Avenida Central

Investimentos (des)necessários

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O Metro do Porto continua a expandir a sua rede. Tal como estava inicialmente previsto, a linha da Maia vai prosseguir até à Trofa. Não questionando a qualidade dos estudos que foram realizadas para a projecção da rede de Metro do Porto, junto a minha voz ao Ergolas que, no seu Mater Matuta, questiona a pertinência deste investimento:

Param diariamente na Trofa 46 comboios com destino a São Bento. No sentido contrário são 44. Esses comboios circulam das 5 da manhã até às 23:30, demorando entre 29 e 37 minutos nesse trajecto, dependendo da hora. O custo desta viagem é de 1,4€ e tem ligação à rede Metro do Porto a partir das estações de Campanhã e São Bento. Para além disso, com o aumento previsto da rede de metro até Gondomar, passará também a haver comunicação com a rede ferroviária nas estações de Rio Tinto e Contumil.

Num momento em que se discutem a urgência de uma ligação ferroviária entre Braga e Guimarães e em que se perspectiva a pertinência de avançar com propostas para uma rede de Metro em Braga, importa saber o que acham as forças vivas do Norte deste investimento que se nos afigura como desnecessário e redundante.

A decisão política de fazer avançar o Metro até à Trofa não é de agora. Mas o silêncio dos decisores políticos do Norte face ao anúncio da sua concretização denuncia o excessivo centralismo do Porto em relação à região que, ao que tudo indica e em claro prejuízo do Minho, há-de, nos próximos anos, nascer administrativamente.

O Norte está refém do Grande Porto quer em termos de monopólio dos grandes investimentos quer no que respeita ao lobbying. Os opinion makers do Porto não quiseram saber do encerramento das Maternidades de Barcelos ou de Santo Tirso, nem da urgência de ligar Braga e Guimarães por comboio, nem da necessidade do Comboio de Alta Velocidade parar no Minho, nem dos encerramentos repetidos de indústrias do Vale do Ave, nem da miséria que se vive no Gerês profundo, nem de tantos outros dramas que afecta o Minho.

Eles querem a Regionalização para poderem fazer ao Norte exactamente o mesmo que Lisboa lhes tem feito. Mas nada isto me causa admiração. O que é estranho é que haja entre nós quem lhes apare o jogo.

36 comentários:

  1. Onde estão os ditos defensores do norte? Pois é! Esses senhores são defensores do Porto e utilizam a palavra Norte para te mais força!

    O Porto fica a SUL da minha terra!

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  2. gostava que explicasse essa da "miséria que se vive no Gerês profundo".

    Existindo uma região administrativa no Minho, como diz, seria só para Braga fazer o que Lisboa faz ao resto do país e o que o Porto faria ao norte. Não tenho dúvidas!

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  3. O que o Porto faria ao norte?

    O que o Porto FAZ ao norte!

    Mas em Braga n falamos do minho como o Porto fala do norte!!!

    Pedimos para Braga sem usar o nome do minho!

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  4. A questão do metro até à Trofa. parece mais um erro de planeamento e uma vã tentativa de demonstrar o avanço da rede!
    Peço descilpa, mas o resto do seu artigo é puro "wishful thinking"!
    Se lembrar bem, na blogosfera, inúmeros bloguers do Porto estiveram do lado das populações locais - e se não estivessem? Devemos todos termos uma espécia de solidariedade regionalista só porque somos de regiões limítrofes ou vizinhas, apesar da "nossa" posição ser errada?
    Já não é a primeira vez que o estimado PM utiliza o argumento dos "Portuenses" estarem a fazer um "complot" contra o Minho e arredores! Parece-me que não faltam desafios comuns (o bem estar das populações) para que esse tipo de argumentos caia por terra. Por outro lado, se a união minhota-portuense tiver por base apenas e só a mera redistribuição das migalhas de poder e de dinheiro da capital, então é caso para dizer que nos merecemos eternamente na pobreza!

    PS: O tom "denúncia" do final do seu post apenas alimenta aqueles trolls portuense anti-bracarenses e vice-versa que confundem região com religião clubística!

    No mais, pSrabéns pelo excelente blogue. O Minho e o Norte precisavam.
    J

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  5. Parabéns pelo excelente artigo.
    De facto, o Porto fala demasiadas vezes em nome do Norte. Mas, para eles, o Norte termina na Trofa, em Espinho e na Póvoa de Varzim. O Norte para o Porto é só um pretexto para conseguir ser capital de uma vasta região que acabará esquecida pela capital do país e também pela capital regional.

    Culturalmente também somos diferentes do Porto. Somos do Minho. Viva o Minho.

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  6. Enfim, mais do mesmo. A falta de visão e mundovisão é a todos os títulos deprimente.

    ponto 1: A Trofa é no Minho. No Vale do Ave, mais propriamente.

    ponto 2: Esquecem-se que a Trofa teve durante um século duas ligações ferroviárias ao Porto e agora está apenas reduzida a uma.

    ponto 3: e as populações entre a Trofa e a Maia não têm direito a verem reposta a mobilidade perdida com o encerramento da Linha Ferroviária que existia e muita falta lhes faz?

    ponto 4: onde estavam os minhotos quando foi encerrada a Linha de famalicão à Póvoa?

    ponto 5: se fossem inteligentes era este o primeiro troço que reivindicariam a reabertura para a partir dele construir a rede de tram-train do Cávado/Ave. Mas como são inteligentes - se calhar mesmo adiantados mentais - já andam a fazer traçados de Guimarães ao campus da Uminho e outros oníricos delírios.

    ponto 6: já não há paciência para povo tão estúpido.

    ponto 7: a única razão destes "regionalistas minhotos" é poderem continuar a ser o que sempre foram: lacaios de Lx.

    ponto que melembrei agora: onde estão os bracarenses indignados com a discriminação ferroviária de Barcelos em relação a Braga? Onde estão os bracarenses indignados com o criminoso abandono da Linha do Minho - aquela que em 2005 era a que mais passageiros regionais transportava? Estão todos satisfeitos e vaidosos com o seu ramal mal renovado, com os seus amarelos e pendulares que até já sonham ser a capital dalguma coisa. Maldito provincianismo.

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  7. Caro(a) vímara,

    http://avenidacentral.blogspot.com/search/label/Transportes%20no%20Minho

    Se seguir o link poderá encontrar o meu descontentamento em relação á vários dos pontos que referiu.

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  8. A agressividade sempre que o Minho se quer auto-determinar relativamente ao Porto é sistemática.

    As pessoas do Porto não gostam de saber que no Minho há quem pense e não apenas quem se deleite com aquilo que os pensadores do Porto nos querem fazer engolir.

    Este texto expõe de uma forma clara a forma como os pensadores do Porto não planeiam minimamente os investimentos, a forma como pensam o Norte em função do Porto e a forma como discriminam o Norte para além da AMP.

    Sou, tal como penso que o autor deste blog é, favorável à regionalização. Mas defendo um modelo alternativo a este das 5 regiões que nos querem impor.

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  9. Caro Vímara:

    que seria do nosso país sem alguns iluminados como você?

    Vamos ficar calados pois não impedimos que a linha de Famalicão Póvoa desaparecesse!

    Por acaso não é familiar da directora da DREN?

    Em nome da nossa terra. Sem Lx nem Prt.

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  10. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  11. Os comentários ofensivos e com linguagem impópria serão removidos.

    Coloco aqui o comentário do Vímara sem as passagens impróprias:

    "Vocês são BURROS!! BURROS, BURROS, BURROS!!

    Vocês não percebem que se deixarem o Porto e a sua área metropolitana fazerem uma região separada o resto do Norte ficará condenado à anomia eterna porque pura e simplesmente não há massa crítica suficiente para evitar a drenagem que a enorme força centífuga que tal região exercerá sobre o resto do teritório da Região Norte? A Área Metropolitana do Porto já é hoje a região que mais cresce demograficamente. Imaginem-na sozinha a governar os melhores e maiores recursos do Norte sem ter que prestar contas aos eleitos pelas outras cidades e subregiões.
    Será que o Minho quer ser o novo trás-os-montes, onde já não existe praticamente ninguém?"

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  12. Eu só vejo forças centrípetas a afunilar dinheiro para o porto em nome do norte e a serem nomeados para presidente pessoas como um dito major um verdadeiro Al Capone à portuguesa.

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  13. caralho

    substantivo masculino

    vulgarismo pénis;

    vulgarismo caralho! exclamação que exprime espanto, admiração, impaciência ou indignação;

    (Do lat. *caraculu-, «pequena estaca»)

    Na Galiza o vocábulo "caralho" não transporta qualquer carga "ofensiva". Aliás como no Norte de Portugal e particularmente em Braga onde é vulgarmente usado e funciona como uma interjeição. Julgo que só "ofende" ouvidos mais habituados ao linguajar lisboeta; nunca a um bracarense de boa cêpa.

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  14. Finalmente que concordamos! :-)

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  15. Vejo-me obrigado a concordar com os argumentos do Vímara, apesar da sua agressividade. Não podemos pensar um Minho, um Norte, sem o Porto. O Porto é grande demais, e está demasiado próximo para que nos desliguemos dele. Temos é de conviver salutarmente. E essa convivência, até agora e a meu ver, tem-se sabido fazer. Para a população entre a Trofa e a Maia, que se crie (se é que já não existe) uma boa rede de autocarros que liguem quer à rede da Metro do Porto, quer à estação da Trofa (ou outras próximas). Ainda assim, caro Vímara, seria bom fazer uma análise do tempo que essas populações demorariam a chegar ao centro do Porto de Metro e de autocarro-comboio...

    Quanto ao Minho, é óbvio que uma ligação Braga-Guimarães não é suficiente! Seria preciso criar uma rede ferroviária que ligasse o Minho, de Caminha à Trofa.

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  16. Acho que essas contas estão algo inflacionadas, certamente que estão a contar comboios que só funcionam aos domingos e comboios que não fazem serviço suburbano (logo mais caros e inacessíveis a quem tem passe).

    Seja como for, convém de facto lembrar que a nova linha de Metro da Trofa corresponderia +- à linha de comboio desactivada. Eu tenho muitas dúvidas sobre a mais valia do metro sobre o comboio para estes percursos longos, como no caso da linha da Póvoa. Mas entre o metro e nada, venha o metro.

    Finalmente, não posso deixar de concordar em alguns aspectos com o Vímara. O Norte no seu todo é prejudicado há décadas, séculos até.. não faltam investimentos da treta no país, não é preciso ir buscar os do vizinho igualmente prejudicado. Estes bairrismos intra-nortenhos são definitivamente o melhor garante da continuação do atraso e do menosprezo do governo central..

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  17. Caro boss,

    Utilizas exactamente os mesmos argumentos que os lisboetas utilizam relativamente às queixas de centralismo dos portuenses.

    "Estes bairrismos nortenhos são definitivamente o melhor garante da continuação do atraso" do país... Dizem eles, em Lisboa.

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  18. Mais uns tostões para o peditório.

    Um mapa regional a 5 regiões não é o meu favorito, mas é sem dúvida o mais fácil de imaginar a ser aplicado num futuro próximo, o que será capaz de criar maior consenso. E mesmo para quem não goste desse mapa, vejam bem se não será mais fácil chegar ao "mapa ideal" avançando com este e aperfeiçoa-lo mais tarde, do que adiando novamente para as calendas gregas a regionalização seja ela qual for...

    Mesmo que o Norte resultasse num novo centralismo, o do Porto, é preferível para Braga estar a 40km de um centro político significativo, do que a 400km...

    E sempre foi mais fácil dividir do que fundir... pelo que se se provasse essa teoria centralizadora, o Minho poderia sempre reivindicar o estatuto de região.

    Mas claro que há sempre a parte de se gastarem séculos a discutir se Braga ou Guimarães devem ser sede.. os bairrismos do costume que só servem para que tudo fique na mesma..

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  19. Pedro, não costumo ouvir isso nesses termos.. mas sim nos que utilizei. Se bem me lembro a vitória do Não foi mais folgada a Norte que em Lisboa.. grande parte do problema é mesmo nosso.

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  20. Caro boss, os números apresentados não contam nem com os comboios suburbanos que lá páram nem com os comboios de domingos. Os números estão no sítio da CP, na secção dos comboios urbanos do Porto, escolhendo como estação de partida da viagem a estação da Trofa, e como destino Porto São Bento. Trata-se, portanto, apenas de comboios urbanos que vêm de Braga ou de Guimarães, e que param na estação de comboios da Trofa com destino ao Porto.

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  21. Caro boss,
    Eu nunca disse que era contra a Regionalização. Também não sou regionalista só por ser.

    Se a memória não me escapa, Braga foi um dos distritos que respondeu NÃO com maior vigor porque não concordava com o mapa apresentado. E, se os bracarenses/minhotos não forem ouvidos e respeitados, a cena há-de repetir-se (se a democracia funcionar e houver referendo).

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  22. ergolas, digo isso porque numa contagem pelo meu horário de papel só contei 40 comboios Trofa-Porto nos dias úteis.. Mas seja como for, a nova ligação de Metro seria mais para servir todas as localidades que estão neste momento sem Metro nem comboio, do que propriamente a Trofa, que seria apenas o fim da linha...

    Pois Pedro, mas se bem me lembro o referendo tinha 2 perguntas, uma sobre o mapa e outro sobre a regionalização em geral... e votaram Não nas duas..

    Insisto na pergunta, o que será mais importante, a ideia geral da regionalização, pelo que se deve avançar com ela mesmo discordando em questões de pormenor que podem sempre ser alterados no futuro. Ou sem determinados pormenores é preferível manter o centralismo actual?

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  23. PS: E as pessoas que querem ser ouvidas têm que fazer por isso, i.e., falar.. mas vejo quase toda a gente com responsabilidades e poderes de braços cruzados, à espera que as coisas caiam do céu... o movimento reginalista no Norte é uma miséria, esquerda ou direita, Porto ou Braga...

    para não falar da "consciência regional" do cidadão comum, que é praticamente nenhuma... pensa tudo ao nível da freguesia ou concelho, e só quando sai do Norte reflecte de facto a sua identidade regional, porque só aí há real "choque"..

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  24. Parece que estamos a ganhar juízo :)

    Mas eu continuo na mesma: os tipos que têm estas posições parolas, provincianas e paroquianas (mas que grande pleonasmo) são uns BURROS DO CARACULU!

    P.S.- na posta anterior queria escrever centrípta e não centrífuga.

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  25. Penso que toda a faixa litoral, pelo menos de Viana ao Porto, merecia uma linha suburbana semelhante à de Aveiro, Baraga, Guimaraes e Caide. Uma linha de Metro que se fica pela entrada da cidade e concelho da Póvoa de Varzim está longe de corresponder às expectativas de transportes modernos em rede dos poveiros e minhotos do litoral.

    Já que falamos em tranportes deixo ainda a minha estupfação face ao facto das ligações da Póvoa de Varzim, à 3ª maior cidade do país serem cada vez mais reduzidas e manterem a mesma falta de qualidade. Actualmente a unica ligação continua a ser feita em autocarros com praticamente 30 anos, que certamente foram buscar à alguma sucata de algun outro país, chegando a frequência de passagem, ao fim de semana, a ser de 3 auto-carros. Não é de estranhar a falta de procura que os passageiros tenham, face ao serviço da Transdev (empresa essa também responsável pela exploração do Metro do Porto). Tudo isto pela cómoda quantia de cerca de 3,5 EUR, que quase dava para pagar a viagem de metro ate São Bento mais o bilhete da CP ate Braga!

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  26. JC Nunes

    Como eu disse, a reactivação do troço Póvoa a famalicão pode ser o início duma rede de caminho de ferro ligeiro no Cávado/Ave. Um quadrilátero ferroviário Póvoa-Famalicão-Guimarães-Braga-Barcelos-Póvoa, ligado ao sistema do Metro do Porto na Senhora da Hora, e ao caminho de Ferro Pesado em Famalicão, Guimarães, Braga e Barcelos.

    Este deve ser um projecto conjunto da Região e deve-se aproveitar a chegada dos tram-train à Linha da Póvoa em 2008 para começar a pressionar a reabertura do caminho de ferro da Póvoa a Famalicão. E para isso é necessário o peso da AM Porto. Desenganem-se aqueles que julgam poder dispensa-la por bizarrias puramente paroquiais.

    Embora eu não aprecie muito a personagem, nem seja adepto dos métodos, pergunto se existe algum político no Minho com o peso político de, por exemplo, Rui Rio? O Mesquita Machado não vale, porque esse tem muito peso mas é só no aparelho regional do PS. Não ultrapassa paroquialmente essas escassas fronteiras e, além disso, vende-se facilmente por um prato de quaisquer lentilhas.

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  27. só gostava de saber desde quando é que a trofa faz parte do minho. Houve uma anexação? se calhar ando distraido...


    De resto, concordo com o post do Pedro Morgado, na totalidade.

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  28. Deve andar mesmo distraído. Para começar o Minho não existe como divisão administrativa. Depois, a Trofa, tal como Sto Tirso, mesmo nas antigas divisões salazaristas, está na fronteira do Minho com o Douro Litoral. Mas, antropologicamente, como também sociologicamente, faz Parte do Minho. Ou melhor, faz parte da vestusta, e essa sim verdadeira, província do Entre-Douro-e-Minho. O resto é provincianismo bacoco.
    Ainda por cima insustentado. Dizem sim, porque sim. Não fundamentam. Mas eu digo-lhes: os tempos mudaram e a sensibilidade das pessoas para com a regionalização mudou muito na área da AM Porto. Se os "minhotos" (é melhor ler aquela casta de bracarenses sustentada pela função pública e derivados; não confundir com o povo da região) pretendem hipotecar o futuro que o façam. A AM Porto está madura para partir sozinha. Um futuro referendo não necessita de qualquer vitória do sim à regionalização. Basta que a victória do sim seja esmagadora na AM Porto e ela far-se-à para a AMP. Quem acredita em histórias de encantar que tenha bons sonhos. Mas depois não se queixe. Acho que é hora de separar as águas. Não é tempo de falinhas mansas e meias-tintas.

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  29. Provincianismo é quando não se vê para além do que está perto.

    Sou de Braga , mas não sou provinciano. Há quem ainda não percebeu porque o Norte é a região mais pobre do pais. Continuem assim que vão longe.

    Vimara estou contigo.

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  30. Eu, Parolista de Guimarães, vimaranense de nascença e minhoto por vocação, estou com o Vímara!

    Quanto ao Minhoto por vocação:
    Já repararam? O Minho, geograficamente, é a região entre o Rio Ave e o Rio Minho. Há!!! Guimarães está abaixo do Rio Ave! Então os vimaranenses deixam já todos de ser minhotos... Geograficamente falando.

    Por isso sou Minhoto por vocação!

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  31. Sendo eu do Porto agradeço sempre um pouco mais de investimento na minha cidade. Contudo julgo que este é mais premente em outros locais do país, principalmente interior e não tanto ao nível de grandes cidades.
    É um facto incontestável que a Invicta está muito bem servida de comboios e que não é necessário substítui-los por "eléctricos" (só aceito esta troca num ponto de vista ecologista, se bem que também os comboios podem ser eléctricos). Quanto tempo demorará o trajecto Trindade-Trofa?
    Mas certamente que este investimento é mais sério do que aquele que será feito por fascistas na Ota (se bem que isto não tem nada a ver com este assunto)...

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  32. Tanto a Trofa como Santo Tirso são so distrito do Porto, logo não são do Minho.

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  33. Que o Porto é centralizador como Lisboa isso toda a gente sabe. Que o resto do país é paisagem, mas que precisa de investimento, isso também toda gente sabe.

    Só não percebo, seguindo o raciocínio de certos intervenientes, como é que as zonas exteriores a estas cidades/AM beneficiaram de um maior centralismo! Não pensem que o Porto é um santo distribuir. Olhem para o resto do distrito do Porto sem ser da AM do Porto! Pois é, está igual ou pior que as populações do Minho.
    Sejam claros! Se querem uma grande cidade/metrópole, neste caso Porto, em que 90% da população do Norte viva ai, em que qualquer investimento realizado beneficie quase todos, todas as populações tem as mesmas oportunidades, digam. Se defendem este modelo das populações viverem na cidade, porque é que andam com rodeios. Deixem de tagarelice.
    As actuais orientações são claras, desenvolver a AM do Porto para que possa absorver o Norte nela. Será que é assim tão difícil de perceber. Todos esses projectos de novas linhas, trams e lá o que seja fora da AMP, por este andar, estão mortos à nascença. As linhas de Braga e Guimarães só foram renovadas por causa do EURO2004 porque senão nem cheta.

    Já agora gostava de ver as reacções das populações de Ponte de Lima se soubessem que foram os do Porto que foram buscar a IKEA para Paços de Ferreira, porque na realidade queriam era em Matosinhos ao lado da nova loja, mas a IKEA não quis! Gostaria também de ver as reacções das populações do vale do Ave, principalmente as desempregadas, se soubessem da pretensão de certas empresas de ai instalar unidades fabris mas, do "nada", construíram na Maia. Por acaso conheço as reacções das populações do Douro vinhateiro, indignadas com a propaganda portuense em relação ao turismo vinhateiro. Dizem que é para desenvolver a região, quando o turismo é durmam no Porto, visitam as caves em Gaia num dia, e noutro vão de cruzeiro pelo Douro acima e descem pelo mesmo no mesmo dia. "Que turismo é este que não nos gera riqueza" dizem as povoações.

    Sinceramente não gosto do actual rumo, a centralização. Mas é isto que vai acontecer, porque é assim que está projectado. A não ser que...

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  34. Mais uma vez de acordo com o Vímara, os distritos não têm nada que ver com isto Francisco.

    Santo Tirso e Trofa são concelhos culturalmente, antropologicamente e até linguisticamente mais semelhantes ao restante Vale do Ave (logo do Minho) do que de quaisquer outros concelhos.

    Voltaram-se recentemente para a AMP pela falta de perspectivas na AMAVE. Pessoalmente tenho pena, mas com as típicas tricas minhotas, que fazer?

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  35. Note-se ainda que na divisão clerical uma boa parte de Santo Tirso, Póvoa e Vila do Conde ainda fazem parte da Arquidiocese de Braga.

    Mas este afastamento progressivo dos concelhos do Sul do Minho mostra bem como o Minho é cada vez menos um conceito atraente.. e isso devia fazer pensar algumas pessoas... com a declaração de "não-minhotismo" da Póvoa, Trofa ou St. Tirso quem sai a perder é o próprio Minho..

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  36. a povoa estaria muito bem mais servida se tivessem renovado a antiga linha que ligava povoa a famalicão e posteriormente Porto. Talvez ficasse Vila do conde-Povoa-Famalicao-Trofa-Ermesinde-Porto
    tenho a certeza que este trajecto não demoraria o tempo que o metro leva a chegar à Trindade. Famalicao-Porto faz-se em 30 minutos a parar em quase todas!! Este trajecto que digo pararia somente nas cidades e demoraria no máximo 45/50 minutos. Os comboios são electricos, mais rápidos, mais silenciosos, e muito, mas muito mais confortáveis. a diferença no tempo não é enorme, mas quando relacionado com conforto, acho que era o ideal. além de que este percurso tenho absoluta certeza seria muito frequentado!

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