Obama prometeu, tem tentado, mas tarda em conseguir. Esperava-se dele a revolução e ele apresentou-se revolucionário, com um governo a tentar fazer esquecer os oitocentistas conceitos de esquerda e direita. Pretendia governar para a frente e, desse modo, ultrapassar a grave crise mundial.
Um mês depois, ainda não tem a equipa completamente formada, tendo visto já quatro nomeados abandonar o cargo para que tinham sido indicados. Ainda assim, a maior perda foi a quarta: Judd Gregg, republicano, demitiu-se na véspera da votação do plano de estímulo económico traçado pela Administração Obama.
Gregg abandona o cargo por "diferenças políticas irreconciliáveis", mas leva com ele grande parte da esperança no fim do bipartidarismo como futuro da política norte-americana. Da política, como da economia, esperavam-se mudanças de paradigmas agora que a crise é uma certeza mundial e não parece ter fim à vista. Ainda assim, as recorrentes recusas do Partido Republicano em colaborar com Obama parecem demonstrar que mais que pelo o interesse dos cidadãos, a política é feita por orgulhos ideológicos.
Obama prometeu e ainda parece querer cumprir, mas não falta já quem o critique pelo idealismo e ingenuidade. Num país que dizem ser o mais livre do mundo, esta pequena revolução é já entendida, imagine-se, como uma revolução socialista.
A verdade, é que ele está com azar.
ResponderEliminarDos quatro que já se demitiram, três foram por dividas ao Fisco, o que é no minimo inconveniente.
Resta desejar-lhe boa sorte porque vai precisar...