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Isto é Braga?

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Pedro Antunes Pereira descreve, no Jornal de Notícias, em tom literário, o programa Portugal Azul transmitido a partir de Braga. Merece uma leitura:

João Baião é, literalmente, o delírio dos presentes. (...) Os pequenos alunos da Escola de S. Lázaro nº10 gritavam, enquanto tomavam a sua posição junto ao palco, o nome do apresentador a plenos pulmões. As senhoras acotovelavam-se para o cumprimentar ou só para lhe tocar. Já os homens limitavam-se a um "Ele é mesmo engraçado".

Mas o melhor estava para vir nas colunas começa a cantar Quim Barreiros. A loucura instala-se na Praça com pessoas a dançar, a pular, a cantar a altos pulmões e depois para acalmá-las foi necessário alguma persuasão no vocabulário.

Depois entra em cena José Malhoa com três bailarinas que provocaram um terramoto na testosterona dos homens presentes, impulsionados por um refrão que não ajuda anda a acalmar os ânimos. Estava dado o mote para o que seria o resto do programa Baião e Baião, calor e água, saltos e gritos.

10 comentários:

  1. Caro Pedro Morgado,

    Dava imenso jeito que fosse só Braga, mas infelizmente é uma imagem fiel do país que somos.

    Cumprimentos

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  2. Uns vêm um povo parolo, outros vêm um povo alegre e destemido. Mas isto é o povo português, seja em Braga, Lisboa, Abrantes,...
    Eu vejo um povo perdido! Um povo, na maioria com poucas habilitações literárias, deprimido e ofuscado com a crise, e qualquer acontecimento aprazível para folia é aproveitado ao máximo, esquecendo o que não devia.

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  3. Eu vejo um povo que é o nosso. Um povo que precisa de evoluir e de ser educado.

    Eu vejo necessidade de se trabalhar para se aumentar os índices efectivos da aprendizagem, da educação e dos valores humanos.

    Eu vejo a necessidade das pessoas cultas e educadas em dar uma ajuda para tentar dar a volta ao nosso país com a consciência de que isso pode demorar gerações.

    Eu vejo a necessidade de não desistirmos!

    Isto é o nosso povo e o nosso país!
    Nós temos a obrigação de o melhorar!

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  4. Um raro momento de folia na cidade, que não seja o S. João...natural portanto, a histeria colectiva que ontem se viu, e viveu... pena que as pessoas ainda não tenham decididamente mudado o estado das coisas na nossa cidade, mas ainda há jovens que com uma distinta lata afirmam nos jornais que braga é jovem e dinâmica...Mas... a 2 anos de vida nova para Braga.

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  5. É Braga à tarde, claro.

    Quem haveria de estar lá?

    Confesso que não vou muitas vezes ao centríssimo da cidade... mas costuma ser mais ou menos isso.

    Quem trabalha...está a trabalhar... E universitários, haviam de estar de ressaca, mas não interessa muito, pois raras vezes vão ao centro. :)

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  6. Olá a todos!

    Permitam-me acrescentar alguns pormenores que por motivos de espaço não foram contemplados:

    1º Por tudo aquilo que me tem sido dado a ver nos bastidores de outros programas, este da RTP pareceu-me o mais honesto;

    2º João Baião, goste-se ou não, é sem sombras para dúvidas, um artista genuíno e isso as pessoas reconhecem;

    3º Importante dizer que eu estava lá no meio, sem identificação, perfeitamente anónimo apenas para sentir o pulso e as reacções;

    4º Não foi referido na noticia, mas o grupo mais entusiasta era jovem. Dançaram, pularam, mandaram bocas...

    5º A mim não me faz confusão este tipo de reacções. Fazes confusão é ver sempre as mesmas pessoas...é sinal que não houve evolução na sua educação e este para mim é ponto crucial de uma possível discussão...

    Parabéns pelo blog!

    Cumprimentos

    Pedro Antunes Pereira

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  7. Eu não censuro a animação popular. Aliás, eu fartei-me de dançar no concerto de Quim Barreiros no Enterro da Gata, e considero o homem o que de mais banal existe na cultura (?) musical portuguesa. Tudo tem um contexto.

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  8. Eu não censuro a animação popular. Aliás, eu fartei-me de dançar no concerto de Quim Barreiros no Enterro da Gata, e considero o homem o que de mais banal existe na cultura (?) musical portuguesa. Tudo tem um contexto.

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  9. Eu não censuro a animação popular. Aliás, eu fartei-me de dançar no concerto de Quim Barreiros no Enterro da Gata, e considero o homem o que de mais banal existe na cultura (?) musical portuguesa. Tudo tem um contexto.

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