«A verdade é que num mandato marcado pela viragem para as iniciativas público-privadas, que continuam sem sair do papel, e por túneis tão eleitorais quanto comerciais, que continuam sem liberdade para arrancar, o mais experiente autarca “rosa” do país arrisca-se a chegar à eleições sem outra obra palpável para mostrar aos bracarenses a não ser a nanotecnologia. A Câmara aproveita, por isso, para se “colar” a uma obra dos governos de Portugal e de Espanha, com o únicoargumento de ter cedido o terreno para a implantação do propalado centro de investigação. Acontece que, apesar dos anúncios precipitados, continua por cumprir o objectivo de substituir a Bracalândia, que foi corrida para Penafiel, por novos parques à escala Disneylândia, que permitam “dar circo ao povo” numa altura em que “a falta de pão” não se compadece com promessas políticas. À falta de obras de “encher o olho”, afinal, este bem pode ser o “mandato nano”, que ateste, uma vez mais, que nas pequenas coisas é que está o segredo…» [José Carlos Lima, Diário do Minho]
Contra factos não há argumentos, mas escrever com tamanha lucidez não é para todos. José Carlos Lima coloca o dedo na ferida: Mesquita Machado vai terminar o mandato sem cumprir uma única das suas grandes promessas eleitorais. Pior do que isso, tem o ónus de ser o responsável pela fuga da Bracalândia, por meses de inferno nas obras da Variante Sul, pelo acentuar do betão dominante na cidade e pela derrota da sua política de isolacionismo que resultou no afastamento de Braga do projecto da Capital Europeia da Cultura 2012.
Apesar do "mandato nano" tudo continua em aberto em termos eleitorais porque, como todos sabemos, o segredo está mesmo nas coisas pequenas. Tão pequenas como a visão e a ambição de demasiados bracarenses. Infelizmente.
Nota-se uma aflição enorme no executivo da Câmara Municipal de Braga. É necessário que seja renovado, é emergente que os bracarenses abram os olhos e vejam o quanto Mesquita Machado e os seus muchacho estão gastos e desprovidos de ideias futuristas e funcionais para a sociedade actual. 2009 é ano de eleições autárquicas e esperemos que os bracarenses finalmente decidam bem.
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