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Capítulo 27: do assobio

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Quando há uma semana li o Rui Tavares chamar ao Andrew Bird "o meu génio vivo preferido", roí-me de inveja. Era mesmo isso, porque é que não me lembrei antes? E andava eu há um mês a pensar em palavras que escrevessem uma justa homenagem ao Noble Beast, o novo álbum do senhor pássaro.

Bird é como um sofisticado homem dos sete instrumentos, manobrando violono, guitarra, glockenspiel e assobio - e que assobio! - à cadência de pés calçados de meias-riscas. E os concertos são isso mesmo: à vez, instrumento a instrumento, para no fim soarem todos em conjunto, em músicas que nunca são iguais e que não terminam em si mesmas.

Estará na harmonia, no equilíbrio, na melodia; estará também na fina ironia, na poesia. O segredo deste álbum estará algures por aí mas vai muito mais além: é uma obra-prima e cresce com o tempo. Para mim, é já o melhor da discografia do senhor e, no primeiro mês do ano, é já o melhor de 2009; no fim logo se vê.

As ideias que vos deixo para esta semana de chuva são as das bonitas composições cromáticas nas paisagens de Noble Beast. Boas audições!

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