O Primeiro de Dezembro é o dia do Estudante e do Orgulho bracarenses. Os estudantes bracarenses reúnem-se, de véspera, no Parque de Exposições para celebrar a Restauração que, por aqui, é a sua festa.
Celebra-se a coragem daqueles que, no Minho, foram os únicos a celebrar a Restauração da Independência e o fim da subjugação à coroa espanhola.
E, enquanto aqui ao lado se discute o destino a dar às Nicolinas, em Braga faz-se do Primeiro de Dezembro a festa de todos os estudantes.
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Os únicos, meu caro Pedro? O bairrismo não fará de nós um tanto ou quanto vesgos?
ResponderEliminarOlhe que aqui ao lado também se comemora, todos os anos, há muitos, o 1.º de Dezembro. Seguramente nunca terá ouvido falar nos "20 Arautos de D. Afonso Henriques", mas os seus colegas da Universidade do Minho já ouviram e participam nas comemorações. Por aqui, não só se comemora a Restauração, como se lutou por ela (não duvido que em Braga também se lutasse). Recomendo-lhe a leitura do célebre sermão da Festa do Pelote, proferido por Frei Luís da Natividade, na Praça da Oliveira, em 14 de Agosto de 1638, dito em presença das autoridades espanholas, no qual se profetizava estar próxima a restauração da independência.
Diuner de aqui ao lado.
gosto deste seu blog, admito. não pela sua clareza de pensamentos, mas pelo seu bairrismo a Braga. Talvez se tenha inspirado "aqui ao lado",não será?
ResponderEliminarSe o for realmente, não admitirá e aí é que está a ironia de tudo isto.
Em relação a todo este dilema das Nicolinas, caro pedro, sei que fazer parecer que as Nicolinas atravessam maus momentos, mas tal não poderia ser mais incoerente. As Nicolinas estão bem e recomendam-se.Cada vez com mais pessoas e menos comas alcoólicos, cada vez mais atraindo gentes de todo o país, cada vez mais elevando o nome desta cidade que tanto admiro.
Por isso, não se façam comparações ridiculas, o bom-senso assim o exige.
cumprimentos
Diz a tradição oral bracarense que em 4 de Dezembro de 1640 saíram os estudantes de Braga pela ruas a gritar vivas a Portugal!
ResponderEliminarDiz a tradição oral bracarense... Vale o que vale.
Caro mike,
ResponderEliminarEste blog faz-se assumidamente de Braga. Tenta-se não se ser excessivamente bairrista (e bairrismo é coisa que por aqui, e mal, esta em claro défice) mas é-se suficientemente crítico naquilo que por aqui vai mal.
È obvio que Braga apoiou Portugal porque antes de o ser já o era! E que os de Guimarães estavam por Espanha!
ResponderEliminarQue a festa foi de Braga é um facto. E contra factos, não há argumentos.
ResponderEliminarBraga 2 - Guimarães 0
Meus caros amigos de aí ao lado,
ResponderEliminarJá me tinham dito, mas só agora o verifico: a ablepsia bairreira tem manifestações mais agudas do lado daí.
Não deve adiantar explicar que o que aconteceu em 1640 foi uma revolução onde se cruzaram questões políticas e sociais. E, em qualquer terra, houve quem fosse a favor, nem quem fosse contra. Em Braga e em Guimarães não foi diferente. Do lado de cá, a população teve que se levantar contra o Corregedor, que teimava em manter-se fiel a Espanha. Não falta quem cante, porventura com algum exagero, os feitos gloriosos dos vimaranenses em 1640. Por exemplo, o grande poeta Manuel Tomás.
Por aí, é verdade que a tradição conta que os estudantes bragueses comemoraram a restauração de um modo muito peculiar: pilhando galinhas e deliciando-se com arroz de “pica no chão” (não tenho nenhuma razão para duvidar das razias nos galinheiros, embora suspeite que o cardápio do festim seja um aditamento posterior à tradição).
Mas também por aí houve quem preferisse continuar espanhol. Por exemplo, o senhor arcebispo (certamente coadjuvado pelo Cónego Melo daquele tempo) e alguns elementos da nobreza, que em 1641 promoveram uma conjura contra D. João IV, na esperança de que o tempo voltasse para trás (para antes de 1640, claro).
Pois é, reaccionários sempre os houve em Braga, em 1640, em 1974, ou em qualquer outra revolução. E em Guimarães também.
Cá por mim, estou com os vossos estudantes de 1640: uma revolução vale bem um arroz de frango!
O amigo do Canudo pode ficar com a bola e marcar os golos todos, que eu sou demasiado velho para ir em futebóis.
Que tenham saúde e frigideiras, são os votos do
Diuner de aqui ao lado
Corrigenda:
ResponderEliminarAí onde, por azelhice, escrevi:
"E, em qualquer terra, houve quem fosse a favor, nem quem fosse contra."
Peco que façam o favor de ler:
"E, em qualquer terra, houve quem fosse a favor, e quem fosse contra."
Comentário sensato, caro Diuner.
ResponderEliminarSubscrevo.
Um pouco triste essa do "certamente coadjuvado pelo Cónego Melo daquele tempo"...
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