Avenida Central

Dos Perigos da Litoralização do Comboio

| Partilhar
«O desaparecimento de linhas de combóio reflecte, pelo menos em parte, o facto de o comboio ser uma das causas do definhamento demográfico do interior. Podemos facilmente imaginar, no século XIX, os políticos de Bragança a defender o comboio como factor de progresso do interior. Provavelmente até falavam no desígnio de ligar Bragança a Portugal.» [João Miranda]

Concordo com João Miranda ao apontar o desaparecimento das linhas de comboio como uma das causas da desertificação do interior português. Ainda ontem, durante a gravação do Trio de Blogues que vai para o ar amanhã no Rádio Clube do Minho, esta temática foi abordada por mim, pelo Vitor Pimenta e pelo João Marques. Todos concordámos no erro histórico do encerramento de várias linhas de comboio e no perigo da litoralização das estruturas ferroviárias sem providenciar vias mais pequenas de ligação ao interior.

10 comentários:

  1. Olha que mais negativo que isso é o transporte de mercadorias... não qualquer visão estratégica por parte dos dois grandes partidos para os transportes ferroviários ou maritimos. Estão naquela do deixa andar que a coisa resolve-se sozinha e não temos que fazer nada...

    ResponderEliminar
  2. sabem se o programa que falaram fica disponivel online para ouvir?

    ResponderEliminar
  3. Frase derivada da chuva a norte: "um país sem comboios é como um jardim sem flores."

    ResponderEliminar
  4. "Olha que mais negativo que isso é o transporte de mercadorias... "

    Pelo contrário. O tráfego de mercadorias em caminho de ferro tem crescido exponencialmente ao ponto de, actualmente, a CP estar com a frota esgotada quer de locomotivas quer de vagões (e são 2,500).
    Ainda em 2008 assistiremos à entrada em cena de dois novos operadores ibéricos de transporte ferroviário de mercadorias mercê a liberalização do mercado.

    Por outro lado, em Portugal e no resto da Europa terminou o tráfego de mercadorias a detalhe (tipo um saco de batatas para aqui, duas caixas de têxteis para acolá e ainda cinco garrafões para outro destino qualquer).

    E em 2009 entrarão também ao serviço 25 novas locomotivas eléctricas pela mão da CP, a primeira encomenda de locomotivas especificamente para serviço de mercadorias da sua história. Já andam em testes.

    ResponderEliminar
  5. Se tem a sua dose de verdade, os comboios são um mero instrumento. Falhou-se na ferrovia, como se falhou em muitos outros aspectos mais nucleares.

    Aliás, se querem recuar ao séc. XIX... porque não recuar até ao séc. XV ou XVI e questionar os investimentos (ou a falta deles) feitos pelos monarcas em Portugal continental.

    Chore-se os comboios, mas são uma parte ínfima do problema e nem são, necessariamente, algo fundamental à sua solução, pois outros 'instrumentos' poderão ser utilizados.

    ResponderEliminar
  6. «"Olha que mais negativo que isso é o transporte de mercadorias... "

    Pelo contrário. »

    Dário, isso até pode ser tudo verdade, mas isto foi debatido já em vários prós e contras, por economistas, gestores e afins, que, certificadamente, sabem do assunto.

    O problema não é de números ou estatísticas. É de infraestruturas, estações, carris, voltas ao bilhar grande, etc.

    ResponderEliminar
  7. "Aliás, se querem recuar ao séc. XIX... porque não recuar até ao séc. XV ou XVI"

    Pois mas naquele tempo não havia subsídios da Europa, só ouro do Brasil....*


    * o que vem a dar no mesmo!

    ResponderEliminar
  8. "Aliás, se querem recuar ao séc. XIX... porque não recuar até ao séc. XV ou XVI"

    Pois mas naquele tempo não havia subsídios da Europa, só ouro do Brasil....*


    * o que vem a dar no mesmo!

    ResponderEliminar

Antes de comentar leia sobre a nossa Política de Comentários.

"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

Pesquisar no Avenida Central




Subscreva os Nossos Conteúdos
por Correio Electrónico


Contadores