O aterrador caso do desaparecimento de Madeleine McCann está a obrigar-nos a confrontarmo-nos com a nossa própria psique e a fazer com que nos miremos num espelho que, aparentemente, está tragicamente tingido de sangue. A força, a racionalidade e a razoabilidade dos aplausos, das missas, das orações e das velas é a mesma força, racionalidade e razoabilidade dos insultos de hoje. A turba portuguesa tem tanto de expedita e diligente como de implacável e inconsciente.
No fundo, a turba portuguesa é como o fogo: a defesa da (sua) moral e dos (seus) bons costumes é a lenha; os órgãos de comunicação social são o vento que inflama. Não há razão que apague incêndio que arde com tanto vigor.
[Picture Copyright: Hieronymus Bosch Christ Carrying the Cross]
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
... diga-se de passagem, e em abono da evidência, que a celebérrima idiossicrasia fleumática inglesa não lhe fica longe.
ResponderEliminaridiossincrasia, digo.
ResponderEliminarNo fim dirão "a mim nunca me enganaram...não se deixam as crianças sózinhas...", depois de já terem dito "coitados daqueles pais..."
ResponderEliminar