«O Diogo era devoto de Salazar, amigo do presidente Tomás, de quem um tio era ajudante, ao ponto de ir preparar os seus exames para o Palácio de Belém! A revolução dos cravos foi sobretudo a derrocada do carácter dos portugueses. Que homem!» [Marcelo Caetano, DN]
Como se sabe, o ziguezaguear ideológico de Freitas do Amaral não terminou na conversão do pós-25 de Abril de que Caetano se queixa. Ainda assim, a crise dos cartoons acabou por mostrar que o ex-ministro de Sócrates manteve uma ortodoxia religiosa típica dos tempos do salazarismo. Que homem!
De uma perspectiva de direita, acho que essas palavras do Marcelo Caetano são bastante actuais, no que diz respeito ao CDS e à ND.
ResponderEliminar«"O que me impressiona no panorama político português actual é não ver ninguém com qualidades morais de liderança do País e sobretudo da chamada direita".»
«"A 20 de Fevereiro de 1978, Marcelo sente-se aterrado com o pluripartidarismo. "Quanto à política portuguesa, ela só confirma o que durante anos dissemos sobre o regime de partidos nesse país. Há-de ser cada vez pior." Mas em 8 de Junho seguinte tem a "impressão de que a direita se está fragmentando inconvenientemente" e faz planos estratégicos. "Tudo haveria a ganhar em fundir o MIRN e a Democracia Cristã com nova chefia"».
Mas se te choca o Freitas do Amaral, o que dizer do Júdice? Esse não era devoto do Salazar, não... fazia-lhe oposição à direita. Fez o percurso que fez e está, hoje, onde está.
O Judice hoje é de esquerda, provavelmente, tal como Freitas.
ResponderEliminarAprecio normalmente as viradas à esquerda porque em regra significam corte com o seu ambiente social, não dando normalmente isso qualquer tacho...
Virar à direita é que é perigoso...
Vide Pacheco Pereira...