«Dr. House é o grande modelo e impulsionador dos alunos que entram para o curso de Medicina da Universidade do Minho, impulsionados pelos métodos pouco ortodoxos da personagem de médico americano. Mas é sol de pouca dura "no fim, vão perceber que o mais importante é ser médico competente, mais além no conhecimento, atento, que respeita as diferenças e que nunca descura a importância da comunicação com o doente". Palavras de Pedro Morgado, um dos primeiros finalistas do curso.
"Nós fomos construtores do curso, já que nos chamaram, várias vezes, a dar opiniões tidas em conta na restruturação que ia sendo feita". Pedro Morgado aponta como dificuldades iniciais "a falta de alguém que fosse à nossa frente e as desconfianças legítimas de quem vem para um curso novo".
Seis anos depois, o curso de Medicina da UM ganha um novo impulso. A inauguração das novas instalações da Escola de Ciências da Saúde, na segunda-feira, pelo ministro da Saúde, é o passo decisivo para a afirmação do curso e para o cumprimento do protocolo assinado com o Poder Central, passando de 50 para 100 alunos. "O edifício foi pensado na mesma lógica do curso. Tem duas alas principais de um lado a investigação, do outro, as salas de aula e de estudo. Estão ligadas por mais duas alas: uma onde estão as salas dos professores, fazendo a ligação entre alunos e investigação; e outra onde está a biblioteca e a Unidade de Educação Médica. Jorge Pedrosa explica que na base esteve sempre a ideia de "criar espaços amplos, comunicativos entre si, tirando o máximo rendimento da aprendizagem e onde imperasse a interactividade".
A nova estrutura vai permitir alargar a área das pós-graduações e criar um espaço de prestação de serviços especializados de saúde à comunidade, onde possam ser exploradas "novas coisas, como a genética e sejam feitos diagnósticos diferentes em áreas de ponta".Cumprida a parte da UM, fica a faltar a parte do Governo o novo hospital. Nuno Sousa, responsável pela parte pedagógica do curso, reconhece que "há vantagens em ter uma unidade de ensino ligada a um hospital", mas garante que não estão "afiliados a um hospital, mas a vários. Do ponto de vista formativo, até é melhor conhecer várias realidades médicas. Bons clínicos são os que assentam a Medicina baseada na evidência. Para isso têm que estar envolvidos com a investigação", alega.
"Não se desenvolve um curso sem o conhecer". É este o ponto de partida da Unidade de Educação Médica, uma estrutura pioneira no ensino universitário português. O professor Manuel João Costa é o responsável por uma unidade que integra também uma psicóloga e uma educóloga e que tem quatro missões apoio administrativo-pedagógico, difusão do curso, avaliação da qualidade do curso e investigação em educação médica. Para além da gestão das salas e das pautas, por exemplo, a UEM analisa o que se pode ou não fazer, havendo a preocupação de que o curso tenha projectos com métodos e saber se o que se está a fazer está a ter resultados ou não.
No futuro, Manuel João Costa quer criar um projecto de acompanhamento dos alunos ao longo da vida para melhorar os pontos menos positivos, criando uma dinâmica de adaptação à prática clínica. Uma das particularidades do curso são as quatro semanas iniciais de adaptação dos novos alunos aos métodos de trabalho e de ensino desenvolvidos ao longo dos anos seguintes.»
[uma notícia JN]
Pedro, exemplificaste perfeitamente o que eu acho que é um médico competente. Não só é aquele que cura mas também o que trabalha psicologicamente com o doente e com a família para minimizar o stress da doença. Muito bem.
ResponderEliminarJá agora, os meus aplausos também para a UM que conseguiu um 6 anos transformar um curso "experimental" num modelo que até as escolas clássicas olham com interesse.
www.mesadaciencia.blogspot.com
"O Dr. House é a Floribela da medicina..."
ResponderEliminarFrase (talvez não seja exactamente assim, mas é semelhante)interessante esta :)
"O Dr. House é a Floribela da medicina..."
ResponderEliminarFrase (talvez não seja exactamente assim, mas é semelhante) interessante esta :)