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Conversas Improváveis: Jornalismo & Poder

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«O Café Blogue organizou, segunda-feira, na Velha-a-Branca, uma “Conversa Improvável” entre a jornalista Luísa Teresa Ribeiro e o deputado Miguel Laranjeiro. Sob o tema “Jornalismo e Poder”, os participantes concluíram que “não há inocentes” quer no jornalismo, quer na política. A conversa abordou o panorama actual do jornalismo e os interesses que movem tanto os jornalistas como os políticos. De todas as conversas improváveis organizadas pelo Café Blogue, esta foi, no entender do deputado pelo Partido Socialista, “a menos improvável”. Sublinhou Miguel Laranjeiro que a relação entre jornalismo e poder é muito importante e deve ser pensada, uma vez que “não há inocentes” tanto de um lado como do outro. Por seu lado, a jornalista do Diário do Minho e docente do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho falou num “efeito dominó” entre os diversos órgãos de informação que obedecem a lógicas concorrenciais e põem em causa os valores-notícia. A qualidade do jornalismo pode, no entender desta profissional da área, ser prejudicada por imperativos de mercado, tentando os poderes “domesticar as pessoas.” Teresa Ribeiro chamou também a atenção para o actual estado do jornalismo e os seus extremos. Enquanto que, por um lado, temos “o tempo dos pés de microfone”, o jornalista torna-se acrítico pela objectividade extrema, temos no outro extremo o “jornalista vedeta”, que dá opiniões pessoais. Trata-se de um “equilíbrio difícil”, o de manter a proporção entre a objectividade e a opinião. A distinção entre tempo mediático e tempo da política foi defendida por Laranjeiro, referindo que seria um desastre se fossem iguais. Para o também bacharel em jornalismo, tem de haver uma “adequação” dos tempos e a percepção por parte do público de que a “maturação” da política é diferente do imediatismo do jornalismo.» Excerto da reportagem de Rita Araújo no ComUM

[Fotografia de Luís Tarroso]

4 comentários:

  1. Os média, actualmente, estão nas mãos de meia dúzia de grupos económicos, ou nas mãos dos estados, onde o poder político tem uma relação promiscua e subjugada pelo poder económico.

    Deveria de haver uma educação para a crítica em relação aos média, visto que, obviamente, dão uma das visões possíveis dos acontecimentos.

    Claro que não sou ingénuo e não estou à espera que o capitalismo se auto destrua. A blogosfera veio alterar um pouco as regras do jogo, pondo um pequeno grão de areia na engrenagem. Continuem com o trabalho pela cidadania.

    Abraço

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  2. ca por baixo quando vao a o desemprego vao para a recicladem digo AT1 ou para a SPORTV. Gostavade saber de onde vem o dinheiro para esta gente?

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  3. ca por baixo quando vao a o desemprego vao para a recicladem digo AT1 ou para a SPORTV. Gostavade saber de onde vem o dinheiro para esta gente?

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