Lobos com Pele de Cordeiro
Sugiro a leitura do Editorial do El País de ontem. O exemplo que nos chega do país vizinho é uma antecipação do que teremos por cá quando houver coragem para «trazer para o debate aquilo que divide a sociedade portuguesa.»
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a fórmula de Cavaco é tudo menos inocente. É perigosíssima: impõe os usuais consensos bafientos e coniventes da velha política à portuguesa. É "Salazar" que espreita a querer proteger o povo de sobressaltos e mudanças...
ResponderEliminarDefendo a separação do estado da religião, ainda que não tenha qualquer problema em me assumir como Católico. Ainda que me possam considerar um católico ausente, acredito nos seus valores. Mesmo sendo descrente relativamente a certas coisas da Igreja. Não tenho é qualquer problema em dizer que sou Católico.
ResponderEliminarEu sou capaz de perceber historicamente o anticlericalismo da Primeira Republica. Na verdade já vinha de mais longe, do iluminismo. Não percebo é que, passado tanto tempo, se continue querer dar ares de modernidade com estes gastos de energia inútil. As razões históricas já foram eliminadas. Já não há razão para fazer desta causa uma bandeira.
As reformas devem-se afirmar pela positiva, não contra ninguém ou contra alguma coisa. É por isso que desconfio da reforma da Administração Pública, da reforma da Saúde, etc.. São reformas que necessitam de ser contra porque não conseguem afirmar os valores pelas quais são realizadas. Tudo porque é sempre mais fácil unir contra qualquer coisa. Afirmar uma ideia é tarefa mais complicada.
Estamos infelizmente a viver dias complicados. Quase não há lugar para as boas notícias. Todos os dias sentimos que perdemos qualquer coisa e só temos como certo que não é última coisa que perdemos. Percebo que se peça que concentremos os nossos esforços em alterar esta situação. Isto é ser "Salazarista"?
Seria melhor reclamar "vida para além do deficit"? É que ainda ninguém me explicou a responsabilidade dos anteriores presidentes. Como é que chegamos aqui? Porque passamos da gasolina barata de Guterres para a sua fuga? Porque é que a Ferreira Leite tinha que ver além do deficit? Porque é que as mesmas pessoas agora acham que não pode haver vida para além do deficit?
E porque raio teremos que apanhar com as cortinas de fumo de pretensas bandeiras de esquerda e no meio desta crise começar a debater "as coisas da modernidade"?
Será que afinal querem dar razão ao folclore do Santana Lopes quando este queria fazer delas causas políticas fundamentais? Será que vamos ter que aguentar os debates das causas da esquerda para esconder uma política económica de direita?
Eu também partilho da ideia que o Presidente da Republica não foi inocente. Quis claramente afirmar-se contra os populismos com que o Governo e o PS vão encher a nossa agenda política nesta fase do mandato.
Pedro, esse editorial é a típica ladainha dos aventaleiros. Em Portugal também os temos, na República e Laicidade, por exemplo. Já enoja estar sempre a ouvir a mesma coisa.
ResponderEliminarA malícia pode ser muita em certos sectores da sociedade para ver numa manifestação cristã para a família "um acto eleitoral de apoio ao PP". No entanto, a confirmar-se a manifestação partidária camuflada, é óbvio que também sei ceder e dar-te razão.
ResponderEliminarEste tiago laranjeiro é assim assim. É contra o que se diz mas talvez esteja a favor, se estiver errado, não vendo o que toda agente vê, que a igreja espanhola (propriedade do opus dei)está no jogo político como se fora um partido, em nome do mais obsoleto obscurantismo moral e social. Falta ao tiago em malícia o que lhe sobra em cegueira, ou sectarismo.
ResponderEliminarora, se El País o diz é porque é sério e que moral y catequese a de los curas y obispos, aun de Spaña, si estropean la verdad y mentem tan facilmente, diós mio, que eu sou ateu, finalmente e tenho mais respeito pelo próximo e mim mesmo, caramba...
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