Que fique bem claro que, ao ser complacente com evidentes atentados à liberdade de circulação e ao direito à não manifestação, o governo é politicamente responsável pelos problemas de ordem pública que se têm verificado e pela verdadeira crise de combustíveis que se abateu sobre Portugal.
Adenda (13.30) - excelente comentário de António José Teixeira na SIC: «O Governo tem mostrado incapacidade para garantir a ordem no país»
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Mais uma notícia que comprova que a classe médica se comporta com uma impunidade total. Muitos deles são verdadeiros mercenários que se dedicam a fazer jogo de cintura entre o emprego garantido no Estado e um emprego no privado à custa do utente.
ResponderEliminarOs que saem das universidades actualmente apresentam uma total falta de vocação. Pudera, enfaixados durante a adolescência em casa a estudar, não compreendem o mundo que os rodeia e seguem a profissão unicamente em busca de estatuto.
As declarações da juíza jubilada que foi responsável pelo caso no passado, são esclarecedoras.
Estes são alguns dos responsáveis pelo estado calamitoso deste país.Classes ultra protegidas, profissionais que não se sentem vinculados a qualquer tipo de avaliação nem responsabilização.
Conseguiram finalmente o que queriam: puseram o anterior ministro na rua e colocaram uma lacaia (curisosamente médica também) na poltrona. Esta classe pensa que apenas um dos deles pode ser ministro, apenas um dos deles pode gerir um hospital (com os resultados vergonhosos que se costatam).
Enfim, aqui fica a notícia e pode ser que alguns deles tenham vergonha:
"Pais admitem recorrer ao Tribunal Europeu para encontrar justiça que não foi feita em Portugal
Os pais do bebé que morreu no parto no Hospital Amadora-Sintra em 2002 admitiram recorrer ao Tribunal Europeu para encontrar a justiça que dizem não ter sido feita, uma vez que foram hoje absolvidos os dois médicos envolvidos no parto
Lino e Ana Gonçalves lamentaram a absolvição dos dois médicos - uma acusada da autoria material de um crime de intervenção médica com violação de leges artis (prática médica) e um outro acusado de homicídio negligente - e anunciaram que vão recorrer da decisão do juiz, que hoje absolveu os clínicos.
No final da leitura da sentença, o pai da criança disse ter agora a certeza de que os médicos são uma classe protegida em Portugal e que, por isso, estão dispostos a recorrer a instâncias europeias, se os recursos que vão iniciar não conduzirem à condenação dos clínicos.
Talvez no Tribunal Europeu os médicos não sejam tão protegidos, disse Lino Gonçalves.
Os pais afirmaram que, apesar de terem solicitado uma indemnização, este nunca foi o principal objectivo do processo, mas sim afastar estes médicos do exercício da medicina.
Ana Gonçalves lamentou a decisão do juiz e corroborou o que disseram em julgamento, ou seja, que pediu várias vezes uma cesariana, mas que esta sempre foi negada.
Na leitura da sentença, o juiz afirmou que não ficou provado que a médica agiu dolosamente ao recusar a cesariana e que a aplicação de fórceps pelo médico foi responsável pela morte da criança.
Para o advogado de acusação, o tribunal não levou em conta todos os relatórios proferidos por entidades como a Inspecção-Geral das Actividades de Saúde (IGAS) ou o Instituto de Medicina Legal.
Apesar dos muitos exames e relatórios que foram apresentados, o juiz optou por atribuir o esmagamento da cabeça do bebé ao contacto com a bacia materna, como se esta fosse uma trituradora, disse António Pinto Pereira.
Ana Gonçalves disse mesmo que «só falta acusarem-na de matar o próprio filho.
António Pinto Pereira adiantou que existem elementos importantes para alterar a decisão do juiz. O caso remonta a 02 de Março de 2002 e refere-se ao nascimento de um bebé com recurso ao fórceps no Hospital Dr. Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), após 13 horas de um trabalho de parto.
O bebé ficou com o crânio esmagado em virtude da má aplicação do fórceps, segundo concluiu na altura uma investigação da Inspecção-Geral da Saúde (IGS).
A acusação do Ministério Público (MP) veio corroborar as conclusões da IGS, que, em Dezembro de 2002, concluiu pela existência de uma errada avaliação da viabilidade do parto, uma má aplicação do fórceps e violação da boa norma da presença de dois elementos médicos na sala de fórceps, o que teria impedido o desfecho fatal: a morte do bebé.
Contudo, e após um mês de julgamento, que correu nos Juízos Criminais de Lisboa, o Ministério Público pediu, nas alegações finais, a absolvição dos dois médicos: o obstetra Francisco Manuel dos Santos Madeira, acusado da autoria material de um crime de homicídio negligente, e Ana Cristina Ribeiro da Costa, acusada da autoria material de um crime de intervenção médica com violação de leges artis (prática médica).
A procuradora do MP considerou não haver fundamento da prática dos crimes de que os médicos são acusados, posição hoje corroborada pelo juiz que absolveu os arguidos."
Luís Antunes
Não há engano na inserção deste comentário?
ResponderEliminarClaro que nos últimos 20 anos ou mais foi assim...Não haverá mais de 20% de vocações entre os médicos que sairam do sistema nos últimos anos, certo?Mas é a lei da vida...
Alguns até dão uns toques noutras áreas como é bom de ver...
MAIS ESTADO MELHOR ESTADO MENOS ASAE
Concordo
ResponderEliminarA partir do momento em que recorrem à violência e obrigam outros a alinhar na paralisação perdem a credibiidade numa luta que, a inínio, até poderia ter bons fundamentos.
Quanto ao governo, é sempre bom relembrar que o princípio da queda de Cavaco Silva começou com a famosa "Maria da Ponte", em que um grupo pequeno de caminonistas bloqueou a ponte 25 de Abril. Talvez seja por causa disso que o governo tem tido uma atitude tão passiva...
Cuidado...queriam ver a GNR aos tiros aos patrões? Queriam ver manter a ordem pública a qualquer preço?Depois virava-se o feitiço contra o fewiticeiro...ouve prudência e acredito medidas duras iriam ser hoje tomadas, até porque o próprio PR não assistiria serenamente à desordem e paralização do País. Desculpem imperou o bom senso...mas nos limites.Impôr pela força a ordem Pública seria um erro, quando decorriam negociações, Sócrates agiu nos limites e deve-lhe ter custado não fazer o mais simples...fazer cumprir a ordem Pública a qualquer preço.
ResponderEliminarTenho imenso respeito pela classe M�dica, por�m � sabido existe profissionais vocacionados quase exclusivamente para o lucro.Quanto � responsabilidade, temos normas sobre como agir e responsabilizar quem por neglig�ncia ou m�s pr�ticas lesa o cidad�o.Depois existir� uma Ordem que cumpre o seu DEVER, zelar pelos s�cios.
ResponderEliminarInseri este texto face a opinião anterior e apenas para concluir o raciocínio expresso e contundente anterior.Na verdade o Médico não é um funcionário Publico e tem estatuto diferente, daí ás vezes existirem comportamentos pouco dignificantes para a classe.Talvez também seja uma profissão onde impere uma hierarquia pesada e sem sentido, misturada com alguma prepotência classista.Oxalá os novos Médicos só copiem os bons exemplos e boas práticas...
ResponderEliminarSegundo a acusação, aquela sentença foi um dia de regozijo para a classe médica mas um dia negro para a Justiça.Esperemos que o recurso ponha os pontos nos ii.
ResponderEliminarQuanto aos mais novos, lamento mas estes são piores, autênticos mercenários.