A Freguesia de Covas (Vila Verde) está à beira de perder a sua escola e os alunos serão transferidos para Portela do Vade, um lugar da Freguesia de Atães. O Presidente da Junta ameaçou demitir-se em protesto e, antes de ir embora, decidiu realizar um referendo para saber o que pensa a população sobre a sua saída. O insólito é que a consulta será realizada à porta da igreja, no final da Missa Dominical de amanhã. Portanto, só quem é católico e vai à missa é que terá voto na decisão do senhor Presidente.
Este caso, a juntar à insólita polémica do báculo fálico do arcebispo, ainda há-de tornar o Minho conhecido pela beatice de alguns dos seus presidentes da junta. Portugal no seu melhor!
Caro Pedro,
ResponderEliminarDe facto este post surpreendeu-me pela negativa. Como é que pode fazer um juízo de valor de um Presidente de Junta que provavelmente não conhece e nem sei se conhecerá a freguesia. Porra!... está a estragar a pintura, qdo eu até costumava vir até aqui. Não sou beato nem praticante de qualqer religião, mas conheço suficientemente Covas e o seu Presidente, para lhe dizer que a sua provocação passou os limites do bom-senso. Está na hora de sair um pouco da cidade e percorrer algum do nosso Portugal profundo...
Talvez assim seja tomada uma decisão abençoada ou quiçá divina!
ResponderEliminarÉ óbvio que quem confunde os assuntos da Freguesia com os da Paróquia não pode ser muito bom presidente da junta...
ResponderEliminarO primeiro comentário anónimo deste post deve ser de um rato de sacristia que também esta na junta de covas... Sò pode.
Até porque para criticar uma atitude de uma pessoa não é necessário conhece-la.
LoL
ResponderEliminarEu também concordo que não se deva juntar os assuntos da junta com os da comunidade paroquial. Mas isto acontece em muitas freguesias e não se esqueçam que vila verde ainda tem muitas zonas completamente rurais e se confundem os "lugares" e as "amizades". Numa coisa concordo com o anónimo, era bom quero autor deste blog saísse um bocado da cidade e conhecesse o Portugal profundo... pois iria constatar que em muitas freguesias, quase na sua totalidade, as pessoas são cristãs e vão à missa. Quer se goste ou não é a realidade!
ResponderEliminarLSC
quer queiramos ou não, o minho não é visto pela beatice. o minho é beato. ponto.
ResponderEliminarCertamente que a maioria da população de Covas vai à missa... dessa forma o sr. Presidente já fica com uma ideia relativamente boa sobre qual a opinião da maioria dos seus eleitores.
ResponderEliminarÉ absolutamente ridículo que o presidente o faça à porta da missa... Se quer saber a opinião da população devia consulta-la na junta!
ResponderEliminaro que eu acho giro é que sempre que não concordam com o autor do blog, atacam-no... curioso. cá por mim, acho que os ataques ANÓNIMOS vêm sempre do mesmo lado!
Quem não é católico ou não vai à missa também pode ir ao fim da missa votar.
ResponderEliminarrps, acho que não percebeu bem, fazer um referendo à porta da missa é equivalente a levar um autocarro de pessoas até lá.
ResponderEliminarSe é verdade que vivemos num estado laico e que política e religião não se devem misturar, não o é menos o facto de o "portugal profundo" ser , desculpem a redundância, profundamente religioso.
ResponderEliminarNão concordo com a opção deste presidente de junta, mas compreendo o que o levou a tomar esta decisão: a maior parte da população desta aldeia (ja bastante envelhecida) vai todos os domingos à missa, para além de não perder o terço, e tenho sérias dúvidas que estas pessoas se fossem dar ao "trabalho" de ir à junta pra participar no dito "referendo". Neste caso o interesse da freguesia sai fortalecido graças à missinha dominical!!
É triste, mas é a realidade do nosso país e se para as pessoas participarem for necessario passar a realizar todos os escrutínios à porta da igreja, assim seja, desde que, claro não haja uma influência prévia do sr. Padre (Abade, como se diz por estas bandas...) durante a celebração religiosa!!!
Pedro, embora esta notícia me tenha parecido muito pitoresca, considero que a minha surpresa está não na "porta da igreja" mas no referendo em si! Acho, no mínimo, pitoresco que um Presidente da Junta referende informalmente a população sobre a sua continuidade o não à frente dos destinos da freguesia.
ResponderEliminarQuanto ao resto, acho um pouco despropositado o que dizes. Até porque o referendo era aberto a toda a população e não apenas aos participantes da Eucaristia.
E a tua surpresa face a este acontecimento, ou melhor, face ao facto de ele ocorrer à porta da igreja, mostra um pouco de incompreensão da realidade que é o nosso Minho, que tanto defendes.
Sim, o civismo, no Minho rural, passa pelo adro da Igreja! E não vejo em que isso afecte a laicidade do Estado... O adro da Igreja foi, desde sempre, um local de reunião. Para crentes, descrentes, devotos, revoltados e afins...
Caro João Manuel,
ResponderEliminarO argumento do "sempre foi assim" não me convence porque simplesmente não é um argumento.
Mas numa coisa estamos de acordo: em nenhum outro local há mais descrentes e revoltados que nas imediações e, sobretudo, no interior das Igrejas.