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Braga e as Televisões Pseudo-Nacionais

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© neftos

O Presidente da Associação de Festas de S. João de Braga desafiou os grandes órgãos de comunicação social a fazerem maior cobertura das festas deste ano. Embora o assunto não seja novo, há que saudar as palavras de Vítor Sousa.

A inexistência de órgãos nacionais de comunicação social é cada vez mais notória. O Expresso, essa vaca sagrada da imprensa portuguesa, trata o feriado da Madragoa como se de uma coisa nacional se tratasse, não mostrando qualquer respeito pelos leitores do resto do país. A RTP, esse gigante que alimentam com os nossos impostos, demonstra sérios problemas no cumprimento do serviço público, condenando-se a uma mera posição de concorrência com os outros operadores. A SIC e a TVI fazem-se de Lisboa e para Lisboa, apenas captando da província o espectáculo trágico-bucólico que tanto se aprecia pelas bandas da capital.

As culpas, porém, não estarão todas alapadas em Lisboa. É que, para lá dos lamentos recentes, não se conhecem quaisquer acções concretas que visem alargar o espaço da cidade e da região nos órgãos de informação nacionais. No caso de Braga, há até quem diga que as pressões terão sido em sentido inverso, por forma a manter a cidade bem afastada dos holofotes da cena pública. Por outro lado, a política cultural da autarquia, centrada na festinha popular de consumo interno, mantém a cidade à margem dos grandes cartazes nacionais e, para além da Semana Santa, só muito pontualmente consegue marcar a agenda nacional.

Mas seria injusto dizer que o problema é (só) nosso. Em Guimarães, onde a cultura há muito se faz noutra escala, também se acumulam razões de queixa. A tarefa de colocar Braga, Guimarães e o Minho na agenda mediática nacional é hercúlea, mas não impossível. Haja vontade e acabe-se com o absurdo de manter fechada a cidade das portas abertas.

7 comentários:

  1. Toda a razão! Era importante que o país "não-metropolitano" aparece mais do que nos programas "Regioes", "Portugal Rural" e coisas do género... pelo menos a RTP, que nos presta um serviço público (?) pago pelos impostos não só dos citadinos mas também dos provincianos.

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  2. O Norte é o Porto e nada mais...

    Por isso não preciso da regionalização para nada...

    Mesmo na TV alternativa só "o Canudo" é que é de um brácaro!

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  3. O que faz correr Vitor Sousa? Porque só se preocupa com as Festas de S.João e não chamou as TV quando importou autocarros usados para os TUB?
    Porque insiste Vitor Sousa em tornar vestuta Cidade de Braga numa aldeola terceiro mundista? Talvez porque as suas qualificações académicas não lho permitam ver mais longe.

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  4. Já enoja o lamento de que as televisões nacionais,todas com sede no sul,não ligam pevide ao povo e eventos do norte.Não acham que o povo Nortenho tem sido o grande culpado da situação e de outras ainda mais gravosas.Vamos lá,toca a reunir e a estudar soluções que acabem, de vez, com o monopólio de Lisboa ,o que não deve ser difícil dado que o autoclismo está cheio e é só carregar no botão.

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  5. Pois é Braga obediente e dependente de alguns poderes...nunca muda.É o passado cultural que não o histórico, são os hábitos e o excessivo conservadorismo, que amordaçam esta Região.Quando falamos com gente de outras regiões notamos maior abertura ás inovações, forma de ver e analisar bem diferentes da nossa! Porque será? Depois aprendemos a viver e conviver assim e a mudança é difícil, aliás quase sempre contestada.Também eu pertenço a esses conservadores, embora sempre tente mudar para me aproximar do prigresso.

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  6. Sejamos objectivos, o que poderia atrair a Braga as tv's? Para mostrarem mais do mesmo? O problema do S. João de Braga é facto estar à sombra do S. João do Porto. Braga não potenciou as maras próprias das festas bracarenses. Não estou a dizer que nãos as possui, estou a dizer que não as potenciou. O mérito também precisa de notoriedade. Veja-se o cartaz do S. João. É uma coisa pobre, sem inovação. O que se poderia perguuntar ao douto senhor que sabe reclamar com as tv´s é se concorda com o investimento que a CMB faz nas festas. Esse é que é o problema do S. João. A falta de investimento que a CMB faz nas festas é impressionante. Se houvesse um bom cartaz, se coisas como as danças do Rei David, o Carro dos Pastores fossem bem aproveitados tudo era diferente.
    A uma escala diferente, veja-se o resultado da aposta da Igreja de S. Vitor e Junta de Freguesia de S. Vitor na "Procissão da Burrinha". Em poucos anos passou de uma coisa quase desconhecida a uma das maiores procissões da Semana Santa. Tanto que até o programa oficial da Semana Santa já a inclui. Apesar de pelos vistos continuar a contribuir com o mesmo. Ou seja, nada.

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  7. O Norte é o Porto e nada mais...

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