Das Sondagens
Pedro Magalhães analisou as diferenças entre as sondagens, as projecções e os resultados reais em vários concelhos do país utilizando dois critérios: erro 3 (a média dos desvios absolutos entre as estimativas da sondagem - intenções de voto em sondagens pré-eleitorais, simulações de voto em sondagens à boca das urnas - e os resultados eleitorais); e erro 5 (a diferença entre a margem de vitória estimada e a margem de vitória real).
Fizemos o mesmo para os trabalhos realizados em Braga e Barcelos nestas Eleições Autárquicas. Parece evidente que as sondagens falharam redondamente nos dois concelhos minhotos, com desvios médios muito superiores aos outros municípios analisados pelo Pedro Magalhães. Em Braga, a Eurosondagem repete os mesmos erros de há quatro anos quando apresentou erro 3 de 13,3 e erro 5 de 11,36, enquanto que o IPOM apresentou erro 3 de 6,35 e erro 5 de 1,74. Em ambos os casos, a Eurosondagem sobrestimou o PS e substimou a coligação Juntos Por Braga.
Em Barcelos, a única sondagem conhecida, divulgada através de um jornal gratuito que teve distribuição extra nas vésperas das eleições, errou em toda a linha: falhou o partido vencedor, enganou-se na ordem dos quatro pequenos partidos e afastou-se largamente dos resultados finais.
Posto isto, é legítimo reflectir sobre o impacto que as sondagens têm no resultado final das eleições e também sobre a completa ausência de mecanismos de controlo do trabalho das empresas de sondagens e da forma como algumas, sem qualquer critério, divulgam sistematicamente sondagens erradas em benefício dos mesmos partidos.
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