O anti-americanismo primário é do mais patético que existe e denota um sentimento de inveja europeia que, em vez de nos fazer crescer, nos ajuda a definhar.
Os Estados Unidos da América não são o inferno mas também não são o paraíso.
Orgulho-me de ser europeu. Acredito na manutenção de um modelo social europeu, distinto da organização social americana e desejo que a Europa assuma uma política externa que não seja, como tem sido, um estender de tapete aos E.U.A.
Mas, a América não pode confundir-se com os seus governantes. Bush tem sido um dos piores homens da humanidade e tem conduzido o seu país por caminhos que julgávamos impossíveis no século XXI. A Guerra do Iraque foi um desastre. Os verdadeiros motivos da empreitada são um desastre ainda maior.
Mas os motivos de preocupação relativamente à América não se esgotam em Bush e na sua equipa. Os Americanos são estruturalmente conservadores.
Que outro país conseguiria fazer coabitar a mais avançada investigação científica do mundo com a ideia medieval de fazer voltarem aos bancos de escola as teorias criacionistas da origem da vida?
Que outro país votaria, em 2006, banir o direito ao casamento homossexual em 7 Estados?
Que outro povo, mesmo perante os últimos desastres meteorológicos, rejeitaria a criação de um fundo para a investigação e desenvolvimento de energias alternativas?
Que outro pais?
Temo que, em breve, a american way of life não seja mais que um sério e preocupante retorno à Idade Média.
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Aquele País é um autêntico descalabro social...
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