Cientistas dizem conseguir ler a intenção de uma pessoa
Um grupo de cientistas britânicos e alemães afirma que conseguiu ler, pela primeira vez, a intenção de uma pessoa, através da análise de padrões de actividade do cérebro em imagens de alta-resolução.
A notícia, que faz hoje capa do jornal britânico "Guardian", levanta questões éticas sobre a violação da privacidade, ameaçada pelas tecnologias.
A equipa do Instituto Max Planck de Ciências Neurocognitivas Humanas, na Alemanha; do University College de Londres; e da Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirma que a técnica de neuroimagiologia que desenvolveram, através de ressonância magnética funcional, permite ler a intenção de uma pessoa num futuro próximo. O trabalho assenta noutras investigações que conseguiram, através de modernas técnicas de imagiologia, ler no nosso cérebro a mentira ou o comportamento violento, por exemplo.
"Conseguimos procurar no cérebro informação específica e ler intenções reais do indivídiuo que, sem estas imagens das profundezas do cérebro nunca conseguiríamos ler. As imagens que vimos são como que uma lanterna que nos deixa ler gravuras na parede de uma gruta escura", afirmou ao "Guardian" John Dylan Haynes, do Max Planck, coordenador do estudo.
A descoberta está a levantar um grande debate sobre a validade ética do uso destas novas tecnologias de neuroimagiologia e a criar o pânico de que cenários até hoje do campo da ficção, como o do filme de Steven Spielberg "Relatório Minoritário", se tornem numa realidade difícil de controlar: no filme, uma brigada "pré-crime" persegue o herói por um crime que ele ainda não cometeu mas que já se instalou na sua memória cognitiva.
"Estas técnicas estão a surgir a grande velocidade e precisamos de lançar um sério debate sobre a ética em torno destes procedimentos para que as potencialidades criadas não escapem do nosso controlo", afirmou o próprio autor do estudo ao "Guardian".
Mais um "avanço" tecnológico que, se mal utilizado, cria mais um problema. Mas como não é a tecnologia um mal - só a sua má utilização - é, sem dúvida, um destaque merecido.
ResponderEliminarAbraço e bom fds,
Caro Ricardo,
ResponderEliminarConcordo em absoluto com a tua opinião.
Acho que representa um grande avanço, ainda sem grande aplicabilidade prática, mas com enormes potencialidades.
Pedro,
ResponderEliminareste comment não tem muito a ver com este post. Escrevi aqui para ter a certeza que o lerás. Há uns posts atrás condenavas a atitude de 2 raparigas de um colégio católico andarem a entregar panfletos da campanha de apoio ao Não. No entanto, no teu e-mail geral que enviaste dizias ue fizeste campanha pelo NÂO em 98, vestindo camisolas de apoio, qd ainda nem sequer tinhas idade para votar. Quero crer que a razão de existir do teu post foi a IDADE porque se assim é acabaste por te contradizer. Se a razão foi a religião, então estás mesmo a ser tendencioso porque tanto a campanha do Não como a do Sim foram uma vergonha. Ambas têm podres.
Grd abraço.
Caro Bruno,
ResponderEliminarEm 1998 tinha 15 anos e não 12..
Em parte podes ter razão mas mesmo assim não podias votar. E mesmo que as miúdas tivessem 15 anos, seria na mesma deplorável porque as campanhas eleitorais devem ser restritas apenas a eleitores. De qualuer das maneiras fiquei aliviado por não teres elaborado o post devido à religião. Conotar a campnha do Não com a religião católica é um ataque muito pouco convincente. Acho que o importante é mesmo votar em consciência. Tanto o Sim como o Não têm argumentos viáveis. Pena as campanhas não lhes darem a real atenção, preferindo proferir ataques cerrados com argumentos pouco sérios.
ResponderEliminarGrd abraço para ti Pedro e bom fim de semana...
A minha dúvida : os mal intencionados têm os dias contados ?
ResponderEliminarEra interessante saber o pensamento de José Socrates para podermos saber que tipo de lei se prepara para fazer aprovar se o sim ganhar amanhã. Seira decisivo para o sentido de voto de muita gente...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPode ser que agora comecemos a dar mais importância aos animais dito irracionais.
ResponderEliminarTalvez ainda consigamos vir a decobrir que eles têm intenção consciente de fazer as coisas e não que tudo se resume a instinto e impulso.
Quem sabe...
(P.S. o comentário removido tinha um erro :) )