«O diácono Ilídio Mesquita garantiu à Lusa que nas celebrações religiosas do dia 11 de Fevereiro vai dizer aos fiéis "Eu voto Não e aconselho, peço, imploro aos cristãos que estão aqui para fazerem o mesmo". E isto mesmo sujeitando-se "a ser penalizado pela CNE", disse, referindo-se à proibição legal de no dia de um acto eleitoral ser feita campanha.»
Diácono agenda comício para o dia do referendo. A este propósito ler também o editorial de hoje do Jornal de Notícias.
Trata-se de um crime muito grave. Aparentemente, o conceito de Democracia não chegou à Igreja. Antes será, ela própria, um atentado ao Divino, ao querer permitir que as suas ovelhas tresmalhadas tomem as suas próprias decisões.
ResponderEliminarOs beatos e restantes defensores do Não continuam a querer afastar as pessoas da verdadeira questão neste referendo, ao transformá-lo numa questão de moralidade quando, na verdade se trata apenas de querer, ou não, que quem faça um aborto seja preso. A questão é simples. Não está relacionada com o que se pensa da IVG, apenas com o facto de se achar se se deve condenar alguém pelo que outros consideram moral ou imoral.
Crimes contra a moral vigente não constituem conceitos compatíveis com a Democracia.
Eu sou contra... devo ser a unica pessoa na blogosfera a defender esta decisão. E não é uma questão religiosa porque não sou católica (nem outra), só acho que o aborto tem de ser necessariamente o último recurso. E nem Porugal nem os Portugueses têm informação e acção compatível com isto.
ResponderEliminartenho um post sobre este tema, mas na verdade já nem sei quando o escrevi... foi a propósito do Prós e Contras da altura, em que foi lá o Prof Miguel Oliveira da Silva, conheces?
É legítimo que o faça. E impõe-se que, caso constitua uma infracção da lei, pague o que a lei prevê. Acharia exactamente o mesmo se o comício fosse pelo "sim".
ResponderEliminarEntretanto, permito-me comentar o comment de Harpad. Diz-nos ele que "aparentemente, o conceito de Democracia não chegou à Igreja".
Não é "aparentemente". Não chegou mesmo, porque seria uma imbecilidade que chegasse. Alguém imagina eleições para Papa? e quem votava? Os que se dizem católicos?... Ou então votavasse nomeações de Bispos? Ou votavamos a colocação do padre Zé Guedes para a paróquia da Gafanha?...
"votava-se" em vez de "votavasse".
ResponderEliminarO problema é que, ao que parece, a Lei prevê que num Templo se possa fazer o que se quer. Mesmo ao arrepio do que deve ser o jogo democrático.
ResponderEliminarConclusão: há que mudar também essa lei.
O problema é que, ao que parece, a Lei prevê que num Templo se possa fazer o que se quer. Mesmo ao arrepio do que deve ser o jogo democrático.
ResponderEliminarConclusão: há que mudar também essa lei.
Pedro Morgado, que propões? Censura prévia? Um pelotão de funcionários do Estado para controlar as intervenções eclesiais?...
Pasmo!
Neste caso parece-me que o mais adequado será a Igreja acatar o pedido da CNE e abster-se de fazer campanha no dia do referendo.
ResponderEliminarQuando falo em mudar a Lei refiro-me a precaver situações futuras.