Em circunstâncias normais, se assim se pudesse dizer, considerar-se-ia que os partidos políticos, particularmente os que aspiram a governar os municípios, estariam, agora, a aproveitar o facto de, em breve, se realizarem eleições autárquicas para dinamizarem iniciativas públicas para discutir o que as vilas e as cidades devem ser e para, da criatividade incentivada, aproveitar ideias para os seus programas eleitorais.
Nada disso. Apesar de uma ou outra mais ou menos conhecida e honrosa excepção, abundam os candidatos autárquicos que não precisam de ouvir o que os cidadãos têm a dizer. Às vezes, é verdade, promovem uns simulacros de participação que servem para entreter o voluntarismo de uns quantos, mas esses numerosos candidatos sabem que o que mais importa é tomar conta do poder e, depois, o que as vilas e as cidades devem ser será coisa que se irá vendo.
E o que as vilas e as cidades vão sendo, em grande medida, é mais do mesmo, sobretudo mais de tudo o que alguns promotores imobiliários e construtores civis tiverem para oferecer. E vão sendo, noutros domínios, o que a força da inércia for determinando que sejam. Os casos em que os municípios se distinguem por excelentes razões – não só pelo que fazem, mas também pelo modo como envolvem os cidadãos nas decisões sobre o que há para fazer – são assaz minoritários, mas mereciam, por isso, ser amplamente conhecidos.
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É só para dar a conhecer que amanhã vai ser promovido um debate público na Junta de Freguesia da Sé, pelas 21h30. A iniciativa é promovida pela CDU e conta com a participação de António Durães, Francisco Sande Lemos, Luís Tarroso Gomes e Miguel Bandeira.
ResponderEliminarOs contributos dos cidadãos bracarenses são, sem qualquer dúvida, bem-vindos. Obrigado