que sou orgulhoso filho de pais que completaram este programa e viram reconhecida (a minha mãe ainda está à espera do contacto para completar o 12º) a experiência de vida como aprendizagem importante.

    A verdade é que ambos, apesar de não terem no curriculum grandes habilitações literárias, foram (a minha mãe ainda é) importantes líderes associativos. Nunca se coibiram de aprender ao longo da vida e esta aprendizagem estará, acredito, acima do nível exigido ao 12º ano. Ainda assim, nunca se mostraram arrogantes ao ponto de dizer que não aproveitariam a oportunidade de valorizar a sua experiência de vida só porque acham que o que já aprenderam vale mais que um 12º. O meu pai, aliás, aproveitou esta oportunidade para aprender a trabalhar no computador e, desde que aprendeu, não quer outra coisa.

    Depois desta declaração de interesses, vamos ao que interessa: Confundiu-se o Ensino Recorrente com o programa Novas Oportunidades e, apesar de ambos servirem o mesmo público alvo (população activa), têm objectivos diferentes. Não são comparáveis entre si e muito menos comparáveis com o ensino secundário normal.

    Nenhum dos programas tem como objectivo principal a formação de alunos para a entrada na Universidade, ao passo que o ensino secundário normal forma alunos para o ingresso no Ensino Superior.

    Acredito no héliocoptero quando afirma que há um número muito elevado de pessoas que obtêm a certificação sem preencher os requisitos para tal. No entanto, isto passa-se em muitos outros graus de ensino: no ensino recorrente, os professores dão muitas vezes uma mãozinha para que os alunos consigam completar o ano; no ensino secundário normal, tantos exemplos de professores que sobem as notas dos alunos num par de valores para que eles se "safem" nos exames nacionais; no ensino superior conheço uma ou duas mãos cheias de licenciados que não têm a competência necessária ao grau. Estes casos são lamentáveis e podem levar-nos a pensar que a qualificação obtida nestes diferentes programas não tem valor ou que, pelo menos, esse valor é desvirtuado. Ainda assim, acredito que adquirir poucas competências é melhor do que não adquirir nenhumas. E claro, conhecendo as falhas, não devemos fazer outra coisa a não ser corrigi-las.

    Cumprimentos a todos.

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